As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
AristonApresentação
Pó liófilo inj.: emb. c/ 50 fr.-amp. de 100 mg ou 500 mg acompanhados de amp. de diluente.Indicações
O produto é indicado em situações que requeiram um efeito hormonal rápido e intenso,
podendo ser utilizado nas seguintes situações:
Insuficiência Supra-renal aguda - esta síndrome pode ser provocada por stress severo (cirurgia,
trauma ou infecção) em pacientes com doença de Addison, pan-hipopituitarismo, ou
insuficiência supra-renal latente devido a prévio tratamento com corticosteróides. Tais
pacientes devem ser preparados para cirurgia eletiva com doses profiláticas de hidrocortisona.
Se houver indício de insuficiência da supra-renal, o produto deve ser prontamente administrado,
para proteção do paciente. Pacientes, que requeiram cirurgia de emergência e nos quais não é
possível a preparação profilática com esteróides, devem ser tratados com o produto por via
intravenosa, antes da intervenção, iniciando a seguir a administração intramuscular de
hidrocortisona. Este último tratamento deve ser continuado, durante o período pós-operatório.
Adrenalectomia bilateral - obrigatoriamente, os pacientes devem ser previamente preparados
com injeções intramusculares de hidrocortisona, no pré, trans e pós-operatório. O emprego do
produto torna-se necessário, pois suprirá as eventuais manifestações ocasionadas pelo stress.
O tratamento deve ser mantido até que a terapêutica corticosteróide preventiva possa ser
substituída pela oral de reposição, sob orientação médica.
Choque severo - nesses casos, o uso intravenoso do produto pode auxiliar o alcance da
restauração hemodinâmica.
A terapia corticóide não deverá ser usada no lugar dos métodos clássicos de combate ao
choque, porém as evidências indicam que o uso concomitante de doses maiores de corticóides,
associadas a outras medidas, pode melhorar as taxas de sobrevida.
Reações agudas de hipersensibilidade - em status asthmaticus e em reações anafiláticas e
alérgicas a medicamentos, epinefrina ou outras substâncias vasopressoras devem ser
administradas antes ou em associação com o produto.
Infecções graves com toxicidade severa - em pacientes, com infecções graves, para os quais
se dispõe de antibioticoterapia específica, o tratamento intensivo com o produto pode permitir
a sobrevida, até que o antibiótico tenha tempo de agir. Antes que seja iniciada a terapêutica
esteróide, devem ser executados os processos necessários para o estabelecimento do
diagnóstico bacteriológico e iniciado o tratamento antibiótico intensivo, baseado na etiologia
provada ou provável. Na presença de infecção, este produto deve ser administrado pelo menor
espaço de tempo compatível com uma resposta clínica adequada; sua administração deve ser
suspensa pelo menos 3 dias antes da interrupção do tratamento antibiótico.
Lúpus eritematoso sistêmico disseminado - nesta condição, a administração intravenosa do
produto é de valia para se iniciar o tratamento. Tão logo ocorra melhora clínica, deve ser
empregado tratamento oral com doses adequadas de corticosteróides.
Pneumonite aspirativa - verificou-se que a administração intravenosa da hidrocortisona é útil
no tratamento de pneumonite produzida por aspiração do vômito. O efeito benéfico parece ser
devido a inibição da resposta inflamatória à irritação química. Em geral, a aspiração do vômito
ocorre durante a anestesia por inalação. As pacientes obstétricas são, particularmente, as mais
susceptíveis a ela. Tal aspiração pode ser acompanhada pelo desenvolvimento de uma
síndrome clínica (Síndrome de Mendelson), dentro de 2 a 5 horas, constituída por cianose,
dispnéia, taquicardia e choque. Os sinais podem incluir edema pulmonar e broncoconstrição.
O tratamento consiste na instituição imediata de todas as medidas necessárias para a desobstrução
das vias respiratórias e restauração da perfeita oxigenação. O produto na apresentação de 100
mg, deve ser administrado imediatamente, sendo a dose repetida a cada 6 a 8 horas, durante dois
ou três dias, ou até completa clareza pulmonar. A mesma dose pode ser empregada em crianças.
É recomendável a administração intravenosa da dose inicial. Caso seja necessário, as doses
subseqüentes podem ser administradas através de infusão intravenosa ou por via intramuscular.
Devem ser administradas doses totais de antibiótico de largo espectro ou de uma associação de
antibióticos a fim de prevenir o desenvolvimento de infecção secundária.
Se a broncoconstrição for acentuada, pode ser útil o emprego de medicamento broncodilatador
(aminofilina, isoproterenol). As preparações expectorantes podem auxiliar na remoção das
secreções brônquicas.Contra-indicações
Exceto quando empregado como terapia a curto prazo de emergência como em reações agudas
de sensibilidade, o produto, à semelhança de outros corticóides, é usualmente considerado
como sendo absolutamente contra-indicado a pacientes com queralite herpetiforme simples,
psicoses agudas e a pacientes com tuberculose pulmonar ou meníngea. Corticosteróides não
deverão ser administrados a não ser que os bacilos de tuberculose tenham demonstrado ser
sensíveis aos agentes antituberculosos que estão sendo empregados.
