As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
PfizerApresentação
Depo Provera suspensão injetável 50 mg/mL em embalagem contendo 1 frasco-ampola
com 1 mLIndicações
Depo Provera (acetato de medroxiprogesterona) 50 mg é indicado como
medicação progestacional e para endometriose.Contra-indicações
Depo Provera (acetato de medroxiprogesterona) 50 mg é contra-indicado a
pacientes grávidas ou com suspeita de gravidez; a pacientes com
hipersensibilidade conhecida ao acetato de medroxiprogesterona ou a qualquer
componente da fórmula, vasculopatias tromboembólicas ou não, disfunção
hepática grave, a pacientes com sangramento vaginal de causa nãodiagnosticada
e a pacientes com suspeita ou comprovação de neoplasia
mamária ou da genitália.Advertências
Gerais
No caso de perdas sangüíneas vaginais inesperadas durante o tratamento com Depo
Provera (acetato de medroxiprogesterona) 50 mg, aconselha-se investigação
diagnóstica.
Depo Provera 50 mg pode causar algum grau de retenção hídrica, portanto, devese
ter cautela ao tratar pacientes com condições médicas pré-existentes que possam
ser agravadas pelo acúmulo de líquidos.
Pacientes com história de tratamento para depressão devem ser monitoradas
cuidadosamente durante o tratamento com Depo Provera 50 mg.
Algumas pacientes recebendo acetato de medroxiprogesterona podem apresentar
uma diminuição na tolerância à glicose. Portanto, pacientes diabéticas devem ser
cuidadosamente observadas durante terapia com Depo Provera 50 mg.
Havendo necessidade de exame histológico endometrial ou endocervical, o patologista
(ou laboratório) deve ser informado de que a paciente está sob tratamento com Depo
Provera 50 mg.
O médico/laboratório deve ser informado de que o uso mg
pode diminuir os níveis dos seguintes biomarcadores endócrinos:
• esteróides plasmáticos/urinários (cortisol, estrogênio, pregnanodiol,
progesterona, testosterona);
• gonadotrofinas plasmáticas/urinárias (LH e FSH);
• globulina ligada a hormônios sexuais.
Se ocorrer perda completa ou parcial súbita de visão ou no caso de instalação súbita
de proptose, diplopia ou enxaqueca, a medicação não deve ser re-administrada até
realização de exame. Se o exame revelar papiledema ou lesões vasculares retinianas,
a medicação não deve ser re-administrada.
O acetato de medroxiprogesterona não apresentou associação causal com a indução
de distúrbios trombóticos ou tromboembólicos (tromboflebite, embolia pulmonar,
alterações cerebrovasculares e trombose da retina), entretanto, Depo Provera 50
mg não é recomendado a pacientes com história de tromboembolismo venoso. A
descontinuação de medicamento é recomendada a pacientes que desenvolverem
tromboembolismo venoso durante o tratamento com Depo Provera 50 mg.
Uma pequena quantidade da suspensão pode aderir à parede do frasco-ampola. Por
isso, cada frasco-ampola é preenchido com quantidade suficiente do produto, levandose
em conta essa possibilidade, para fornecer o volume e a potência corretos e
declarados.
Advertências e Precauções Especiais
Perda da Densidade Mineral Óssea
O uso de acetato de medroxiprogesterona injetável reduz os níveis de estrógeno
sérico em mulheres na pré-menopausa e está associado à perda significativa da
densidade mineral óssea devido ao ajuste do metabolismo ósseo para um nível mais
baixo de estrógeno. Esta perda da densidade mineral óssea é particularmente
preocupante durante a adolescência e início da fase adulta, um período crítico do
crescimento ósseo. A perda óssea é maior com o aumento da duração do uso e pode
não ser completamente reversível. Não se sabe se o uso de acetato de
medroxiprogesterona injetável irá reduzir o pico de massa óssea em mulheres mais
jovens e aumentar o risco de fraturas osteoporóticas ao longo da vida. Tanto em
mulheres adultas e adolescentes, a redução da densidade mineral óssea durante o
tratamento parece ser substancialmente reversível após a descontinuação de injeções
de acetato de medroxiprogesterona e o aumento da produção de estrógeno ovariano
(vide Propriedades Farmacodinâmicas – Estudos de Densidade Mineral Óssea).
