Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Servier

Apresentação

compr.: cx. c/ 14 e 30 compr. de 4 mg.

Indicações

Hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva.

Contra-indicações

Crianças: Não foram desenvolvidos estudos pediátricos. No estado atual de conhecimento, o perindopril é contra-indicado em crianças. Gravidez: Em doses elevadas no rato e no coelho existe uma maternotoxicidade com fetotoxicidade nas doses mais fortes. Não foram encontradas nem embriotoxicidade ou teratogenicidade. Os estudos efetuados no macaco não mostram maternotoxicidade e nem fetotoxicidade. Não existe até o momento qualquer dado relativo ao perindopril na gestação humana. Em gestantes tratadas com inibidores da enzima de conversão, foram observados alguns casos de retardo de crescimento intra-uterino, de prematuridade e de persistência do canal arterial, sem que fosse possível determinar qual a exata responsabilidade do medicamento e da patologia de base; raros casos de anúria neonatal irreversíveis quando associado a um diurético na mãe. Amamentação: No animal, o perindopril passa pouco para o leite materno. Não dispomos de dados na espécie humana. Estenose bilateral das artérias renais: Em pacientes com estenose unilateral ou bilateral das artérias renais, inibidores da ECA podem causar aumento da uréia e creatinina plasmática. Esta alteração é reversível após suspensão da droga. Hipersensibilidade/angioedema: É contra-indicado em pacientes hipersensíveis a este ou a outros inibidores da ECA e em pacientes com história de angioedema relacionado com tratamento prévio com inibidores da ECA. Cuidados a serem tomados: Risco de hipotensão arterial e/ou insuficiência renal: uma depleção hidrossódica importante (regime sem sal estrito e/ou tratamento diurético) ou uma estenose das artérias renais provocam uma estimulação do sistema renina-angiotensina; o bloqueio deste sistema por um inibidor da enzima de conversão pode então provocar, sobretudo, por ocasião da primeira tomada e durante as duas primeiras semanas do tratamento, uma queda brusca de pressão arterial e/ou, se bem que raramente em um prazo mais variável, uma insuficiência renal funcional que por vezes é aguda. Quando se inicia o tratamento, nestas situações particulares, convém observar as seguintes recomendações: 1. Na hipertensão arterial, em caso de tratamento diurético anterior, é conveniente interromper o diurético pelo menos três dias antes da introdução do perindopril, para reintroduzi-lo em seguida, caso necessário; se isto não for possível, é conveniente começar o tratamento com uma dose inicial de 2 mg. 2. Na hipertensão renovascular é conveniente se começar por uma dose pequena de 2 mg. 3. Recomenda-se dosar a creatinina plasmática antes e no primeiro mês de tratamento.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Os efeitos relatados são raros e benignos. As queixas mais freqüentes são encontradas no início do tratamento, quando a pressão arterial ainda está sendo controlada: cefaléia, distúrbios do humor e/ou do sono, astenia. Os distúrbios digestivos são pouco específicos; foram relatados distúrbios do paladar, vertigens e cãibras. Reações anafiláticas e cutâneas podem ocorrer. Algumas erupções cutâneas localizadas foram mencionadas. Tosse é por vezes observada; geralmente ela incomoda pouco. Trata-se de uma tosse seca, irritativa e alta. Excepcionalmente, pode ocorrer edema angioneurótico que na maioria das vezes é leve. Alguns outros sinais foram relatados sem grande especificidade, por ocasião de associações terapêuticas: distúrbios sexuais e secura da boca. No plano biológico, pode ser observada uma discreta diminuição da hemoglobina que aparece no início do tratamento. Uma discreta elevação da calemia foi observada; com uma eventual associação a um diurético hipocalemiante, isto volta ao normal. Podemos também observar uma elevação da uremia e da creatininemia, reversíveis com a parada do tratamento.

Posologia

Hipertensão arterial: A dose recomendada é de 4 mg por via oral, em uma única tomada pela manhã, podendo, se necessário, ser aumentada para 8 mg, em uma única tomada, após um mês de tratamento. No idoso, recomenda-se iniciar o tratamento com a dose de 2 mg por via oral, pela manhã, podendo ser aumentada, se necessário, para 4 mg, após um mês de tratamento. Insuficiência cardíaca: Iniciar o tratamento com 2 mg pela manhã, elevando-se, após 15 dias, para a dose de manutenção de 4 mg em dose única diária.

Informações

O perindopril é um inibidor da enzima de conversão (IEC) da angiotensina I em angiotensina II. Farmacologia: A enzima de conversão ou quininase é uma exopeptidase que permite por um lado a conversão da angiotensina I em angiotensina II vasoconstritora e, por outro lado, a degradação da bradicinina vasodilatadora em heptapeptídeo inativo. O perindopril age por intermédio ativo, o perindoprilato, sendo os outros metabólitos inativos. Farmacologia clínica: Os estudos em duplo-cego utilizando métodos que permitem objetivar e quantificar a atividade sobre a inibição da enzima de conversão da angiotensina, promovendo a melhora da hipertensão arterial, confirmaram as propriedades farmacológicas deste medicamento no homem. Clínica: Os estudos realizados em duplo-cego colocam em evidência a atividade terapêutica no tratamento da hipertensão arterial; a dose habitual e eficaz na hipertensão arterial de leve a moderada é de 4 mg por dia, administrados em uma tomada. A eficácia mantém-se durante todo o nictêmero. O pico de efeito anti-hipertensivo é obtido 4 a 6 horas após uma tomada única de perindopril. A baixa da pressão nos pacientes, com a administração diária de 4 mg ocorre da seguinte forma: 65% de efeito máximo sobre a pressão diastólica são obtidos em 11 dias; 78% deste efeito são atingidos em 1 mês e depois se mantêm sem perda de eficácia. A suspensão do tratamento não é acompanhada de efeito rebote. As propriedades vasodilatadoras e restauradoras da elasticidade das grandes artérias, tanto quanto a redução da hipertrofia ventricular esquerda, estão confirmadas no homem. A associação de um diurético potencializa o efeito anti-hipertensivo.

adoras e restauradoras da elasticidade das grandes artérias, tanto quanto a redução da hipertrofia ventricular esquerda, estão confirmadas no homem. A associação de um diurético potencializa o efeito anti-hipertensivo.