Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Apresentação

Solução injetável 150mg/mL Embalagens contendo 6, 100 e 120 ampolas com 2mL. Excipientes: ácido clorídrico e água para injeção

Indicações

O cloridrato de cimetidina é indicado para tratamento de distúrbios do trato gastrintestinal superior nos quais a redução da secreção gástrica, a obtenção da remissão e a prevenção da recorrência sejam benéficas para o alívio sintomático como no tratamento agudo da úlcera duodenal, úlcera gástrica benigna, úlcera de boca anastomática e póscirúrgica, úlcera péptica recorrente e esofagite péptica; no controle de condições hipersecretórias patológicas, como na síndrome de Zollinger-Ellison, na mastocitose sistêmica, adenomas endócrinos, múltiplos, síndrome pós-operatória de intestino curto, hipersecreção idiopática; na prevenção de úlceras de estresse em pacientes gravemente enfermos e de alto risco, e também como medida de apoio no controle de hemorragia devido a úlceras pépticas ou erosões do trato gastrintestinal superior, nos pacientes sob anestesia geral, e, inclusive, em mulheres submetidas a cesarianas, a cimetidina reduz a acidez e o volume das secreções gástricas, diminuindo o risco de dano pulmonar promovido pela aspiração do conteúdo gástrico; tratamento em curto prazo dos sintomas de condições dispépticas caracterizadas por dor abdominal superior, particularmente quando relacionadas com as refeições e quando não se consegue identificar qualquer causa orgânica; e prevenção de recidiva de úlceras gástricas e duodenais, em particular naqueles pacientes com história de recidivas ou complicações freqüentes, assim como em pacientes com patologias concomitantes que possam tornar a cirurgia um risco maior do que o habitual.

Contra-indicações

O cloridrato de cimetidina é contra-indicado para mulheres grávidas no período de lactação, para pessoas asmáticas ou com doença cardíaca, (nos casos de úlcera gástrica maligna) e à pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a qualquer outro componente da fórmula.

Advertências

Antes da instituição de terapia para úlcera gástrica com cimetidina, deve-se excluir a possibilidade de malignidade da lesão, uma vez que os sintomas podem ser mascarados pelo uso da cimetidina. O uso de antagonistas dos receptores h2 favorece o desenvolvimento de bactérias no trato gastrintestinal devido à diminuição da acidez gástrica. Pacientes portadores de insuficiência renal podem apresentar aumentos na concentração plasmática de cimetidina, aumentando o risco de reações adversas, principalmente sobre o sistema nervoso central (snc). Pacientes que apresentam patologias graves e que usam concomitantemente a cimetidina com outros fármacos conhecidamente redutores da contagem de células sangüíneas são mais propensos a apresentarem redução na contagem leucocitária, inclusive agranulocitose. Foram descritos estados confusionais reversíveis com o uso de antagonistas dos receptores h2, porém mais comumente em pacientes idosos e/ou gravemente enfermos, portadores de insuficiência renal ou síndrome de sofrimento cerebral. Estes estados confusionais normalmente desaparecem nas primeiras 24 horas após suspensão do tratamento.

Uso na gravidez

Até o momento a experiência com o uso de cimetidina em pacientes grávidas é limitada e dados adequados sobre o uso durante a lactação humana não são disponíveis. Porém, sabe-se que a cimetidina atravessa a barreira placentária e é encontrada em altas concentrações no leite materno. Assim, a cimetidina não deve ser usada durante a gravidez e lactação.

