As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
União Química Farmacêutica
nacional S/aReferência
Capotrat
CaptoprilApresentação
Comprimido 25 mg: caixa com 30 e 500
comprimidos.
Comprimido 50 mg: caixa com 30 e 500
comprimidos.
USO PEDIÁTRICO E ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Comprimido
Cada comprimido de 25 mg contém:
captopril........................... 25 mg
Excipientes: celulose microcristalina,
amido de milho, lactose monohidratada e
ácido esteárico.
Cada comprimido de 50 mg contém:
captopril ................................. 50 mg
Excipientes: celulose microcristalina,
amido de milho, lactose monohidratada e
ácido esteárico.Indicações
Hipertensão: Capotrat é indicado para
o tratamento da hipertensão.
Insuficiência cardíaca: Capotrat é
indicado no tratamento da insuficiência
cardíaca congestiva em associação com
diuréticos e digitálicos. O efeito benéfico
de captopril na insuficiência cardíaca não
requer a presença de digitálicos.
Infarto do miocárdio: o captopril é
indicado como terapia pós-infarto do
miocárdio em pacientes clinicamente
estáveis, com disfunção ventricular
esquerda assintomática ou sintomática,
para melhorar a sobrevida, protelar o
início da insuficiência cardíaca sintomática,
reduzir internações por insuficiência
cardíaca e diminuir a incidência de infarto
do miocárdio recorrente e as condutas de
revascularização coronariana.
Nefropatia diabética: o captopril é indicado
para o tratamento de nefropatia diabética
(proteinúria > 500 mg/ dia) em pacientes
com diabetes mellitus insulinodependentes.
Neste pacientes. O captopril
previne a progressão da doença renal e
reduz seqüelas clínicas associadas (diálise,
transplante renal e morte).Contra-indicações
O produto não deve ser usado por
pacientes com hipersensibilidade aos
componentes da fórmula. Deve se ter
cautela em pacientes com insuficiência
cardíaca sob terapia com captopril que
deve ser alertado contra o rápido aumento
na atividade física. O paciente deve ser
avisado para relatar imediatamente ao seu
médico qualquer sintoma de infecção (por
exemplo, dor de garganta, febre), que não
responda prontamente à terapia-padrão.
Todos os pacientes devem ser advertidos
de que a transpiração excessiva e
desidratação podem levar a uma
excessiva queda da pressão arterial,
devido à redução do volume de fluídos.
Informe seu médico sobre qualquer
medicamento que esteja usando, antes do
início, ou durante o tratamento.Advertências
Gerais: Angioedema: observou-se
angioedema em pacientes tratados com
inibidores da ECA, incluindo-se o captopril.
Se o angioedema envolver a língua, glote
ou laringe, poderá ocorrer a obstrução das
vias aéreas e ser fatal. A terapia de
emergência deverá ser instituída
imediatamente. O edema confinado à
face, membranas mucosas da boca, lábios
e extremidades, geralmente desaparecem
com a descontinuação do captopril; alguns
casos necessitaram de terapia médica.
Angioedema intestinal: relatou-se casos
raros de angioedema intestinal em
pacientes tratados com inibidores da ECA.
Estes pacientes apresentaram dor
abdominal (com ou sem náusea ou
vômitos), em alguns casos não houve
angioedema facial prévio e os níveis de
esterase C-1 estavam normais. O
angioedema foi diagnosticado por
procedimentos, incluindo tomografia
computadorizada abdominal, ou ultrasonografia,
ou por cirurgia, e os sintomas
desapareceram com a descontinuação do
tratamento com o inibidor da ECA.
Angioedema intestinal deve ser incluído
em diferentes diagnósticos de pacientes
em tratamento com inibidores da ECA
apresentando dor abdominal.
Reações anafiláticas durante
dessensibilização: dois pacientes sob
tratamento com outro inibidor da ECA
submetendo-se a um tratamento de
dessensibilização com veneno de
Hymenoptera, enquanto recebiam outro
inibidor da ECA (enalapril), sofreram
reações anafiláticas com risco de vida.
Nestes mesmos pacientes, as reações
foram evitadas quando a administração do
inibidor da ECA foi temporariamente
interrompida, mas elas reaparecem
quando de uma nova administração.
Portanto, cuidado é necessário em
pacientes tratados com inibidores da ECA
e sob tais procedimentos de
dessensibilização.