Um estudo de coorte retrospectivo para avaliar o efeito do acetato de
medroxiprogesterona injetável na incidência de fraturas ósseas foi conduzido com
312.395 mulheres que utilizam contraceptivos no Reino Unido. As taxas de incidência
de fraturas foram comparadas entre pacientes que utilizavam acetato de
medroxiprogesterona de depósito (DMPA) e pacientes que utilizam contraceptivos mas
que nunca haviam usado DMPA. A razão da taxa de incidência (RTI) para qualquer
fratura durante o período de acompanhamento (média = 5,5 anos) foi de 1,41 (IC 95%
1,35, 1,47). Entre a sub-coorte de dados antes e após o primeiro relato de tratamento
com contraceptivo (n = 166.367), comparações foram realizadas para o período de
acompanhamento e também para o período de 6 meses antes do primeiro relato de
tratamento com contraceptivo. Comparando as pacientes que utilizam DMPA com as
pacientes que não utilizam, a RTI para qualquer fratura pré-tratamento (RTI 1,28, IC
95% 1,07, 1,53) foi comparável ao RTI pós-tratamento (RTI 1,37, IC 95% 1,29, 1,45).
Os resultados gerais dão suporte à conclusão de que a alta incidência de fraturas
entre pacientes que utilizam DMPA neste estudo ocorre principalmente devido
aoresultado de outros fatores do que à exposição ao DMPA.
O acetato de medroxiprogesterona injetável deve ser utilizado como método
contraceptivo ou no tratamento para endometriose a longo-prazo (mais do que 2
anos), apenas se outros métodos contraceptivos ou tratamentos para a endometriose
forem inadequados. A densidade mineral óssea deve ser avaliada quando uma mulher
precisar continuar o uso do acetato de medroxiprogesterona injetável a longo-prazo.
Nas adolescentes, a interpretação dos resultados de densidade mineral óssea deve
ser feita levando em conta a idade da paciente e a maturidade esquelética.
Outro método contraceptivo ou tratamento para a endometriose deve ser considerado
na análise risco/benefício do uso de acetato de medroxiprogesterona injetável em
mulheres com fatores de risco para osteoporose tais como: .
• Uso crônico de álcool e/ou tabaco;
• Uso crônico de medicamentos que podem reduzir a massa óssea como
anticonvulsivantes ou corticosteróides;
• Baixo índice de massa corpórea e distúrbios alimentares, por exemplo,
anorexia nervosa e bulimia;
• Doença do metabolismo ósseo;
• História familiar importante de osteoporose.
É recomendado que todas as pacientes tenham uma ingestão adequada de cálcio e
vitamina D.
Anovulação prolongada com amenorréia e/ou padrões menstruais erráticos podem
ocorrer após a administração de dose única ou doses múltiplas
mg.
Este medicamento pode interromper a menstruação por período prolongado
e/ou causar sangramentos intermenstruais severos.Uso na gravidez
Depo Provera 50 mg é contra-indicado a mulheres grávidas. Quando indicado em
fase de amenorréia, é aconselhável proceder, previamente, a testes imunológicos para
a gravidez.
Alguns relatos sugerem uma associação entre exposição intra-uterina e fármacos
progestacionais durante o primeiro trimestre da gravidez e anormalidades genitais em
fetos.
Crianças nascidas de mães com gravidez acidental um a dois meses após a injeção
de acetato de medroxiprogesterona suspensão injetável, podem estar sob risco
aumentado de baixo peso ao nascer que, por sua vez, está associado ao risco
aumentado de morte neonatal. O risco atribuível é baixo, uma vez que tais gestações
são incomuns (vide Propriedades Farmacocinéticas).