Interações medicamentosas

O cloridrato de cimetidina inibe o metabolismo hepático de várias drogas que se ligam ao citocromo P450, além de diminuir a absorção de outras, podendo ocorrer interações como: Cetoconazol, digoxina, fluconazol, indometacina, tetraciclina e sais de ferro: Pode ter sua absorção reduzida, portanto a cimetidina deve ser administrada pelo menos 2 horas após a administração destas drogas. Antidepressivos tricíclicos , xantinas, benzodiazepina, bloqueador de canal de cálcio, cafeína, carbamazepina, cloroquina, fenitoína, lidocaína, metronidazol, propranolol, teofilina e varfarina: Devido a cimetidina inibir a atividade do citocromo P450, ocorre um decréscimo no metabolismo desses fármacos, o que pode provocar eliminação retardada ou aumento da concentração sangüínea, podendo exacerbar a ação e reações adversas. Anticoagulantes: Recomenda-se a monitorização do tempo de protrombina, podendo ser necessário ajuste de dose. Fenitoína e teofilina: Pode haver aumento no risco de ataxia devido ao aumento da concentração desses fármacos no sangue. Um ajuste posológico pode ser necessário. Metoprolol e propranolol: Deve-se realizar monitorização da pressão sangüínea. Nifedipino: Possui sua ação hipotensora potencializada. A cimetidina não apresenta interações clinicamente significativas com os betabloqueadores. Têm sido relatadas interações de mínimo valor clínico com o diazepam e o clordiazepóxido. Não há interação significante entre cimetidina e os benzodiazepínicos que são metabolizados por glicuronidação, como é o caso do oxazepam e do lorazepam. Pode provocar aumento de reações adversas de analgésicos narcóticos.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Durante o tratamento com cimetidina foram relatadas algumas reações adversas. As mais freqüentes, mesmo que tenha sido relatado um número reduzido de casos, foram: diarréia leve e transitória, cansaço, tontura e erupções cutâneas, algumas vezes graves. Outras reações adversas a s como ginecomastia e galactorréia (que podem permanecer durante o tratamento ou desaparecer após seu término). Os antagonistas dos receptores h2 podem afetar a hematimetria, foram descritos ca sos de redução na contagem leucocitária, inclusive agranulocitose, trombocitopenia e raros casos de anemia aplástica. Também têm sido raramente relatadas: anafilaxia, confusão mental, alucinação, depressão, hepatite, febre, nefrite intersticial, pancreatite, bradicardia sinusal, taquicardia, bloqueio cardíaco e vasculite de hipersensibilidade, sendo que a maioria destes casos os pacientes apresentavam alguma outra patologia grave, insuficiência renal ou hepática, síndrome de sofrimento cerebral ou recebiam tratamento com outras drogas. Essas reações tendem a desaparecer após a suspensão do tratamento. A injeção intramuscular de cloridrato de cimetidina pode provocar dor leve e transitória no local da aplicação. Alterações em exames laboratoriais: foram relatados aumentos da creatinina plasmática que não progrediram com a manutenção da terapia e desapareceram ao seu final. Também foram observadas elevações das transaminases séricas.

Posologia

Adultos: Via intramuscular: Administrar 300mg de cloridrato de cimetidina (1 ampola), a cada 4 a 6 horas. Via intravenosa: Para infusão intermitente, administrar 300mg do medicamento diluído em 100mL de solução intravenosa compatível e infundir por um período mínimo de 30 minutos. A dose diária total não deve ser maior que 2400mg (8 infusões). Para a infusão contínua, administrar 300mg do medicamento diluído em 100mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%. A velocidade de infusão não deve ser superior a 75mg/h, durante 24 horas. A dose total diária não deve ser maior que 2400mg. Para injeção simples diluir 300mg do fármaco em até 20mL de uma solução intravenosa compatível e administrar lentamente por no mínimo 2 minutos. A dose diária é de 800mg a 1600mg, em doses divididas. Anestesia geral: Na prevenção da pneumonia por aspiração, administrar 300mg da droga, preferencialmente por via intramuscular, uma hora antes da indução da anestesia. Nas cirurgias prolongadas, repetir a administração a cada 4 horas. O cloridrato de cimetidina é compátivel com as seguintes soluções intravenosas: cloreto de sódio a 0,9%, dextrose a 5% e 10% e Ringer com lactato. Nestas soluções, o cloridrato de cimetidina se mantém estável por uma semana, em temperatura ambiente. Pacientes com insuficiência renal: As doses de cloridrato de cimetidina estão relacionadas com o clearance renal. O ajuste posológico está descrito na tabela abaixo: Clearance de creatinina (mg/mL) Posologia (cloridrato de cimetidina) 0 a 15 200mg, 2 vezes ao dia 15 a 30 200mg, 3 vezes ao dia 30 a 50 200mg, 4 vezes ao dia > 50 Posologia normal Crianças: Recém-nascidos: Administrar 10 a 15mg/kg/dia, divididos a cada 4 a 6 horas. Menores de 1 ano: Administrar 20mg/kg/dia, divididos a cada 4 a 6 horas. De 1 a 12 anos: Administrar 20 a 25mg/kg/dia, divididos a cada 4 a 6 horas.