Reações Anafiláticas durante diálise de
alto fluxo/exposição a membranas de
aferese lipoprotéica: reações anafiláticas
têm sido relatadas em pacientes
hemodialisados com membranas de diálise
de alto fluxo. Reações anafiláticas também
têm sido relatadas em pacientes sob
aferese de lipoproteínas de baixa
densidade com absorção de sulfato de
dextrano. Nestes pacientes, deve-se
considerar a utilização de um tipo
diferente de membrana de diálise ou uma
diferente classe de medicamento.
Neutropenia/Agranulocitose: a
neutropenia é muito rara (< 0,02%) em
pacientes hipertensos com função renal
normal (Crs < 1,6 mg/dl, sem doença
vascular de colágeno). Em pacientes com
algum grau de insuficiência renal
(creatinina sérica de pelo menos 1,6
mg/dl), mas sem doença vascular de
colágeno, o risco da neutropenia nos
estudos clínicos foi de cerca de 0,2%. Em
pacientes com insuficiência renal, o uso
concomitante de alopurinol e captopril foi
associado à neutropenia. Em pacientes
com doenças vasculares de colágeno (p.
ex., lúpus eritematoso sistêmico,
escleroderma) e insuficiência renal, a
neutropenia ocorreu em 3,7% dos
pacientes em estudos clínicos. Relata-se
neutropenia geralmente após 3 meses do
início da administração de captopril. Em
geral, a contagem de neutrófilos voltou ao
normal em cerca de duas semanas após a
descontinuação do Capotrat, e as
infecções graves se limitaram aos
pacientes clinicamente complicados. Cerca
de 13% dos casos de neutropenia tiveram
um fim fatal, mas quase todas as
fatalidades ocorreram em pacientes
gravemente enfermos, com doenças
vasculares de colágeno, insuficiência
renal, insuficiência cardíaca ou terapia
imunossupressora ou uma combinação
destes fatores agravantes. Se o captopril
for utilizado em pacientes com
insuficiência renal, deve-se realizar
contagem de leucócitos e contagens
diferenciais antes do início do tratamento
e a intervalos aproximados de duas
semanas durante cerca de 3 meses, e
periodicamente depois disso. Em pacientes
com doença vascular de colágeno ou que
estejam expostos a outras drogas que
conhecidamente afetam os leucócitos ou a
resposta imunológica, principalmente
quando há insuficiência renal, o captopril
deverá ser empregado, com cuidado,
somente após uma avaliação do risco e
benefício. Já que a interrupção da
administração de captopril e de outras
drogas geralmente levam ao pronto
restabelecimento da contagem leucocitária
a valores normais, quando da confirmação
da neutropenia (contagem de neutrófilos
< 1000/mm3), o médico deverá
suspender o medicamento e acompanhar
cuidadosamente o paciente.
Proteinúria: proteína urinária total
superior a 1 g/dia foi observada em cerca
de 0,7% dos pacientes tomando captopril.
Cerca de 90% dos pacientes afetados
apresentaram evidências de doença renal
anterior ou receberam doses
relativamente elevadas de captopril
(acima de 150 mg/dia), ou ambos. Em
estudo multicêntrico, duplo-cego,
controlado por placebo, envolvendo 207
pacientes com nefropatia diabética e
proteinúria (> 500 mg/dia), que
receberam 75 mg/dia de captopril durante
uma média de 3 anos, houve uma
consistente redução da proteinúria. Não se
sabe se a terapia a longo prazo teria
efeitos similares em pacientes com outros
tipos de doença renal. Pacientes com
doença renal anterior ou aqueles
recebendo captopril em doses superiores a
150 mg/dia, deverão fazer uma avaliação
da proteína urinária antes do tratamento
(feita na primeira urina da manhã) e
depois, realizar o teste periodicamente.
