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Laboratório
BlausiegelApresentação
Caixa contendo 10 frascos-ampola de solução injetável de 100 mg/5 ml ou 500 mg/10 ml de citarabina.Indicações
A citarabina tem sua indicação principal na remissão de leucemias granulocíticas agudas de adultos,
sendo indicada secundariamente em outras formas de leucemia aguda de adultos e crianças.
As respostas em outras formas de leucemia aguda foram pouco comparáveis àquelas obtidas na
leucemia granulocítica.Contra-indicações
A terapia com a citarabina não deve ser iniciada em pacientes com supressão da medula óssea préexistente,
iatrogenicamente induzida, a menos que o clínico julgue que o tratamento seja uma
alternativa mais promissora para o seu paciente.Advertências
A citarabina é um potente supressor da medula óssea. Pacientes que receberam esta droga deverão
estar sob rigorosa supervisão médica e, durante a terapia de indução, a contagem de leucócitos e
plaquetas deverá ser feita diariamente. Deverão estar à disposição do paciente os recursos para o
tratamento de eventuais complicações advindas da supressão da medula óssea (infecção resultante
da granulocitopenia e outras defesas orgânicas prejudicadas, bem como hemorragia devida a
trombocitopenia).
A citarabina é sabidamente teratogênica para algumas espécies. Assim, seu emprego em mulheres
com gravidez provada ou provável deve ser feito somente após a devida avaliação dos benefícios e
riscos potenciais à mãe e à criança.
Precauções:
Pacientes que receberam citarabina devem ser cuidadosamente monitorados. Contagem freqüente
de plaquetas e leucócitos é essencial. Deve-se suspender ou modificar o tratamento se a depressão
da medula óssea, iatrogenicamente induzida, resultar em valores plaquetários inferiores a 50.000, ou
se a contagem dos granulócitos polimorfonucleares apresentar valores inferiores a 1000 por mm3.
Os elementos figurados do sangue podem continuar diminuindo após a suspensão da droga e
alcançar valores mais baixos, após períodos de 5 a 7 dias da interrupção do tratamento. Se for
indicado, reiniciar a terapia quando aparecerem sinais definitivos de recuperação medular
(evidenciados por avaliações sucessivas da medula óssea).
Quando a droga é administrada rapidamente em altas doses pela via endovenosa, os pacientes
freqüentemente sentem náuseas e vômitos (este mal estar pode durar várias horas após a injeção).
Esse problema pode ser menos severo se a droga for administrada por infusão.
O fígado humano aparentemente desintoxica uma parte substancial da dose administrada, razão
porque a droga deve ser usada com cautela e em doses reduzidas nos pacientes com função hepática
prejudicada. Avaliações periódicas da função medular, hepática e renal deverão ser efetuadas em
pacientes sob tratamento com a citarabina.Uso na gravidez
evitar a utilização do produto durante o período de gravidez. Não amamentar
devido ao risco de causar de reações adversas no feto ou no lactente; o risco/benefício deve ser
avaliado em situações clínicas como: depressão medular óssea, infecções, gota, cálculo renal,
infiltração tumoral na medula óssea, comprometimento hepático, renal, herpes zoster.Interações medicamentosas
Pode ser necessário o ajuste da dose de antigotosos (colchicina, alopurinol, probenecida), já que a
citarabina pode elevar a concentração de ácido úrico. A administração com metotrexato pode
produzir um efeito citotóxico sinérgico, sendo recomendado, portanto, o ajuste da dose com base no
controle hematológico rotineiro.
Ciclofosfamida com alta dose de citarabina usada em transplante de medula óssea pode resultar em
aumento de cardiopatia com morte subseqüente.Reações adversas / Efeitos colaterais
Sabe-se que a citarabina é potencialmente esterilizante, carcinogênica, teratogênica e mutagênica.
Estudos completos de duração adequada revelaram as seguintes reações adversas:
Em adultos leucêmicos: Leucopenia, trombocitopenia, supressão da medula óssea, náusea,
megaloblastose, vômitos, anemia, diarréia, inflamação ou ulceração oral, tromboflebite, disfunção
hepática e febre. Com freqüência bem menor, foram observados: disfunção renal, dores abdominais,
anorexia, hemorragia gastrintestinal, sepsia, celulite no local da injeção, pneumonia, neurite ou
neurotoxicidade, erupções, aparecimento de sardas, esofagite, sangramento cutâneo e das mucosas,
dores torácicas, dores articulares, dores de garganta e redução de reticulócitos.
Em crianças: Leucopenia (maior incidência), trombocitopenia, vômitos, náuseas, supressão de
medula óssea, inflamação ou ulceração oral, anemia, megaloblastose, sangramentos (todos os
locais), diarréia, disfunção hepática, erupções e anorexia.
Foram ainda registrados, com menor freqüência: sepsia, esofagite ou ulceração esofágica, ulceração
da pele, ulceração da mucosa, dor no local da injeção, tromboflebite, retenção urinária, febre,
icterícia, tontura, dores de garganta, púrpura, redução dos reticulócitos e alopecia.
Vários princípios surgiram dessas observações. A citarabina é precipuamente tóxica para a medula
óssea, produzindo leucopenia periférica, trombocitopenia, anemia e megaloblastose. Esse último
quadro não está representado neste estudo; ele ocorre, provavelmente, em 100% dos pacientes
tratados com citarabina, e foi notado em menos de 24 horas após a administração endovenosa.
