Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Apresentação

Aracytin pó liofilizado 100 mg em embalagem contendo 1 frasco-ampola + 1 ampola com 5 mL de solução diluente (20 mg/mL).

Indicações

Aracytin (Citarabina) tem sua indicação principal na indução e manutenção da remissão de leucemias mielocíticas agudas em adultos e crianças. É também útil no tratamento de outras leucemias, como leucemia linfocítica aguda e leucemia mielocítica crônica (fase blástica). Aracytin pode ser utilizado sozinho ou em combinação com outros agentes antineoplásicos. Freqüentemente, os melhores resultados são obtidos na terapia combinada.

Contra-indicações

Aracytin (Citarabina) é contra-indicado a pacientes hipersensíveis à Citarabina ou a qualquer componente do produto. Pacientes com supressão da medula óssea induzida por medicamentos não deverão receber Citarabina, a menos que o médico julgue o tratamento vital para o paciente (vide Advertências e Precauções).

Advertências

Geral Aracytin (Citarabina) deve ser utilizado apenas sob a supervisão de médicos experientes em quimioterapia antineoplásica. Na terapia de indução, devem estar à disposição do paciente e da equipe médica recursos laboratoriais e de suporte adequados para monitorar a tolerabilidade ao fármaco, proteger e manter pacientes comprometidos pela toxicidade da medicação. O principal efeito tóxico da Citarabina é supressão da medula óssea, com leucopenia, trombocitopenia e anemia. A toxicidade menos grave inclui náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal, ulceração oral e disfunção hepática. Para avaliar a adequação da terapia com Aracytin, o médico deve considerar os possíveis benefícios ao paciente em relação aos conhecidos efeitos tóxicos da Citarabina. Antes de decidir quanto à terapia ou iniciar o tratamento, o médico deve se familiarizar com as informações seguintes: Aracytin é um potente supressor da medula óssea. A terapia deve ser iniciada com cautela em pacientes com supressão da medula óssea preexistente induzida por fármacos. Pacientes que receberem este fármaco deverão estar sob rigorosa supervisão médica e, durante a terapia de indução, a contagem de leucócitos e plaquetas deverá ser feita diariamente. Devem ser realizados, freqüentemente, exames da medula óssea após o desaparecimento dos blastos da circulação periférica. Deverão estar à disposição do paciente os recursos para o tratamento de eventuais complicações, possivelmente fatais, advindas da supressão da medula óssea (infecção resultante da granulocitopenia e outras defesas orgânicas prejudicadas, bem como hemorragia devido à trombocitopenia). Relatou-se um caso de anafilaxia que resultou em parada cardiopulmonar aguda e exigiu ressuscitação. Esse fato ocorreu imediatamente após a administração intravenosa de Aracytin. Após terapia com altas doses (2-3 g/m2) relatou-se toxicidade pulmonar, gastrintestinal e do sistema nervoso central, grave, diferente daquela observada com os regimes terapêuticos convencionais, e por vezes fatal (vide Reações Adversas). Essas reações incluem toxicidade reversível de córnea e conjuntivite hemorrágica, que podem ser evitadas ou diminuídas através da administração profilática de colírio de corticosteróide; disfunção cerebral e cerebelar, geralmente reversível, incluindo alterações de personalidade, sonolência e coma; ulceração gastrintestinal grave, incluindo pneumatose cistóide intestinal levando à peritonite, sepse e abscesso hepático; edema pulmonar; lesão hepática com hiperbilirrubinemia; necrose de alças intestinais e colite necrosante. Dois pacientes tratados com doses convencionais de Aracytin e daunomicina desenvolveram dor abdominal (peritonite) e colite guáiaco-positiva. Os dois pacientes mostraram neutropenia e