Hipotensão: raramente observou-se
hipotensão excessiva em pacientes
hipertensos, mas é uma conseqüência
possível do uso de captopril em indivíduos
sal/volume-depletados (tais como aqueles
tratados vigorosamente com diuréticos),
pacientes com insuficiência cardíaca ou
naqueles pacientes que estão sendo
submetidos a diálise renal. Na
hipertensão, a chance de ocorrer efeitos
hipotensores com as doses iniciais de
captopril pode ser minimizada pela
descontinuação do diurético ou pelo
aumento da ingestão de sal
aproximadamente 1 semana antes do
início do tratamento com captopril ou
iniciando-se a terapia com doses
pequenas (6,25 ou 12,5 mg). Pode ser
aconselhável um acompanhamento
médico por pelo menos 1 hora após a
dose inicial. Uma resposta hipotensora
transitória não é contra-indicação para
doses subseqüentes, que podem ser
administradas sem dificuldade uma vez
que a pressão se eleve. Na insuficiência
cardíaca, quando a pressão sangüínea foi
normal ou baixa, registrou-se diminuições
transitórias na pressão sangüínea média
superiores a 20% em cerca da metade dos
pacientes. É mais provável que esta
hipotensão transitória ocorra após
qualquer das várias doses iniciais e
geralmente é bem tolerada, sendo
assintomática ou produzindo uma leve
sensação de cabeça vazia. Devido à queda
potencial da pressão arterial nestes
pacientes, a terapia deverá ser iniciada
sob rigoroso monitoramento médico. Uma
dose inicial de 6,25 ou 12,5 mg, 2 ou 3
vezes ao dia, pode minimizar o efeito
hipotensivo. Os pacientes deverão ser
cuidadosamente acompanhados, durante
as primeiras duas semanas de tratamento
e sempre que a dose de captopril e/ou
diurético for aumentada. A hipotensão por
si só não é uma razão para a interrupção
da administração. A
magnitude da queda de pressão é maior
no início do tratamento e este efeito se
estabiliza no prazo de 1 ou 2 semanas.
Geralmente com retorno dos níveis
pressóricos pré-tratamento, sem
diminuição da eficácia terapêutica, no
prazo de 2 meses.
Insuficiência hepática: em raras ocasiões,
os inibidores da ECA têm sido associados a
uma síndrome que se inicia com icterícia
colestática e progride para uma necrose
hepática fulminante e (algumas vezes)
morte. Os mecanismos desta síndrome
não são conhecidos. Pacientes recebendo
inibidores da ECA que desenvolveram
icterícia ou elevações acentuadas das
enzimas hepáticas devem descontinuar o
tratamento com inibidores da ECA e
receber acompanhamento médico
apropriado.
Insuficiência Renal: Hipertensão: alguns
pacientes com doença renal,
principalmente com grave estenose de
artéria renal, apresentaram aumentos da
uréia e creatinina séricas após a redução
da pressão arterial com captopril. A
redução da posologia de captopril e/ou
descontinuação do diurético podem ser
necessárias. Insuficiência cardíaca: cerca
de 20% dos pacientes apresentam
elevações estáveis da uréia e creatinina
séricas 20% acima do normal ou do
patamar de referência com tratamentos
prolongados realizados com captopril.
Menos de 5% dos pacientes, geralmente
aqueles com graves doença renal
preexistente, necessitaram a
descontinuação do tratamento devido aos
valores progressivamente crescentes de
creatinina. Hipercalemia: elevações no
potássio sérico foram observadas em
alguns pacientes tratados com inibidores
da ECA, incluindo-se o captopril. Quando
tratados com inibidores da ECA, existe
risco de desenvolvimento de hipercalemia
em pacientes com insuficiência renal,
diabete mellitus e naqueles usando
concomitantemente diuréticos poupadores
de potássio, suplementos de potássio ou
substitutos do sal contendo potássio ou
outras drogas associadas com aumentos
de potássio sérico (p. ex., heparina).
Tosse: relata-se tosse com o uso de
inibidores da ECA. Caracteristicamente,
esta é uma tosse persistente e não
produtiva e desaparece após a
descontinuação da terapia. A tosse
induzida por inibidor da ECA deve ser
considerada como parte do diagnóstico
diferencial da tosse.
Cirurgia/Anestesia: durante grandes
cirurgias ou durante a anestesia com
agentes que produzem hipotensão, o
captopril irá bloquear a formação de
angiotensina II secundária à liberação
compensatória de renina. Se a hipotensão
ocorrer e for considerada como sendo
devido a este mecanismo, poderá ser
corrigida pela expansão de volume.Uso na gravidez
quando usados na gravidez
durante o segundo e terceiro trimestres,
os inibidores da ECA podem causar danos
ao desenvolvimento e mesmo morte fetal
(Morbidade e Mortalidade Fetal/Neonatal).