Superdosagem

A superdosagem aguda com até 20 gramas foi observada, mas sem nenhum efeito prejudicial significante. Estudos vêm demonstrando, que ao se utilizar doses experimentais elevadas, a respiração artificial pode ser benéfica. Como não existe antídoto específico para intoxicação por cloridrato de cimetidina, o tratamento indicado é sintomático e de suporte.

Características farmacológicas

A cimetidina é um antagonista de receptores H2, sendo, portanto, estruturalmente semelhante à histamina. Corresponde quimicamente à N-ciano- N-metil-N-[2-[[(5-metil-1Himidazol-4-il)-metiltioetil guanidina. A cimetidina atua através de inibição competitiva com a histamina pelos receptores H2 das células parietais. Dessa forma, inibe a secreção gástrica basal, estimulada por alimentos, betazol, pentagastrina, cafeína e insulina, reduzindo o volume e a acidez da secreção. A cimetidina não reduz a secreção da pepsina, mas sua produção total fica reduzida como efeito exercido sobre o volume das secreções gástricas. Além de apresentar efeito anti-secretor, a cimetidina apresenta ação citoprotetora, auxiliando na manutenção da integridade da mucosa gástrica. Mesmo após tratamento prolongado com cimetidina, a suspensão da terapia não promove rebote ácido. Por não apresentar propriedades colinérgicas ou anticolinérgicas, a cimetidina não interfere com a motilidade gastrintestinal. O cloridrato de cimetidina apresenta volume de distribuição de 1/kg e encontra-se fracamente ligado às proteínas plasmáticas, aproximadamente 20%. Atravessa a barreira placentária. A administração da solução injetável do cloridrato de cimetidina permite que o fármaco aumente sua biodisponibilidade, pois evita que este sofra metabolismo hepático de primeira passagem. O tempo médio de eliminação da cimetidina é de 2 a 3 horas, embora sofra metabolismo hepático passando a sulfóxido e hidroximetilcimetidina, grande parte é excretada na urina sem ser metabolizada. Desta forma, a insuficiência renal exige redução na dosagem deste fármaco, pois pode aumentar a meia vida plasmática. É também excretado no leite materno.

Resultados de eficácia

Os antagonistas de receptores H2, são altamente seletivos e têm pouco ou nenhum efeito nos receptores H1 ou outros receptores, portanto interferem muito pouco em outras funções fisiológicas que não a secreção gástrica.

Modo de usar

Fazer a higiene rigorosa com álcool no local da aplicação. Via intramuscular: Aplicar no quadrante superior externo da região glútea; conforme a figura. A agulha deve ser posicionada perpendicularmente à pele e introduzida profundamente no músculo. Áreas de tecido adiposo abundante devem ser evitadas, pois o medicamento não deve ser aplicado na região subcutânea. Após a introdução da agulha é obrigatória a aspiração do êmbolo, para certificar-se de que não houve perfuração de vaso sangüíneo. Se for aspirado sangue, ou se ocorrer dor intensa, interromper imediatamente a aplicação. A aplicação deve ser feita lentamente.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Os pacientes idosos não apresentaram divergências quanto às reações adversas e posologia em relação aos pacientes mais jovens. Portanto, não há necessidade de ajuste de dose para pacientes idosos com funções renal e hepática normais. Outros pacientes com problemas renais ou hepáticos devem passar por uma avaliação risco/benefício, pelo médico.

Armazenagem

O produto deve ser mantido em sua embalagem original, conservado em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Farm. Resp.: Dr. Henry C. Vartuli CRF-GO no 2.914 M.S. no 1.0370.0285 TEUTO BRASILEIRO S/A. CNPJ – 17.159.229/0001 -76 VP 7-D Módulo 11 Qd. 13 – DAIA CEP 75132-140 – Anápolis – GO Indústria Brasileira

IÇÃO MÉDICA Farm. Resp.: Dr. Henry C. Vartuli CRF-GO no 2.914 M.S. no 1.0370.0285 TEUTO BRASILEIRO S/A. CNPJ – 17.159.229/0001 -76 VP 7-D Módulo 11 Qd. 13 – DAIA CEP 75132-140 – Anápolis – GO Indústria Brasileira