trombocitopenia e estavam recebendo diversos outros fármacos; ambos responderam a medidas terapêuticas não-cirúrgicas. Dois pacientes com leucemia infantil mielogênica aguda que receberam Aracytin nas doses convencionais por vias intratecal e intravenosa, além de diversos outros fármacos concomitantemente, desenvolveram paralisia ascendente progressiva tardia, ocorrendo morte de um desses pacientes. Raramente, rash cutâneo grave levando à descamação foi relatado. Alopecia total é mais comumente observada com terapia de altas doses do que com esquemas convencionais de tratamento com Aracytin. O diluente que acompanha Aracytin 100 mg contém álcool benzílico. Não utilizar o diluente com álcool benzílico em terapias com altas doses. O álcool benzílico tem sido associado à síndrome de gasping em prematuros. Se empregado por via intratecal, Aracytin 100 mg não deve ser diluído com o diluente que acompanha a embalagem e nem com outros contendo conservantes. A reconstituição com cloreto de sódio a 0,9% sem conservantes é muito empregada, devendo a solução ser utilizada imediatamente, com descarte imediato do excedente. Casos de cardiomiopatia com morte subseqüente foram relatados após terapia experimental com altas doses em combinação com ciclofosfamida, na preparação para transplante de medula óssea. Isso pode ser dependente do esquema posológico. Foi observada uma síndrome de angústia respiratória súbita, que progrediu rapidamente à edema pulmonar com cardiomegalia pronunciada radiologicamente após terapia experimental com altas doses empregada no tratamento da recaída de leucemia em 16 pacientes de um total de 72 tratados em uma instituição. Em um dos casos essa síndrome foi fatal. Pacientes recebendo Aracytin devem ser cuidadosamente monitorados. São essenciais a contagem freqüente de plaquetas e leucócitos e a avaliação da medula óssea. Deve-se considerar a suspensão ou modificação do tratamento se a depressão da medula óssea induzida por fármaco resultar em valores plaquetários inferiores a 50.000, ou se a contagem dos granulócitos polimorfonucleares chegar a níveis inferiores a 1.000/mm3. As contagens de elementos figurados do sangue podem continuar diminuindo após a suspensão do fármaco e alcançar valores mais baixos após períodos de 12 a 24 dias da interrupção do tratamento. Se for indicado, reiniciar a terapia quando aparecerem sinais definitivos de recuperação medular (evidenciados por avaliações sucessivas da medula óssea). Pacientes cuja medicação é suspensa até a obtenção de valores sangüíneos periféricos normais podem fugir do controle. Quando o fármaco é administrado rapidamente em altas doses por via intravenosa, os pacientes freqüentemente sentem náuseas e podem vomitar por várias horas após a injeção. Esse problema tende a ser menos grave quando o fármaco é administrado por infusão. O fígado humano, aparentemente, metaboliza parte substancial da dose administrada. Especialmente pacientes com função renal ou hepática prejudicada podem apresentar uma probabilidade mais alta de toxicidade do sistema nervoso central após tratamento com altas doses. Aracytin deve ser utilizado com cautela e, se possível, em doses reduzidas, nos pacientes com função hepática ou renal prejudicada. Devem-se realizar avaliações periódicas das funções medular, hepática e renal em pacientes sob tratamento com o produto. Como outros fármacos citotóxicos, a Citarabina pode induzir hiperuricemia secundária à rápida lise de células neoplásicas. O clínico deve monitorar os níveis sangüíneos de ácido úrico em seu paciente e estar alerta para o uso das medidas de suporte e farmacológicas necessárias para contornar o problema. Foi relatada pancreatite aguda em pacientes tratados com Aracytin em combinação com outros fármacos.