Se a paciente engravidar enquanto estiver utilizando o fármaco, ela deve ser
informada do risco potencial para o feto.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
Depo Provera é um medicamento classificado na categoria X de risco de
gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Uso durante a Lactação
O acetato de medroxiprogesterona e seus metabólitos são excretados no leite
materno. Não há evidência sugerindo que esse fato determine qualquer dano ao
lactente (vide Propriedades Farmacocinéticas).Interações medicamentosas
A administração concomitante de aminoglutetimida e altas doses de Depo Provera
(acetato de medroxiprogesterona) 50 mg, pode diminuir significativamente os níveis
séricos de acetato de medroxiprogesterona. As pacientes que utilizam altas doses de
Depo Provera 50 mg devem ser alertadas para a possibilidade de redução da
eficácia com o uso de aminoglutetimida.Reações adversas / Efeitos colaterais
Classificação MedDRA Eventos
Sistema Imune reações de hipersensibilidade (por ex. anafilaxia e reações
anafilactóides, angioedema)
Endócrinos anovulação prolongada
Metabólicos e Nutricionais edema / retenção de líquidos, alteração do peso
Psiquiátricos depressão, insônia, nervosismo
Sistema Nervoso tontura, cefaléia, sonolência
Vasculares distúrbios tromboembólicos
Gastrintestinais náusea
Hepatobiliares icterícia colestática/ icterícia
Pele e Tecido Subcutâneos acne, alopecia, hisurtismo, prurido, rash, urticária
Sistema Reprodutivo e Seios sangramento uterino anormal (irregular, aumentado,
diminuído), amenorréia, erosão cervical, galactorréia,
mastodinia
Gerais e Condições no Local
da Aplicação
fadiga, reações no local da injeção, pirexia, sensibilidade
Laboratorial alteração da secreção cervical, diminuição da tolerância à
glicose
Eventos adicionais relatados durante experiência pós-comercialização
Na experiência pós-comercialização foram relatados casos raros de osteoporose,
incluindo fraturas osteoporóticas relatadas por pacientes utilizando Depo Provera
(acetato de medroxiprogesterona) IM.Posologia
O frasco-ampola de Depo Provera (acetato de medroxiprogesterona) 50 mg deve
ser vigorosamente agitado antes do uso, para homogeneizar a suspensão.
Doenças Ginecológicas
Tratamento da endometriose
50 mg por via intramuscular semanalmente ou 100 mg a cada 2 semanas por pelo
menos 6 meses.
Medicação Progestacional
Caberá ao médico avaliar quanto à dose, posologia e a conveniência do tratamento.Superdosagem
O tratamento de superdosagem deve ser sintomático e de suporte.Informações
Propriedades Farmacodinâmicas
O acetato de medroxiprogesterona (acetato de 17a-hidroxi-6a-metilprogesterona) é um
derivado da progesterona.
Mecanismo de Ação
O acetato de medroxiprogesterona é uma progestina sintética (estruturalmente
relacionado ao hormônio progesterona endógeno) que demonstrou possuir várias
ações farmacológicas sobre o sistema endócrino:
• Inibição das gonadotrofinas pituitárias (FSH e LH);
• Diminuição dos níveis sangüíneos de ACTH e de hidrocortisona;
• Diminuição da testosterona circulante;
• Diminuição dos níveis de estrogênio circulante (como resultado da inibição de FSH
e indução enzimática de redutase hepática, resultando em aumento do clearance
de testosterona e conseqüente redução de conversão de androgênios para
estrogênios).
Todas essas ações resultam em um número de efeitos farmacológicos descritos a
seguir.
Ginecologia
O acetato de medroxiprogesterona na dose recomendada, administrado por via oral ou
parenteral, a mulheres com estrogênio endógeno adequado, transforma o endométrio
proliferativo em secretório. Notaram-se efeitos androgênicos e anabólicos, mas o
fármaco é aparentemente livre de atividade estrogênica significativa. Quando o acetato
de medroxiprogesterona é administrado parenteralmente, ocorre inibição da produção
de gonadotrofina, que por sua vez previne a maturação folicular e ovulação; dados
disponíveis indicam que isto não ocorre quando a dose oral geralmente recomendada
é administrada em doses únicas diárias.ade estrogênica significativa. Quando o acetato
de medroxiprogesterona é administrado parenteralmente, ocorre inibição da produção
de gonadotrofina, que por sua vez previne a maturação folicular e ovulação; dados
disponíveis indicam que isto não ocorre quando a dose oral geralmente recomendada
é administrada em doses únicas diárias.