O produto deverá ser empregado com cautela nos casos de úlcera péptica, Síndrome de
Cushing, diverticulite, anastomose intestinal recente, osteoporose, insuficiência renal, tendências
tromboembolíticas, reações psicóticas crônicas, infecções locais ou sistêmicas, inclusive
vacínia e varicela, bem como moléstia por fungos e outras doenças exantêmicas.Advertências
Pode ocorrer a indução à insuficiência adrenocortical secundária que pode ser minimizada
com a redução da dose.
Os corticóides devem ser utilizados cuidadosamente em pacientes com herpes ocular simples
para evitar a perfuração da córnea.
Os corticosteróides podem mascarar alguns sinais de infecção e novas infecções podem ocorrer
durante seu uso, pois os mesmos diminuem a resistência e dificultam a localização da infecção.
O uso prolongado pode provocar catarata subcapsular, glaucoma ou encobrir o aparecimento
de infecções secundárias oculares com fungos ou viroses.
Pacientes previamente sob corticoterapia, quando expostos a stress severo, deverão ser
cuidadosamente observados para que se note sinais e sintomas de insuficiência supra-renal.
O uso de corticosteróides durante a gravidez encontra-se contra-indicado, particularmente
durante o primeiro trimestre, já que estes atravessam a barreira placentária. Se for necessário
o seu uso durante a gravidez deve-se avaliar o risco/benefício do uso da droga, já que existem
dados que indicam que os corticosteróides em doses farmacológicas, podem provocar
hipoadrenalismo, aumentam o risco de insuficiência placentária, diminuem o peso do recémnascido
ou favorece a ocorrência de parto com feto morto. Se durante a gravidez foi feito uso
do medicamento, o recém-nascido deverá ser cuidadosamente observado para se verificar
sinais de hipoadrenalismo, a fim de que se institua terapia apropriada, se tais sinais aparecerem.
Não são confirmados efeitos teratogênicos nos seres humanos.
Não se recomenda o uso de corticosteróides durante a lactação, devido ao fato de os mesmos
serem eliminados no leite materno causando efeitos indesejáveis à criança.Uso na gravidez
O produto não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação. Informe seu médico a ocorrência
de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está
amamentando.Interações medicamentosas
As seguintes drogas diminuem o clearance metabólico dos corticosteróides, resultando em
níveis séricos menores e menor atividade fisiológica, requerendo um ajuste na dosagem do
corticosteróide, são elas: fenitoína, fenobarbital, efedrina e rifampicina.
Quando o corticosteróide é administrado concomitantemente com diuréticos depletores de
potássio, os pacientes devem ser observados de perto, por causa do aparecimento de hipocalemia.
O tempo de protrombina deve ser medido freqüentemente em pacientes que estão fazendo uso
de corticosteróides e anticoagulantes cumarínicos porque há relatos de que os corticosteróides
alteram a resposta dos anticoagulantes.Reações adversas / Efeitos colaterais
A acentuação dos efeitos metabólicos indesejáveis provavelmente não resultará do emprego
intravenoso a curto prazo deste medicamento, principalmente se for usado como terapia
substitutiva na insuficiência supra-renal aguda, porém poderá ocorrer se uma terapêutica
continuada for feita com corticosteróides, por via oral, ou intramuscular. A retenção de sódio,
edema e excessiva perda de potássio poderão ser corrigidos e prevenidos através da restrição
da ingestão de potássio (6 a 12 g por dia), por via oral ou doses menores por via intravenosa.
Outros efeitos colaterais como: osteoporose, com fratura espontânea concomitante; necrose
asséptica da cabeça do fêmur; úlcera péptica; hiperglicemia; glicosúria; hipertensão; nervosismo;
acne; hirsutismo; amenorréia; víbices e depósitos de gordura cérvica, podem ocorrer.
O diabetes mellitus pode ser agravado pela administração de corticóides, bem como a
hipertensão e a insuficiência cardíaca congestiva. O desequilíbrio do nitrogênio pode ocorrer,
particularmente, em pacientes que requeiram terapia de manutenção. As medidas para contraatacar
a perda persistente de nitrogênio incluem alta ingestão de proteína e a administração de
um agente anabólico conveniente.
Manifestações equimóticas podem ocorrer em alguns pacientes. Se tais reações forem graves,
ou incômodas, pode-se indicar redução na dosagem ou descontinuação da terapia com a
hidrocortisona. Suplementação oral concomitante de ácido ascórbico, têm sido empregada
a fim de auxiliar o controle de tendências equimóticas. Embora os efeitos retardantes da
cicatrização sejam raros, exceto com doses altas, o emprego do produto poderá ser feito em
conjunto com a cirurgia. O emprego de corticóides pode provocar fraqueza muscular, que
é atribuída à hipopotassemia, porém investigações atuais indicam que a fraqueza muscular
voluntária em pacientes sob terapia esteróide pode ocorrer na presença de níveis normais
de potássio sérico e pode ocorrer devido a distúrbios no metabolismo muscular. Pacientes
que desenvolveram miopatia severa, receberam corticóides e doses substanciais por
períodos prolongados. Dados atuais indicam que a miopatia grave, complicando a terapia
esteróide, ocorre com maior freqüência nos pacientes recebendo esteróide contendo a
configuração 9-alfa-fluoro. Em alguns casos, foi observada melhora na miopatia esteróide
induzida após a supressão do esteróide fluorinado e da instituição de terapia com cortisona,
hidrocortisona ou (metilprednisolona).