Uso na gravidez

A Citarabina é teratogênica em algumas espécies animais: causa desenvolvimento cerebelar anormal em hamsters neonatos e é teratogênica ao feto de ratos. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Aracytin pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas. O uso do fármaco em mulheres que estão grávidas ou podem engravidar deve ser realizado apenas após serem considerados o benefício potencial e os danos potenciais tanto para mãe quanto para o feto. Se este medicamento for utilizado durante a gravidez ou se a paciente engravidar durante o tratamento com Aracytin, a paciente deve ser alertada quanto ao perigo potencial para o feto. Mulheres potencialmente férteis devem ser orientadas para evitar a gravidez. Uma revisão da literatura mostrou 32 casos relatados em que Aracytin foi administrado durante a gravidez, sozinho ou em combinação com outros agentes citotóxicos: nasceram 18 crianças normais, sendo que quatro dessas foram expostas no primeiro trimestre de gravidez. Cinco crianças foram prematuras ou nasceram com baixo peso. Doze das dezoito crianças normais foram acompanhadas até idades variando de 6 semanas a 7 anos, não mostrando qualquer anormalidade. Uma criança aparentemente normal morreu aos 90 dias, devido à gastrenterite. Foram relatados dois casos de anomalias congênitas, um com defeitos nos membros distais superior e inferior e o outro com deformidades nas orelhas e nas extremidades. Ambos os casos sofreram exposição no primeiro trimestre. Houve 7 crianças com problemas diversos no período neonatal, incluindo pancitopenia; depressão transitória da contagem de glóbulos brancos, hematócrito ou plaquetas; anormalidades nos eletrólitos; eosinofilia transitória; e um caso de aumento nos níveis de IgM e hiperpirexia, possivelmente devido à sepse. Seis das sete crianças também eram prematuras. A criança com pancitopenia faleceu aos 21 dias devido à sepse. Em cinco casos foram realizados abortos terapêuticos. Quatro fetos eram aparentemente normais, mas um deles mostrava baço aumentado e um outro mostrou trissomia de cromossomo C no tecido coriônico. Devido ao perigo potencial de anomalias durante a terapia citotóxica, principalmente durante o primeiro trimestre de gravidez, a paciente que estiver grávida ou engravidar durante o tratamento com Aracytin deve ser orientada quanto ao risco potencial para o feto e a conveniência da continuidade da gravidez. Existe um risco definido, embora consideravelmente reduzido, se o tratamento é iniciado durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez. Embora tenham nascido crianças normais de pacientes tratadas com Aracytin durante os três trimestres de gravidez, recomenda-se o acompanhamento dessas crianças. Uso durante a Lactação Não é conhecido se a Citarabina é excretada no leite materno. Como muitos fármacos são excretados no leite materno e devido ao risco potencial de reações adversas graves devido à Citarabina em lactentes, deve-se decidir entre descontinuar a amamentação ou a medicação, levando-se em conta a importância da medicação para a mãe.