Quando a gravidez for detectada,
Capotrat deve ser descontinuado o
quanto antes.
CATEGORIA de risco na gravidez: C
(Primeiro trimestre). Este medicamento
não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.
CATEGORIA de risco na gravidez: D
(Segundo e terceiro trimestres). Este
medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.
Amamentação: concentrações de
captopril no leite materno correspondem a
1% daquelas existentes no sangue
materno. Devido ao potencial do captopril
em causar reações adversas severas nos
lactentes, deve-se tomar uma decisão
entre descontinuar a amamentação ou
suspender o medicamento, levando-se em
conta a importância do Capotrat para a
mãe.
Pediatria: a segurança e a eficácia do
captopril em crianças não foram
estabelecidas.Interações medicamentosas
Hipotensão: Pacientes em terapia com
diuréticos: pacientes tomando diuréticos e
principalmente aqueles nos quais a terapia
com diuréticos foi instituída recentemente,
bem como aqueles com intensas restrições
dietéticas de sal ou em diálise, poderão
apresentar, ocasionalmente, uma redução
brusca da pressão arterial, geralmente na
primeira hora após terem recebido a dose
inicial de captopril. Agentes com Atividade
Vasodilatadora: drogas com atividade
vasodilatadora deverão ser administradas
com cuidado, considerando-se o uso de
dosagens menores.
Agentes que afetam a Atividade
Simpática: agentes que afetam a atividade
simpática (p. ex., agentes bloqueadores
ganglionares ou agentes bloqueadores de
neurônios adrenérgicos) devem ser usados
com cautela.
Agentes que aumentam o Potássio Sérico:
agentes poupadores de potássio, tais
como a espironolactona, triantereno ou a
amilorida, ou suplementos de potássio,
deverão ser administrados apenas para
hipocalemia documentada e, então, com
cautela, já que podem levar a um
aumento significativo do potássio sérico.
Os substitutos do sal contendo potássio
deverão ser também usados com cautela.
Inibidores da Síntese Endógena de
Prostaglandinas: há relatos de que a
indometacina pode reduzir o efeito antihipertensivo
do captopril, principalmente
em casos de hipertensão com renina
baixa. Outros agentes antiinflamatórios
não esteróides (p. ex., ácido
acetilsalicílico) também podem apresentar
este efeito.
-lítio: relata-se aumento dos níveis séricos
de lítio e sintomas de toxicidade do lítio
em pacientes recebendo
concomitantemente lítio e inibidores da
ECA. Estas drogas devem ser
administradas com cuidado e recomendase
monitorização freqüente dos níveis
séricos de lítio. Se um diurético for usado
concomitantemente, os riscos de
toxicidade pelo lítio aumentam.Reações adversas / Efeitos colaterais
Informe seu médico o aparecimento de
reações desagradáveis, que possam ser
indício de angioedema como: inchaço da
face, pálpebras, lábios, língua, laringe e
extremidades, assim como dificuldade
para engolir ou respirar, ou rouquidão. Em
qualquer uma dessas condições, o
medicamento deverá ser suspenso (vide
Precauções e Advertências).Posologia
Hipertensão: o início da terapia exige
ponderação de recentes tratamentos antihipertensivos,
da extensão da elevação da
pressão sangüínea, da restrição de sal e
das outras circunstâncias clínicas. Se
possível, interromper a droga antihipertensiva
que o paciente estava
tomando anteriormente uma semana
antes de iniciar o tratamento com
Capotrat. A dose inicial
é 50 mg uma vez ao dia ou 25 mg duas
vezes ao dia. Se não houver uma redução
satisfatória da pressão sangüínea após
duas ou quatro semanas, a dose pode ser
aumentada para 100 mg uma vez ao dia
ou 50 mg duas vezes ao dia. A restrição
concomitante do sódio pode ser benéfica,
quando o Capotrat for usado
isoladamente. Se a pressão sangüínea não
for satisfatoriamente controlada após uma
ou duas semanas nesta dose (e o paciente
ainda não estiver tomando um diurético),
deverá ser acrescentada uma pequena
dose de diurético do tipo tiazídico (p. ex.,
25 mg/dia de hidroclorotiazida). A dose de
diurético poderá ser aumentada em
intervalos de uma a duas semanas, até
que seja atingida sua dose antihipertensiva
usual máxima. Se o
Capotrat estiver sendo introduzido em
um paciente sob diureticoterapia, o
tratamento com Capotrat deverá ser
iniciado sob rigorosa supervisão médica.