Como se trata de uma complicação de pouca gravidade, a maioria dos investigadores ignoram-na ou
omitiram a menção de sua ocorrência. Além de produzir substancial supressão da medula óssea, a
citarabina também influencia profundamente os aspectos qualitativos do quadro de supressão
medular óssea. Descrições das alterações qualitativas da medula óssea induzidas pela citarabina têm
sido publicadas. Há ocorrência de náuseas e vômitos, especialmente após injeção endovenosa
rápida. Esses problemas foram mais comuns nas crianças deste estudo porque a maioria recebeu a
droga desse modo.
Disfunção hepática (conforme indicado nos valores de função hepática anormal) ocorreu em 7,1%
no estudo com pacientes adultos e em 5,5% das crianças. Como alguns desses pacientes eram
portadores de hepatite sérica e, em algumas ocasiões, a disfunção hepática foi o evento terminal, há
suspeitas de que a citarabina seja hepatotóxica, sem que haja comprovações para o fato.Posologia
A citarabina é administrada por via endovenosa. Doses maiores podem ser toleradas quando dadas
por injeção rápida que por infusão vagarosa, devido ao rápido clearance da citarabina, mas há uma
pequena evidência da vantagem clínica por esta rota.
Para a indução de remissão em adultos e crianças com leucemia aguda numa ampla variedade de
regimes posológicos tem sido utilizados: 100 mg por m2 por superfície corpórea duas vezes ao dia
por infusão endovenosa contínua, tem freqüentemente sido empregada. Estas doses são geralmente
administradas por 5 a 10 dias, dependendo da resposta terapêutica e toxicidade. Foi reportado que
crianças toleram melhor altas doses que adultos.
Para a dose de manutenção 75 a 100 mg por m2, ou 1 a 1,5 mg por kg ou mais podem ser
administrados intravenosamente, intramuscular ou subcutânea uma ou duas vezes por semana;
outros regimes tem sido utilizados.
No tratamento de doenças resistentes ao tratamento, um regime de altas doses tem sido empregado,
com citarabina administrada em doses superiores a 3g por m2 a cada 12 horas por mais de 6 dias.
Estas doses poderão ser administradas por infusão endovenosa por pelo menos 1 hora.
Em leucemia meníngea citarabina tem sido administrada intratecalmente, freqüentemente numa
dose de 10 a 30 mg por m2 de superfície corpórea a cada 2 a 4 dias, isto tem sido usado
profilaticamente.
Administração: TERAPIA DE BAIXA-DOSE. Baixas doses de citarabina podem induzir a
diferenciação e maturação de células leucêmicas, a terapia de baixa dose (usualmente 10 mg por
m2 de superfície corpórea duas vezes ao dia) tem sido utilizada em pacientes com leucemia
linfoblástica aguda e não-linfoblástica e nas síndromes mielodisplásicas. Embora a remissão
completa possa ocorrer em cerca de 16% dos pacientes com síndromes mielodisplásicas a
proporção é similar ao índice de mortalidade do tratamento, e as remissões não parecem ser de
longa duração. A citopenia pode ocorrer com estas doses, e podem ser induzidas por doses muito
baixas (3 a 5 mg por m2 de superfície corpórea duas vezes ao dia), mas esta pode estar associada a
uma supressão de medula óssea. Há também alguma controvérsia a cerca de um suposto método de
ação e alguns trabalhos consideram que os efeitos de citarabina em baixas-doses in vivo não são
devido a diferenciação mas a ação citotóxica.
Neoplasmas malignos: A citarabina possui um papel importante no tratamento de doenças malignas
hematológicas. É a droga de escolha de tratamentos de leucemias agudas não-linfoblásticas, em
associação com uma antraciclina e tioguanina, e é utilizada para a profilaxia de leucemia meníngea,
tão bem quanto em regimes para consolidação, em pacientes com leucemia mielóide crônica e
mielodisplasias como um potencial agente indutor na diferenciação.
Outros grupos de doenças: profilaxia do linfoma de Burkitt (Sistema nervoso central), para doenças
de Hodgkin, e como parte de regime posológico complexo as vezes empregado em linfomas não-
Hodgkin de grau elevado a intermediário, incluindo aquelas associadas a AIDS.Superdosagem
Não existe antídoto para superdoses de citarabina. Doses de 4,5 mg/m2 por infusão endovenosa
acima de 1 hora a cada 12 horas x 12 doses tem causado um aumento não aceitável na toxicidade
irreversível sobre o SNC e morte.
Convulsões e outras manifestações de neurotoxicidade podem ocorrer após a administração
intratecal ou quando altas doses (maiores que 3 g/m2) são administradas endovenosamente em
pacientes com mais de 60 anos ou pacientes com má função renal.Informações
A citarabina é um agente antineoplásico, específico da fase S do ciclo de divisão celular, que atua
como antimetabólito nucleotídeo análogo da pirimidina. Sua ação imunossupressora ocorre após ser
metabolizada no sangue e nos tecidos ao nucleotídeo trifosfato de citarabina, um potente inibidor da
DNA polimerase, que inibe a síntese do DNA com pouco efeito na síntese de RNA e proteínas.
Após administração intravenosa rápida, atravessa a barreira hematoencefálica somente em pequenas
quantidades. Sua união às proteínas é baixa (15%). Sua biotransformação consiste na desaminação
rápida no sangue e nos tecidos, especialmente no fígado, sendo excretada por via renal, menos de
10% sob a forma inalterada. A meia-vida é de 10 a 15 minutos na 1ª fase de distribuição e de 1 a 3
horas na 2ª fase.da no sangue e nos tecidos, especialmente no fígado, sendo excretada por via renal, menos de
10% sob a forma inalterada. A meia-vida é de 10 a 15 minutos na 1ª fase de distribuição e de 1 a 3
horas na 2ª fase.