Interações medicamentosas

Foram observados decréscimos reversíveis nas concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio de digoxina e na excreção renal de glicosídeos em pacientes recebendo beta-acetildigoxina e esquemas quimioterápicos contendo ciclofosfamida, vincristina e prednisona com ou sem Citarabina ou procarbazina. Não houve alterações aparentes nas concentrações plasmáticas de digitoxina no estado de equilíbrio. Portanto, recomenda-se o monitoramento dos níveis plasmáticos de digoxina em pacientes recebendo esquemas quimioterápicos combinados similares ao acima descrito. A utilização de digitoxina por tais pacientes pode ser uma alternativa. Um estudo de interação in vitro entre gentamicina e Citarabina mostrou um antagonismo relacionado à Citarabina quanto à susceptibilidade de cepas de K. pneumoniae. Esse estudo sugere que, em pacientes tratados com Citarabina e recebendo gentamicina devido a uma infecção por K. pneumoniae, a ausência de uma resposta terapêutica imediata pode indicar a necessidade de uma reavaliação do tratamento antibacteriano. Evidências clínicas mostraram, em um paciente, uma possível inibição da eficácia da terapia com fluorocitosina pela Citarabina, possivelmente devido à potencial inibição competitiva de sua captação. Vide informações adicionais em Compatibilidades e Incompatibilidades.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Reações esperadas: como a Citarabina é uma supressora da medula óssea, podem ocorrer anemia, leucopenia, trombocitopenia, megaloblastose e redução de reticulócitos como resultado de sua administração. A gravidade dessas reações depende da dose e do esquema terapêutico empregados. Pode-se esperar, também, a ocorrência de alterações celulares na morfologia em esfregaços de medula óssea e de sangue periférico. Após infusões constantes por 5 dias ou injeções agudas de 50 mg/m2 a 600 mg/m2, a depressão das células brancas segue um curso bifásico. Independente da contagem inicial, nível posológico ou esquema terapêutico, existe uma queda inicial nas primeiras 24 horas, com nadir nos dias 7-9. Segue-se uma ligeira elevação que atinge seu pico próximo ao décimo segundo dia. Uma segunda e mais profunda queda atinge seu nadir nos dias 15-24. Ocorre, então, uma rápida elevação acima da linha de base nos 10 dias seguintes. A depressão plaquetária é notada em 5 dias, com o pico de depressão ocorrendo entre os dias 12-15. A partir daí, uma rápida elevação acima dos valores basais ocorre nos 10 dias seguintes. Complicações infecciosas: infecções virais, bacterianas, fúngicas ou parasitárias, em qualquer local do corpo, podem estar associadas ao uso de Aracytin (Citarabina) sozinho ou combinado com outros agentes imunossupressores após doses imunossupressoras que afetem a imunidade celular ou humoral. Essas infecções podem ser leves, mas também graves e até fatais. Síndrome da Citarabina: Castleberry (1981) descreveu uma síndrome da Citarabina. Essa caracteriza-se por febre, mialgia, dor óssea, ocasionalmente dor torácica, rash maculopapular, conjuntivite e mal-estar. Geralmente ocorre 6-12 horas após a administração do fármaco. Os corticosteróides mostraram ser benéficos no tratamento ou prevenção dessa síndrome. Se os sintomas forem considerados tratáveis, o uso de corticosteróides deve ser considerado, assim como a continuação da terapia com Aracytin. Reações adversas mais freqüentes: náuseas, anorexia, vômitos, diarréia, disfunção hepática, febre, erupções, tromboflebite, inflamação ou ulceração oral e anal, sangramento. Náuseas e vômitos são mais freqüentes após a administração por injeção intravenosa rápida. Reações adversas menos freqüentes: sepse, disfunção renal, dor abdominal, celulite no local da injeção, pneumonia, neurite ou neurotoxicidade, esofagite, dor torácica, dores articulares, dor de garganta, ulcerações cutânea e da mucosa, retenção urinária, ulceração esofágica, pericardite, necrose intestinal, pancreatite, cefaléia, urticária, sardas, icterícia, conjuntivite (pode ocorrer com erupções), tonturas, alopecia, anafilaxia, edema alérgico, prurido, dispnéia (vide Advertências e Precauções). Terapia com altas doses: toxicidade pulmonar, gastrintestinal e do sistema nervoso central, grave, diferente daquela observada com os regimes terapêuticos convencionais, e por vezes fatal, foi relatada após a administração de esquemas terapêuticos com altas doses (2-3 g/m2). Essas reações incluem toxicidade corneal reversível e conjuntivite hemorrágica, que podem ser evitadas ou diminuídas pela profilaxia com o uso local de um colírio com corticosteróide; disfunção cerebral e cerebelar, geralmente reversível, incluindo alterações da personalidade, sonolência e coma; ulceração gastrintestinal grave, incluindo pneumatose cistóide intestinal, levando à peritonite, sepse e abscesso hepático; edema pulmonar; dano hepático com hiperbilirrubinemia; necrose intestinal; e colite necrosante. Dois pacientes adultos com leucemia mielocítica aguda desenvolveram neuropatias periféricas motoras e sensoriais após consolidação com altas doses, daunorrubicina e asparaginase. Pacientes tratados com altas doses devem ser observados quanto a neuropatias, uma vez que podem ser necessárias alterações do esquema terapêutico para evitar distúrbios neurológicos irreversíveis. Dez pacientes tratados com doses experimentais intermediárias (1 g/m2) com e sem outros agentes quimioterápicos (meta-AMSA, daunorrubicina, VP-16) desenvolveram pneumonite intersticial difusa, sem causa evidente, que pode ter sido relacionada à Citarabina. Raramente relatou-se rash cutâneo grave, levando a descamação. A alopecia total é mais freqüentemente observada quando se utilizam esquemas de altas doses ao invés dos esquemas convencionais com Citarabina. Foram relatados casos de cardiomiopatia, com morte subseqüente, após o uso de terapia experimental com altas doses e ciclofosfamida, na preparação para transplante de medula óssea. Esta reação pode ser dependente desse esquema terapêutico. Relatou-se uma síndrome de angústia respiratória súbita rapidamente progressiva para edema pulmonar e cardiomegalia radiologicamente pronunciada, após a administração experimental em altas doses, utilizada em uma instituição no tratamento de recidiva de leucemia. O efeito foi observado em 16 de 72 pacientes. Em um caso, o resultado dessa síndrome foi fatal.