Se for necessária uma redução
subseqüente da pressão sangüínea, a dose
de Capotrat poderá ser aumentada
pouco a pouco (enquanto persistindo com
o diurético) e um esquema de dosagem de
três vezes ao dia poderá ser considerado.
A dose no tratamento da
hipertensão normalmente não excede 150
mg/dia. Uma dose diária máxima de 450
mg não deverá ser
excedida. Para pacientes com hipertensão
grave (p. ex., hipertensão acelerada ou
maligna), quando uma descontinuação
temporária da terapia anti-hipertensiva
não é viável ou desejável ou quando a
titulação imediata para alcançar níveis de
pressão arterial mais baixos for indicada,
o diurético deverá ser mantido, mas
outras medicações anti-hipertensivas
concomitantes deverão ser interrompidas
e a posologia do Capotrat deverá ser
iniciada imediatamente em 25 mg, duas a
três vezes ao dia, sob rigoroso controle
médico. Quando necessário, devido ao
estado clínico do paciente, a dose diária
do Capotrat poderá ser aumentada a
cada 24 horas ou menos sob
monitoramento médico contínuo, até que
uma resposta pressórica sangüínea
satisfatória seja obtida ou a dose máxima
de Capotrat seja atingida. Neste
regime, a inclusão de um diurético mais
potente, p. ex., a furosemida, pode
também ser indicada.
Insuficiência Cardíaca: o início da terapia
exige ponderação da terapia diurética
recente e da possibilidade de uma
depleção sal/volume grave. Em pacientes
com pressão arterial normal ou baixa, que
tenham sido vigorosamente tratados com
diuréticos e que possam estar
hiponatrêmicos e/ou hipovolêmicos, uma
dose inicial de 6,25 ou 12,5 mg duas ou
três vezes ao dia, poderá minimizar a
magnitude ou a duração do efeito
hipotensor (ver ADVERTÊNCIAS -
Hipotensão); para estes pacientes, a
titulação da posologia diária usual pode
então ocorrer dentro dos próximos dias.
Para a maioria dos pacientes a dose diária
inicial usual é 25 mg duas ou três vezes
ao dia. Após uma dose de 50 mg duas ou
três vezes ao dia ter sido atingida,
aumentos subseqüentes na posologia
devem ser retardados, quando possível,
durante pelo menos duas semanas, para
determinar se ocorre uma resposta
satisfatória. A maioria dos pacientes
estudados apresentou uma melhora clínica
satisfatória com uma dose diária de 150
mg ou menos. Uma dose máxima diária de
450 mg não deverá ser
excedida. Capotrat geralmente deve
ser usado em conjunto com um diurético e
digitálicos. A terapia com Capotrat
precisa ser iniciada sob rigoroso
monitoramento médico.
Infarto do Miocárdio: a terapia deve ser
iniciada três dias após o episódio de
infarto do miocárdio. Após uma dose
inicial de 6,25 mg, a terapia com captopril
deverá aumentar para 37,5 mg/dia em
doses divididas, 3 vezes ao dia conforme
tolerado. A dose deve ser aumentada para
75 mg/dia administrados em doses
divididas, 3 vezes ao dia conforme a
tolerabilidade, durante os dias seguintes
até que se atinja a dose-alvo final de 150
mg/dia em doses divididas, 3 vezes ao dia
administrados durante as várias semanas
seguintes. Se ocorrer hipotensão
sintomática, pode ser necessária uma
redução da dose. As tentativas
subseqüentes para se atingir a dose de
150 mg/dia deverão ser baseadas na
tolerabilidade do paciente ao captopril. O
captopril pode ser utilizado em pacientes
submetidos a outras terapias pós-infarto
do miocárdio, p. ex., com trombolíticos,
ácido acetilsalicílico ou beta-bloqueadores.
Nefropatia Diabética: em pacientes com
nefropatia diabética, a dose diária
recomendada de captopril é de 75 mg em
doses divididas, 3 vezes ao dia. Se uma
redução adicional da pressão arterial é
necessária, outros agentes antihipertensivos,
tais como diuréticos,
agentes bloqueadores de receptores betaadrenérgicos,
agentes que atuam
centralmente ou vasodilatadores podem
ser usados conjuntamente com o
captopril.
