As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Apresentação
Quemicetina 500 mg em embalagens contendo 20 ou 100 comprimidos revestidos.
Excipientes: amido de milho, sílica sintética amorfa, estearato de magnésio, metilcelulose,
dióxido de titânio, talco, hipromelose, macrogol, lactose monoidratada e propilenoglicol.Indicações
Quemicetina (cloranfenicol) é indicada nas seguintes condições:
• Infecções por Haemophilus influenzae, principalmente tipo B: meningites, septicemia,
otites, pneumonias, epiglotites, artrites, osteomielites, etc.
• Febre tifóide e salmoneloses invasivas (inclusive osteomielite e sepse).
• Abscessos cerebrais por Bacteroides fragilis e outros microorganismos sensíveis.
• Meningites bacterianas causadas por Streptococcus ou Meningococcus, em pacientes
alérgicos à penicilina.
• Ricketsioses.
• Infecções por Pseudomonas pseudomallei.
• Infecções intra-abdominais (principalmente por microorganismos anaeróbicos).
• Outras indicações: actinomicose, antraz, brucelose, granuloma inguinal, treponematoses,
peste, sinusites, otite crônica supurativa.
Observação: o cloranfenicol deve ser reservado para infecções graves nas quais outros
antibióticos menos tóxicos são ineficazes ou contra-indicados. O cloranfenicol não é
indicado para uso profilático de infecções.Contra-indicações
Quemicetina (cloranfenicol) é contra-indicada a pacientes que apresentem
hipersensibilidade ao cloranfenicol, seus derivados ou a qualquer componente da
fórmula. Quemicetina é também contra-indicada a pacientes portadores de
depressão medular, discrasias sanguíneas ou insuficiência hepática.
Em recém-nascidos e prematuros, a concentração sérica deve ser monitorada.
Quemicetina não deve ser utilizada em grávidas próxima ao término da gestação,
pelo risco de síndrome cinzenta no recém-nascido.
Quemicetina é contra-indicada a mulheres que estejam amamentando.
Pacientes utilizando medicamentos antineoplásicos ou radioterapia devem evitar o
uso de cloranfenicol, sob o risco de depressão medular.Advertências
Geral
O uso de cloranfenicol deve ser evitado em pacientes com anemia, sangramentos, doenças
hepáticas ou renais. Em insuficiência renal ou hepática as doses devem ser menores.
Evitar o uso concomitante com fármacos depressores da medula óssea, alfentanil,
hidantoína, fenobarbital, antidiabéticos orais, eritromicina, lincomicinas e com radioterapia.
Evitar o uso durante imunizações ativas.
O uso de cloranfenicol pode provocar aumento da incidência de infecções dentárias,
cicatrização lenta e sangramento gengival. Pacientes com deficiência de G-6-PD podem ter
crises hemolíticas com o uso do medicamento.
Pacientes com porfiria tem o risco de crises aumentado.
O cloranfenicol pode provocar depressão da medula óssea, nem sempre reversível. O risco
da depressão medular é maior com tratamentos prolongados, por isso, o uso desse
medicamento não deve ultrapassar dez dias. Se forem necessários tratamentos mais
longos, devem ser realizados rigorosamente exames periódicos de controle hematológico.
Pacientes diabéticos devem ser advertidos que o cloranfenicol pode provocar falsas reações
positivas de glicosúria.
Toxicidade: o principal efeito tóxico do cloranfenicol ocorre na medula óssea, provocando
duas alterações: depressão da medula óssea e anemia aplástica. A primeira é provocada
pela interferência do fármaco na síntese protéica das células medulares e a segunda tem
causa desconhecida. A depressão medular é reversível com a suspensão do fármaco e é
dose dependente (em adultos ocorre em pacientes que recebem 4 g ou mais por dia ou com
nível sérico acima de 30 microgramas por mL). A aplasia é idiossincrática e irreversível
(geralmente fatal), embora bastante rara.
Pode ocorrer neurite óptica, geralmente reversível, em tratamentos prolongados. Também
pode ocorrer diminuição da acuidade visual, mas é reversível. A ocorrência de neurite
periférica, cefaléia, confusão mental, oftalmoplegia, náuseas, vômitos, diarréia, glossite,
estomatite e hipersensibilidade é rara.
O cloranfenicol pode provocar diminuição da síntese de vitamina K, o que poderia causar
sangramento quando o seu uso é prolongado.
Uso em Crianças
Em recém-nascidos, o cloranfenicol só deve ser utilizado se não houver outra alternativa de
antibioticoterapia; quando usado, a dose deve ser de 25 mg/kg/dia e o nível sérico
monitorado.Uso na gravidez
Não há estudos confirmando a ausência de efeitos mutagênicos, carcinogênicos ou
teratogênicos no ser humano. Por isso, apesar da ausência de relatos comprovando a
ligação do uso do fármaco com tais efeitos, não se recomenda o uso durante a gravidez.