Posologia

Aracytin (Citarabina) não é ativo por via oral. A posologia e o método de administração variam de acordo com o esquema terapêutico a ser utilizado. Aracytin pode ser administrado por infusão intravenosa ou injeção intravenosa, subcutânea ou intratecal. A administração subcutânea é satisfatória para manutenção das remissões; o valor da terapia de indução por essa via é incerto. Em alguns pacientes ocorreu tromboflebite no local da injeção ou da infusão; raramente relatou-se dor e inflamação nos locais da injeção subcutânea. Na maioria dos casos, a medicação foi bem tolerada. Os pacientes podem tolerar doses totais maiores quando recebem o fármaco por injeção intravenosa rápida do que quando o recebem por infusão lenta. Esse fenômeno está relacionado com a rápida inativação da Citarabina e com a curta exposição das células normais e neoplásicas susceptíveis a níveis significativos do fármaco após injeção rápida. Células normais e neoplásicas respondem aparentemente de modo paralelo a esses diferentes modos de administração; nenhuma vantagem clínica expressiva foi demonstrada para qualquer um deles. Têm sido curtas as remissões induzidas pela Citarabina e não acompanhadas por terapia de manutenção. Na terapia de indução de leucemia mielocítica aguda, a dose habitual da Citarabina em combinação com outros agentes quimioterápicos antineoplásicos é de 100 mg/m2 por infusão intravenosa contínua (dias 1-7) ou 100 mg/m2 IV a cada 12 horas (dias 1-7). Deve-se consultar a literatura para as recomendações atuais quanto ao uso em leucemia linfocítica aguda. A experiência clínica acumulada até agora sugere que o sucesso com Aracytin depende mais da competência em modificar, dia a dia, a dosagem para obter o máximo de extermínio das células leucêmicas com toxicidade tolerável, do que no esquema terapêutico básico escolhido no início da terapia. Quase sempre ocorre toxicidade, exigindo alteração da dosagem. Alguns esquemas terapêuticos relativamente bem sucedidos, prevendo esta alteração, fornecem ao fármaco na dose máxima tolerada, durante 5 dias, a cada duas semanas, e permitindo que os 9 dias intermediários sirvam para descanso e recuperação. Os estudos em animais, nos quais esses esquemas são baseados, indicam que os maiores índices de respostas favoráveis apresentam-se quando o tratamento é feito com ciclos múltiplos de administração de quantidades concentradas, resultam da capacidade do animal portador de tolerar a maior dose total do fármaco com um extermínio mais completo das células leucêmicas. Se empregado por via intratecal, Aracytin 100 mg não deve ser diluído com o diluente que acompanha a embalagem e nem com outros contendo conservantes. A reconstituição com cloreto de sódio a 0,9% sem conservantes é muito empregada, devendo a solução ser utilizada imediatamente, com descarte imediato do excedente. Uso em Idosos Não são conhecidas até o momento recomendações especiais para os pacientes idosos, aplicando-se as informações técnicas já descritas.

Superdosagem

Não existe antídoto para uma superdosagem. A administração de 12 doses de 4,5 g/m2, por infusão intravenosa, durante 1 hora, a cada 12 horas, causou um aumento inaceitável na toxicidade irreversível do sistema nervoso central e morte.