Ajuste da dose para pacientes com
Insuficiência Renal: doses divididas de
captopril 75 a 100 mg/dia são bem
toleradas em pacientes com nefropatia
diabética e insuficiência renal leve a
moderada. Devido ao fato de que o
Capotrat é excretado principalmente
pelos rins, a velocidade de excreção é
reduzida em pacientes com função renal
comprometida. Portanto, estes pacientes
poderão responder a doses menores ou
menos freqüentes. Sendo assim, para
pacientes com insuficiência renal
significativa, a dose diária inicial de
Capotrat deverá ser reduzida e
incrementos menores devem ser utilizados
para titulação, que deverá ser bastante
lenta (intervalos de uma a duas semanas).Superdosagem
A correção da hipotensão deve ser a
principal preocupação. Enquanto que o
captopril pode ser removido da circulação
de um adulto por hemodiálise, os dados
sobre a eficácia da hemodiálise para
remover a droga da circulação de recémnascidos
ou crianças são inadequados. A
diálise peritoneal não é eficaz na remoção
do captopril; não há informação com
relação a transfusão como alternativa para
a remoção da droga da circulação geral.Características farmacológicas
CARACTERÍSTICAS:
Mecanismo de Ação: os efeitos benéficos
do captopril na hipertensão e na
insuficiência cardíaca parecem resultar
principalmente da supressão do sistema
renina-angiotensina-aldosterona,
resultando em concentrações séricas
diminuídas de angiotensina II e
aldosterona. Entretanto, não há uma
correlação consistente entre os níveis da
renina e a resposta à droga. A redução da
angiotensina II leva à uma secreção
diminuída de aldosterona e, como
resultado, podem ocorrer pequenos
aumentos de potássio sérico, juntamente
com perda de sódio e fluidos. A enzima
conversora de angiotensina (ECA) é
idêntica à bradicininase e o captopril
também pode interferir na degradação da
bradicinina, provocando aumentos das
concentrações de bradicinina ou de
prostaglandina E2.
Farmacocinética: o captopril é
rapidamente absorvido por via oral; os
picos sangüíneos ocorrem em cerca de 1
hora. A absorção mínima média é de
aproximadamente 75%. A presença de
alimento no trato gastrintestinal reduz a
absorção em cerca de 30 a 40%. Portanto,
captopril deve ser administrado 1 hora
antes das refeições. Aproximadamente 25
a 30% da droga circulante se liga às
proteínas plasmáticas. A meia vida de
eliminação aparente no sangue é,
provavelmente, menor do que 3 horas.
Mais de 95% da dose absorvida é
eliminada na urina: 40 a 50% como droga
inalterada e o restante como metabólitos
(dímero dissulfeto do captopril e dissulfeto
captopril-cisteína). O comprometimento
renal pode resultar em acúmulo da droga.
Estudos em animais indicam que o
captopril não atravessa a barreira hematoencefálica
em quantidades significativas.
Farmacodinâmica: reduções máximas da
pressão arterial são freqüentemente
observadas 60 a 90 minutos após
administração oral de uma dose individual
de Capotrat. A duração do efeito é
relacionada à dose. A redução da pressão
arterial pode ser progressiva; assim, para
se atingir os efeitos terapêuticos máximos,
podem ser necessárias várias semanas de
tratamento. Os efeitos hipotensores do
captopril e dos diuréticos tipo tiazídicos
são aditivos. A pressão arterial é reduzida
com a mesma intensidade, tanto na
posição ereta, quanto supina. Os efeitos
ortostáticos e taquicardia não são
freqüentes, porém, podem ocorrer em
pacientes com depleção de volume. Não
foi observado nenhum aumento abrupto
da pressão arterial após a interrupção
súbita. Em pacientes com
insuficiência cardíaca, demonstrou-se
reduções significativas da resistência
vascular periférica (sistêmica) e da
pressão arterial (pós-carga), redução da
pressão capilar pulmonar (pré-carga) e da
resistência vascular pulmonar.