Nas últimas semanas de gestação, a passagem do cloranfenicol para o feto pode levar ao
aparecimento da síndrome cinzenta do recém-nascido.
Uso durante a Lactação
O cloranfenicol passa para o leite materno, podendo provocar depressão medular ou
síndrome cinzenta do recém-nascido.Interações medicamentosas
• Álcool: o uso pode levar a reações semelhantes ao dissulfiram (após a ingestão de álcool
há rubor cutâneo, hiperemia conjuntival, sensação de calor na face, cefaléia latejante,
náuseas e opressão torácica).
• Antiepilépticos: fenobarbital e hidantoína: podem diminuir a concentração sérica de
cloranfenicol. Além disso, a inibição do sistema do citocromo P-450 pelo cloranfenicol
pode diminuir o metabolismo do fenobarbital e também da hidantoína, elevando os níveis
séricos desses fármacos.
• Varfarina: mesma interação que ocorre com fenobarbital.
• Piridoxina: o cloranfenicol aumenta sua excreção renal.
• Vitamina B12: o cloranfenicol pode reduzir o efeito hematológico da vitamina B12.
• Alfentanil: diminui o clearance, com acúmulo sérico.
• Antidiabéticos orais: o cloranfenicol pode inibir o metabolismo hepático desses fármacos,
aumentando seu efeito.
• Eritromicinas e lincomicinas: o cloranfenicol compete com ambos na ligação com a
subunidade 50S dos ribossomos bacterianos, antagonizando seus efeitos. Deve-se evitar
o uso concomitante destes fármacos com cloranfenicol.
• Ativadores de enzimas hepáticas (rifampicina, fenobarbital, etc.) aumentam a degradação
de cloranfenicol.
• Penicilinas: pode haver diminuição da ação bactericida das penicilinas.
Interferência em exames laboratoriais
O cloranfenicol pode causar falsos resultados positivos de glicosúria. O teste da bentiromida
é alterado pois o cloranfenicol provoca aumento da quantidade de PABA recuperada.Reações adversas / Efeitos colaterais
Sistema linfático e sanguíneo: a maioria dos efeitos adversos graves de cloranfenicol foi
depressão da medula óssea. A depressão medular é dose-dependente e é mais comumente
observada quando as concentrações séricas ultrapassam 25 microgramas por mL; essa
afecção é geralmente reversível com a suspensão do fármaco. Sabe-se que discrasias
sanguíneas graves e fatais (anemia aplástica, anemia hipoplástica, trombocitopenia e
granulocitopenia) ocorrem após a administração de cloranfenicol. Um tipo irreversível de
depressão da medula óssea leva à anemia aplástica com altas taxas de mortalidade que é
caracterizada pelo aparecimento de hipoplasia ou aplasia da medula óssea, semanas ou meses após o tratamento. A anemia aplástica é uma reação idiossincrática grave que ocorre
em 1 dentre 25.000 a 40.000 pacientes tratados com cloranfenicol; não tem relação com a
dose ou duração do tratamento, a maioria dos casos estão relacionados ao uso oral.
Pancitopenia foi geralmente observada, perifericamente, mas em um pequeno número de
casos somente um ou dois dos três tipos celulares principais (eritrócitos, leucócitos,
plaquetas) podem ser deprimidos. Pode ocorrer um tipo reversível de depressão da medula
óssea dose-dependente.
Este tipo de depressão medular que é caracterizado pela vacuolização das células eritróides
e pela redução de reticulócitos e leucopenia responderam prontamente à retirada de
cloranfenicol.
Foram descritos casos raros de leucemia após anemia aplástica provocada pelo
cloranfenicol, porém essa correlação não está ainda totalmente definida.
Hemoglobinúria paroxística noturna também foi relatada.
Sistema imune: anafilaxia, reações de Herxheimer ocorreram durante a terapia de febre
tifóide.
Psiquiátrico: delírio, confusão mental, depressão leve.
Sistema nervoso: cefaléia, neurite periférica geralmente após terapia de longa duração (se
isso ocorrer, o fármaco deve ser retirado imediatamente).
Visão: neurite óptica geralmente após terapia de longa duração (se isso ocorrer, o fármaco
deve ser retirado imediatamente), oftalmoplegia.
Gastrintestinal: náusea, vômitos, glossite e estomatite, diarréia e enterocolite podem
ocorrer com pouca freqüência.
Cardíaco: síndrome cinzenta.
Pele e tecido subcutâneo: angioedema, rash vesicular e macular, urticária.
Geral: febre.
Síndrome cinzenta do recém-nascido: é caracterizada por distensão abdominal, vômitos,
flacidez, cianose, colapso circulatório e morte; provavelmente ocorre por acúmulo sérico do
fármaco pela incapacidade do neonato em conjugar e eliminar o cloranfenicol. Se o uso em
recém-nascidos for necessário, a dose deve ser de 25 mg/kg/dia e o nível sérico
monitorado. Níveis séricos acima de 50 microgramas/mL foram encontrados na maioria dos
casos relatados. Adultos com ingestão acidental de doses muito elevadas podem apresentar
esta reação.Posologia
A posologia é dividida em 4 doses ou administrações, a cada 6 horas.