O retardamento do crescimento linear foi observado em crianças sob a corticoterapia durante
seis meses ou mais, porém tal retardamento não é proporcional à dose. Após a interrupção da
terapia, o índice de crescimento pode acelerar-se. Por esta razão, o crescimento de crianças
sob terapia esteróide prolongada deverá ser cuidadosamente observado. Se o crescimento for
retardado, a dose deverá ser suficientemente reduzida, a fim de permitir a recuperação antes
do fechamento da epífise.Posologia
O profissional da saúde, antes da reconstituição do medicamento, deve verificar a aparência do
pó liófilo, no interior do frasco-ampola, buscando identificar alguma partícula que possa interferir
na integridade e na qualidade do medicamento.
Reconstituição:
Apresentação de 100 mg:
Para injeções intravenosa e intramuscular, utiliza-se 2 mL de água para injeção estéril e
apirogênica ou Cloreto de sódio estéril ao conteúdo do frasco-ampola.
Para infusões intravenosas, preparar inicialmente a solução adicionando não mais que 2 mL de
água para injeção, estéril e apirogênica ao frasco; esta solução poderá, então, ser adicionada de
100 a 1000 mL (não menos que 100 mL) das seguintes soluções: soro glicosado a 5% (ou soro
fisiológico ou solução glico-fisiológica, se o paciente não se encontrar em restrições de sódio).
Apresentação de 500 mg:
Para injeções intravenosa ou intramuscular, utilizam-se 4 mL água para injeção, estéril e
apirogênica ou Cloreto de sódio estéril, ao conteúdo de um frasco-ampola.
Para infusões intravenosas, preparar primeiramente a solução adicionando não mais que 4 mL de
água para injeção, estéril e apirogênica ao frasco; esta solução poderá, então, ser adicionada de
500 a 1000 mL (não menos que 500 mL) das seguintes soluções: soro glicosado a 5% (ou soro
fisiológico ou solução glico-fisiológica, se o paciente não se encontrar em restrição de sódio).
Após a reconstituição, o profissional da saúde deverá inspecionar cuidadosamente, antes de
sua utilização, se a solução no interior do frasco-ampola de vidro incolor está na forma líquida,
livre de fragmentos ou de alguma substância que possa comprometer a eficácia e a segurança
do medicamento. O profissional não deverá utilizar o produto ao verificar qualquer alteração
que possa prejudicar a saúde do paciente.
Para evitar problemas de contaminação, deve-se tomar cuidado durante a reconstituição para
assegurar assepsia.Superdosagem
Contactar o médico imediatamente ou levar o paciente ao Centro de Intoxicações mais próximo,
nos casos de superdosagem com o medicamento.
Monitorar as funções cardíacas e o potássio no organismoInformações
A hidrocortisona é o principal glicocorticóide secretado pela córtex adrenal, e a terapia intravenosa
pode ser utilizada nos casos de emergência nos quais uma resposta rápida é necessária.
Atua como um bloqueador adrenérgico sobre a microcirculação antagonizando a vasoconstrição
produzida pela adrenalina e noradrenalina, as quais, podem levar ao estado de choque a uma
condição de irreversibilidade.
Nos choques causados por microrganismos Gram-negativos, a ação da hidrocortisona é de
inibir os efeitos das toxinas bacterianas sobre os capilares.
Através das propriedades antiinflamatórias e anti-anafiláticas a hidrocortisona diminui os
exsudatos e os fenômenos flogísticos atuando na regressão dos sintomas gerais, que
acompanham a infecção.
Além das propriedades glicoativas, possui propriedades mineraloativas, exercendo ação sobre
o aparelho cardiovascular, com efeito na restauração dos casos de colapso periférico.
A absorção da hidrocortisona, sob a forma de succinato sódico, é rápida, devido a sua alta
solubilidade e difusibilidade, o que permite a administração rápida de doses maciças de
hidrocortisona em poucos mililitros de diluente, tanto por via intravenosa quanto intramuscular.
Sua metabolização ocorre no fígado, sendo excretada na urina, conjugada principalmente como
glucoronídeos, em conjunto com uma pequena porção de hidrocortisona não modificada.aciças de
hidrocortisona em poucos mililitros de diluente, tanto por via intravenosa quanto intramuscular.
Sua metabolização ocorre no fígado, sendo excretada na urina, conjugada principalmente como
glucoronídeos, em conjunto com uma pequena porção de hidrocortisona não modificada.