Demonstrou-se aumento do débito
cardíaco e do tempo de tolerância ao
exercício (TTE). Estes efeitos clínicos e
hemodinâmicos ocorrem após a primeira
dose e parecem persistir durante todo o
período da terapia. Observou-se melhora
clínica em alguns pacientes onde os
efeitos hemodinâmicos agudos foram
mínimos.
Resultados de eficácia: o tratamento com
captopril resultou em melhora da
sobrevida a longo prazo e dos resultados
clínicos em comparação ao placebo no
estudo SAVE - Survival and Ventricular
Enlargement, com 2.231 pacientes com
infarto do miocárdio.
O estudo multicêntrico, randomizado,
duplo-cego, controlado por placebo
envolveu pacientes (com idade entre 21-
79 anos) que demonstravam disfunção
ventricular esquerda (fração de ejeção <
40%) sem manifestação de insuficiência
cardíaca. Especificamente, o captopril
reduziu todas as causas de mortalidade
(redução do risco em 19%, p = 0,022); a
incidência de morte cardiovascular
(redução do risco em 21%, p= 0,017);
manifestações de insuficiência cardíaca,
onde se faz necessário a introdução ou o
aumento de digitálicos e diuréticos
(redução do risco em 19%, p = 0,008) ou
da terapia com inibidores da ECA (redução
do risco em 35%, p < 0,001); casos de
hospitalização por insuficiência cardíaca
(redução do risco em 20%, p = 0,034);
casos de infarto do miocárdio clínico
recorrente (redução do risco em 25%, p =
0,011); a necessidade de condutas de
revascularização coronariana
(revascularização cirúrgica do miocárdio e
angioplastia coronária transluminal
percutânea - redução do risco em 24%, p
= 0,014).
Os efeitos cardioprotetores de captopril
observados em subgrupos, tais como os
analisados por idade, sexo, local do
infarto, ou fração ejetável foram
consistentes com os efeitos do tratamento
em geral. O captopril melhorou a
sobrevida e os resultados clínicos, mesmo
quando adicionado a outras terapias pósinfarto
do miocárdio, tais como com
trombolíticos, beta-bloqueadores ou ácido
acetilsalicílico. Os prováveis mecanismos
pelos quais o captopril resulta nessas
melhorias incluem a atenuação da
dilatação progressiva e da deterioração da
função do ventrículo esquerdo e a inibição
da ativação neuro-humoral.
Os efeitos do tratamento com captopril
sobre a manutenção da função renal são
adicionais a qualquer benefício alcançado
a partir da redução da pressão arterial.
Nos pacientes com diabetes mellitus e
microalbuminúria, o captopril reduziu a
taxa de excreção da albumina e atenuou o
declínio da taxa de filtração gromerular
durante 2 anos de tratamento.Modo de usar
Conserve o produto na embalagem
original, em temperatura ambiente (15 a
30°C) e protegido da umidade. Os
comprimidos podem
apresentar um leve odor de enxofre, o que
não compromete a sua eficácia.
PRAZO DE VALIDADE:
24 meses a partir da data de fabricação
(vide cartucho). Não use medicamentos
com o prazo de validade vencido.Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Os inibidores da ECA são mais efetivos na
redução de pressão sangüínea em
pacientes com atividade da renina
plasmática normal ou alta. Como a
atividade da renina plasmática parece
diminuir com o aumento da idade,
pacientes idosos podem ser menos
sensíveis aos efeitos hipotensivos dos
inibidores da ECA.
Entretanto, as concentrações elevadas de
inibidores da ECA resultantes da
diminuição da função renal relacionado à
idade podem compensar a baixa atividade
da renina plasmática.
Alguns pacientes idosos podem ser mais
sensíveis aos efeitos hipotensores e
requerem maior atenção quando
utilizarem medicamentos inibidores da
ECA.Informações
AÇÃO ESPERADA DO MEDICAMENTO:
Capotrat é indicado no tratamento da
hipertensão, insuficiência cardíaca
congestiva, na terapia pós-infarto do
miocárdio, na nefropatia diabética em
pacientes com diabetes mellitus insulinodependentes.Dizeres legais
UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA
NACIONAL S/A
Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90 - Embu-
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Brasileira
022504B1> é indicado no tratamento da
hipertensão, insuficiência cardíaca
congestiva, na terapia pós-infarto do
miocárdio, na nefropatia diabética em
pacientes com diabetes mellitus insulinodependentes.Dizeres legais
UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA
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