Características farmacológicas

A Citarabina, 4-amino-1-beta-D-arabinofuranosil-2-1H-pirimidinona, é um agente antineoplásico citotóxico para uma grande variedade de células proliferativas de mamíferos. A Citarabina apresenta especificidade de fase celular, destruindo inicialmente as células que realizam síntese de DNA (fase S) e, sob certas condições, bloqueando a progressão das células da fase G1 para a fase S. Embora o mecanismo de ação não seja completamente conhecido, a Citarabina parece agir através da inibição da DNA polimerase. Relatou-se também uma incorporação limitada, mas significativa, da Citarabina no DNA e no RNA. A Citarabina produziu dano cromossômico extenso, incluindo quebras cromatóides e transformação maligna de células de roedores in vitro. A deoxicitidina evita ou retarda (mas não reverte) a atividade citotóxica. Estudos em culturas de células mostraram um efeito antiviral. Entretanto, a eficácia contra herpes zoster ou varíola não foi demonstrada em estudos clínicos controlados. Resistência celular e sensibilidade: a Citarabina é metabolizada através de quinases para nucleotídeo trifosfato, um inibidor eficaz da DNA polimerase; é inativada por uma desaminase pirimidina-nucleosídeo, que a converte ao derivado uracil não-tóxico. O balanço entre os níveis de quinase e desaminase, pode ser um importante fator na determinação da sensibilidade ou resistência da célula à Citarabina. Estudos em animais: em estudos experimentais com tumores de camundongo, a Citarabina foi mais eficaz em tumores com alta fração de crescimento. O efeito foi dependente do esquema de tratamento; os efeitos ótimos foram alcançados quando o esquema terapêutico favoreceu o contato do fármaco com as células tumorais quando o número máximo de células estava na Fase S susceptível. Os melhores resultados foram obtidos quando os ciclos terapêuticos foram separados por intervalos suficientes para permitir a recuperação adequada do hospedeiro. Toxicologia animal: a toxicidade e a atividade da Citarabina em animais experimentais são fortemente influenciadas pelo esquema de administração. Por exemplo, em camundongos, a DL10 na administração intraperitoneal única de Citarabina é superior a 6.000 mg/m2. Quando a Citarabina é administrada em 8 doses, separadas por 3 horas, a DL10 é inferior à dose total de 750 mg/m2. Da mesma maneira, embora uma dose total de 1.920 mg/m2 administrada em 12 injeções com 6 horas de intervalo tenha sido letal a cães beagle (hipoplasia severa da medula óssea com evidência de dano renal e hepático), cães recebendo a mesma dose total administrada em 8 injeções (com intervalos de 6 horas) por um período de 48 horas sobreviveram com sinais mínimos de toxicidade. A observação mais consistente nos cães sobreviventes foi a presença de níveis elevados de transaminase. Em todas as espécies experimentais, o efeito tóxico limitante principal foi supressão da medula óssea com leucopenia. Além disso, a Citarabina causa desenvolvimento cerebelar anormal no hamster recém-nascido e é teratogênica para o feto do rato. Farmacologia humana: a Citarabina é rapidamente metabolizada e não é eficaz por via oral; menos de 20% da dose administrada por via oral é absorvida pelo trato gastrintestinal. Após a injeção intravenosa rápida marcada com trítio, o desaparecimento no plasma é bifásico. Há uma fase inicial de distribuição com uma meia-vida de cerca de 10 minutos, seguida por uma segunda fase de eliminação com uma meia-vida de cerca de 1 a 3 horas. Após a fase de distribuição, mais que 80% da radioatividade plasmática pode ser representada pelo metabólito inativo 1-beta-Darabinofuranosiluracil (ara-U). Dentro do período de 24 horas, cerca de 80% da radioatividade administrada pode ser recuperada na urina, da qual aproximadamente 90% é excretada como ara-U. Níveis plasmáticos relativamente constantes podem ser alcançados por infusão intravenosa contínua. Após a administração subcutânea ou intramuscular marcada com trítio, os picos plasmáticos de radioatividade são alcançados cerca de 20 a 60 minutos após a injeção e são consideravelmente mais baixos que aqueles obtidos após administração intravenosa. Os níveis no líquido cefalorraquidiano são baixos em comparação com os níveis plasmáticos após uma injeção intravenosa única. Entretanto, na determinação dos níveis do fármaco no líquido cefalorraquidiano em um paciente após 2 horas de infusão intravenosa constante, os níveis se aproximaram de 40% do nível plasmático no estado de equilíbrio. Atividade imunossupressora: a Citarabina é capaz de inibir a resposta imunológica no homem durante a administração, acompanhada de pequena ou nenhuma toxicidade. Demonstrou-se supressão de resposta de anticorpo ao antígeno E-coli-VI e toxóide tetânico. Essa supressão foi obtida durante respostas de anticorpo primária e secundária. A Citarabina também suprimiu o desenvolvimento da resposta imune mediada por células, como a reação cutânea de hipersensibilidade tardia ao dinitroclorobenzeno. Entretanto, não houve efeito sobre as reações de hipersensibilidade tardia já estabelecidas. Após ciclos de 5 dias de tratamento intensivo com Citarabina, a resposta imune foi suprimida, como indicam os seguintes parâmetros: ingresso de macrófagos em reações cutâneas; resposta de anticorpos circulantes após estímulo antigênico primário; blastogênese de linfócitos com fitohemaglutinina. Poucos dias após o término da terapia, houve um rápido retorno à normalidade.