Uso em Adultos
• 50 mg de cloranfenicol base por quilo de peso por dia. A dose máxima para adultos é de
4 g/dia.
• Em infecções graves, assim como em meningites, a dose pode chegar a 100 mg/kg/dia.
Uso em Crianças
• 50 mg (base) por quilo de peso por dia; em prematuros e recém-nascidos com menos de
2 semanas de vida, a dose é de 25 mg (base) por quilo de peso por dia.
A concentração sérica para via oral deve ser mantida entre 10 e 25 microgramas por mL.
Os comprimidos revestidos devem ser ingeridos com um copo de água e com estômago
vazio.Superdosagem
Quadro clínico: doses elevadas administradas de forma aguda podem levar à síndrome
cinzenta no recém-nascido e raramente no adulto. Pode ocorrer depressão medular nesse
caso. Ingestão crônica de doses excessivas pode levar à depressão medular, neurites,
deficiência de vitamina K e sintomas gastrintestinais.
Tratamento: não existe antídoto e o tratamento consiste em suporte e diálise peritoneal
para eliminação do fármaco.Características farmacológicas
Quemicetina (cloranfenicol) tem atividade antibiótica idêntica à do produto natural.
Antibiótico isolado de culturas de Streptomyces venezuelae em 1947, atualmente é
produzido sinteticamente. Age interferindo na síntese protéica bacteriana e atua
principalmente como agente bacteriostático. Seu espectro de ação é bastante próximo ao
das tetraciclinas e inclui bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, ricketsias e clamídias.
As principais indicações de uso são infecções causadas por Haemophilus influenzae,
Salmonella tiphi e Bacteroides fragilis.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: o cloranfenicol é rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal. A
biodisponibilidade é de 80% na ingestão oral. Concentrações plasmáticas de 10
microgramas por mL são alcançadas após 2 horas da administração oral de 1 g; doses
consecutivas de 500 mg a cada 6 horas mantêm concentrações séricas acima de 4
microgramas por mL. As concentrações séricas de cloranfenicol obtidas pela ingestão oral
são maiores que por via parenteral.
Distribuição: o cloranfenicol é amplamente distribuído nos fluido e tecidos corporais, com
volume de distribuição: 0,6 a 1,0 L. Tem boa penetração no líquido cefalorraquidiano e
mesmo na ausência de inflamação meníngea atinge 50% das concentrações do sangue.
Atravessa a barreira placentária (30 a 80% da concentração materna), difunde-se no leite
materno e no humor vítreo e aquoso. As concentrações nos tecidos são variáveis:
• Alta: fígado e rins e urina;
• Concentração terapêutica: humor vítreo, fluidos pleural, ascítico, e sinovial;
• A concentração no líquido cefalorraquidiano é de 50% da concentração sérica,
chegando a 90% quando as meninges estão inflamadas.
Ligação a proteínas: 50% a 60% em adultos e 32% em recém-nascidos.
Biotransformação: o cloranfenicol é quase totalmente conjugado no fígado ao glicuronídeo
inativo (90%); somente 5 a 10% são excretados inalterados na urina. O feto e o recémnascido
têm capacidade diminuída de glicuronidação e por isso podem acumular o
medicamento, chegando a níveis tóxicos (síndrome cinzenta).
Meia-vida: a meia-vida em adultos é de 1,5 a 3,5 horas para indivíduos com função renal
normal; 3 a 4 horas na insuficiência renal e 4,6 a 11,6 horas na insuficiência hepática grave.
Em crianças, a meia-vida é de 3 a 6,5 horas; 24 horas para recém-nascidos com 1 a 2 dias
de vida (podendo ser maior com baixo peso) e 10 horas para recém-nascidos entre 10 e 16
dias de vida.
Início da Ação: como a absorção e distribuição são rápidas, o início da ação é praticamente
imediato.
Tempo de atingimento da concentração máxima (Tmáx): 1 a 3 horas para a via oral.
Concentração Terapêutica: a concentração sérica, para via oral, deve ser mantida entre 10
e 25 microgramas por mL. A concentração inibitória mínima para organismos sensíveis varia
de 0,1 a 16 microgramas por mL.
Duração da ação: em média de 6 horas, tanto para a via oral como para a parenteral.Armazenagem
-Dizeres legais
MS - 1.0216.0127
Farmacêutica Responsável: Raquel Oppermann – CRF-SP nº 36144
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Número do lote e data de fabricação: vide embalagem externa.
Produto fabricado e embalado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Jandira - SP
Distribuído por:
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.
Av. Monteiro Lobato, 2270
CEP 07190-001 – Guarulhos – SP
CNPJ nº 46.070.868/0001-69
Indústria Brasileira.
Fale Pfizer 0800-16-7575
www.pfizer.com.brmbalado por:
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