Resultados de eficácia

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Modo de usar

Preparação da solução para infusão e estabilidade Tal como com todos os agentes antineoplásicos, a preparação das soluções de Citarabina deve ser efetuada por pessoal treinado, numa área reservada para isso (preferencialmente, uma câmara de fluxo laminar para citotóxicos). Durante a administração da Citarabina devem ser utilizadas: bata protetora, máscara, luvas e proteção adequada dos olhos. No caso de contato acidental da solução com a pele ou mucosas, a área atingida deve ser imediatamente lavada com água e sabão. Não é recomendável a manipulação de agentes citotóxicos por mulheres grávidas. As soluções reconstituídas com o diluente que acompanha a embalagem apresentam pH de aproximadamente 5 e podem ser armazenadas em temperatura ambiente durante 48 horas. Descartar qualquer solução que desenvolva turbidez. Estudos de estabilidade com Aracytin demonstraram que a Citarabina, na concentração de 0,5 mg/mL, é estável por 7 dias em temperatura ambiente quando misturada com soluções de água para injetáveis, glicose 5% ou cloreto de sódio 0,9%. Também é estável por 7 dias em temperatura ambiente, a -20°C e 4°C, quando misturada nas concentrações de 8 - 32 mg/mL, em solução de glicose 5%, solução de glicose 5% em cloreto de sódio a 0,2 % e solução de cloreto de sódio 0,9%. A Citarabina é estável em temperatura ambiente, na concentração de 2 mg/mL, quando na presença de KCl equivalente a 50 meq/500 mL em glicose 5% em água e cloreto de sódio 0,9%, por até 8 dias. A Citarabina também é estável em temperatura ambiente e a 8°C por 7 dias nas concentrações de 0,2 a 1,0 mg/mL, quando em presença de bicarbonato de sódio equivalente a 50 meq/L em glicose 5% em água ou glicose 5% em cloreto de sódio 0,2%. Compatibilidades e Incompatibilidades Aracytin é compatível com a maioria das soluções fisiológicas, incluindo solução de cloreto de sódio a 0,9% e solução de glicose a 5%. A Citarabina é estável por 8 horas, nas seguintes combinações com concentrações específicas, em glicose 5%: Citarabina 0,8 mg/mL e cefalotina sódica 1,0 mg/mL; Citarabina 0,4 mg/mL e fosfato sódico de prednisolona 0,2 mg/mL; Citarabina 16 mcg/mL e sulfato de vincristina 4 mcg/mL. A Citarabina é fisicamente incompatível com heparina, insulina, metotrexato, 5- fluoruracila, penicilinas como oxacilina e penicilina-G, nafcilina sódica e succinato sódico de metilprednisolona.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em Crianças As advertências e precauções para as crianças são as mesmas daquelas descritas para pacientes adultos.

Armazenagem

Este medicamento deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz. As soluções reconstituídas podem ser armazenadas a temperatura ambiente durante 48 horas. As soluções reconstituídas sem conservantes devem ser utilizadas imediatamente após a reconstituição.

Dizeres legais

MS - 1.0216.0143 Farmacêutica Responsável: Raquel Oppermann – CRF-SP nº 36144 Produto fabricado e embalado por: Actavis Italy S.p.A. Nerviano, Milão – Itália Distribuído por: LABORATÓRIOS PFIZER LTDA. Av. Monteiro Lobato, 2270 CEP 07190-001 – Guarulhos – SP CNPJ nº 46.070.868/0001-69 Indústria Brasileira. Fale Pfizer 0800-16-7575 www.pfizer.com.br VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO RESTRITO A HOSPITAIS. CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO.

rante 48 horas. As soluções reconstituídas sem conservantes devem ser utilizadas imediatamente após a reconstituição.

Dizeres legais

MS - 1.0216.0143 Farmacêutica Responsável: Raquel Oppermann – CRF-SP nº 36144 Produto fabricado e embalado por: Actavis Italy S.p.A. Nerviano, Milão – Itália Distribuído por: LABORATÓRIOS PFIZER LTDA. Av. Monteiro Lobato, 2270 CEP 07190-001 – Guarulhos – SP CNPJ nº 46.070.868/0001-69 Indústria Brasileira. Fale Pfizer 0800-16-7575 www.pfizer.com.br VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO RESTRITO A HOSPITAIS. CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO.