As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
BoehringerApresentação
Aerossol dosificador com bocal e AEROCÂMERA: frasco com 10 ml (corresponde a 200 doses).
Cada dose do aerossol contém: bromidrato de fenoterol.... 0,1 mg
Excipientes: trioleato de sorbitana, monofluortriclorometano, mistura de gases propelentes.Indicações
Tratamento sintomático de crises agudas de asma.
Profilaxia da asma induzida por exercício.
Tratamento sintomático da asma brônquica e de outras enfermidades com constrição reversível das vias aéreas. Deve-se considerar a adoção de um tratamento antiinflamatório concomitante para pacientes com asma brônquica ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) que responda ao tratamento
com esteróides.Contra-indicações
Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica, taquiarritmia, hipersensibilidade ao bromidrato de fenoterol e/ou a qualquer outro componente da fórmula.Advertências
Como ocorre com toda farmacoterapia, BEROTEC somente poderá ser utilizado no 1° trimestre da gravidez sob prescrição médica estrita. O mesmo é válido no período imediatamente anterior ao parto, devido ao efeito tocolítico da substância.
Outros broncodilatadores simpaticomiméticos só devem ser utilizados com BEROTEC sob rigorosa supervisão médica, sendo que broncodilatadores anticolinérgicos podem ser inalados simultaneamente.
Em pacientes com diabete melito descompensado, infarto recente do miocárdio, graves alterações vasculares ou cardíacas de origem orgânica, hipertireoidismo e feocromocitoma, BEROTEC deve ser utilizado somente após minuciosa análise do risco e do benefício, sobretudo quando em
altas doses.
Em caso de dispnéia aguda ou em estado de agravamento, o médico deve ser consultado imediatamente.
Uso prolongado: O uso sob demanda deve ser preferível ao uso regular.
Os pacientes devem ser reavaliados para a administração ou intensificação do tratamento antiinflamatório (por exemplo, inalação de corticosteróides), a fim de controlar a inflamação das vias aéreas e prevenir os danos pulmonares a longo prazo.
Se a obstrução brônquica piorar, é pouco apropriado e eventualmente perigoso simplesmente aumentar o uso de beta2-agonistas como o BEROTEC além da dose recomendada e por períodos de tempo
prolongados.
O uso regular de quantidades aumentadas de BEROTEC para controlar sintomas de obstrução brônquica pode significar um controle inadequado da doença. Nesta situação, o esquema terapêutico do paciente e, em particular, a adequação do tratamento antiinflamatório, deverão ser reavaliados, a fim de prevenir uma potencial ameaça à vida pela deterioração do controle da doença.
O tratamento com beta2-agonistas pode provocar hipopotassemia potencialmente severa. Recomenda-se precaução em asma grave, pois seu efeito pode ser potenciado pela administração concomitante de
derivados da xantina, esteróides e diuréticos. Além disso, a hipóxia pode agravar os efeitos da hipopotassemia sobre o ritmo cardíaco.
Nestas situações, aconselha-se monitorizar os níveis séricos de potássio.Uso na gravidez
Dados pré-clínicos combinados com experiências disponíveis em humanos não mostraram evidência de efeitos nocivos durante a gravidez.
Todavia, devem ser observadas as precauções usuais referentes à administração de medicamentos durante a gravidez, principalmente nos três primeiros meses. Deve-se considerar o efeito inibidor de BEROTEC
sobre as contrações uterinas. Estudos pré-clínicos mostraram que o
fenoterol é excretado pelo leite materno. Até o momento não está
comprovada sua segurança durante a lactação.Interações medicamentosas
O efeito de BEROTEC pode ser potenciado por beta-adrenérgicos, anticolinérgicos e derivados da xantina. A administração concomitante de outros beta-miméticos, anticolinérgicos de absorção sistêmica e derivados da xantina (p. ex. teofilina) pode aumentar os efeitos colaterais.
Agonistas beta-adrenérgicos devem ser administrados com cautela a pacientes sob tratamento com inibidores da MAO ou com antidepressivos tricíclicos, uma vez que a ação dos agonistas beta-adrenérgicos pode ser potencializada. A administração simultânea de beta-bloqueadores pode
causar uma redução potencialmente grave na broncodilatação.
A inalação de anestésicos halogenados tais como halotano, tricloroetileno e enflurano pode aumentar a susceptibilidade aos efeitos cardiovasculares dos beta-agonistas.Reações adversas / Efeitos colaterais
Efeitos indesejáveis freqüentes atribuídos a BEROTEC são leves tremores
dos músculos esqueléticos, nervosismo, cefaléia, tontura, taquicardia e
palpitações. Como com outros beta-miméticos, podem ocorrer fadiga,
cãibras musculares ou mialgia, náusea, vômito, sudorese. Raramente
casos de diminuição na pressão sangüínea diastólica e aumento na
pressão sangüínea sistólica, além de arritmias, particularmente após
doses mais altas. Em casos raros foram observadas irritações locais ou reações alérgicas, especialmente em pacientes hipersensíveis. Como com
outras terapêuticas inalatórias, foram observadas, em alguns casos,
tosse, irritação local e, excepcionalmente, broncoconstrição paradoxal. O
tratamento com beta2-agonistas pode ter como conseqüência uma
hipocalemia potencialmente grave. Em casos individuais foram relatadas
alterações psicológicas sob terapia com betamiméticos.Posologia
Aerossol dosificador
BEROTEC
a) Episódios de asma aguda
Em muitos casos, 1 inalação de BEROTEC é suficiente para o alívio imediato dos sintomas. Se a respiração não tiver melhorado notavelmente depois de 5 minutos, pode-se proceder a uma segunda inalação. Não tendo alívio dos sintomas, podem ser necessárias mais inalações. Nestes casos, os pacientes devem consultar o médico ou procurar, com urgência, o hospital mais próximo.
b) Profilaxia de asma induzida por exercício
1 a 2 doses do aerossol até 8 doses do aerossol ao dia, como dose máxima.
c) Asma brônquica e outras enfermidades com constrição reversível das vias
respiratórias.
Se for necessária uma repetição do tratamento, 1 a 2 doses do aerossol até 8
doses do aerossol ao dia, como dose máxima.
Para crianças, recomenda-se o uso de BEROTEC somente a critério médico e
sob supervisão de um adulto.
Instruções de uso
O uso correto do aerossol é essencial para uma terapêutica bem sucedida.
Agitar o frasco e pressionar a válvula por duas vezes antes de utilizar o
aerossol pela primeira vez.
O auxiliar inalatório AEROCÂMERA foi desenvolvido a fim de facilitar a
administração, permitindo seu uso também em crianças, e garantir a máxima eficácia terapêutica do produto. Quando usado
corretamente, o auxiliar inalatório AEROCÂMERA promove uma melhora da
inalação, permitindo a penetração da substância ativa até as áreas mais
profundas dos brônquios.
1. Retirar a tampa protetora.
2. Encaixar a AEROCÂMERA no bocal do aerossol, utilizando a abertura maior.
3. Recolocar a tampa protetora do aerossol na abertura menor da
AEROCÂMERA, a fim de evitar a saída precoce da substância ativa, e agitar
energicamente o conjunto.
4. Mediante pressão do dedo indicador sobre a base do frasco, ativar a
liberação do medicamento, conforme prescrito pelo médico. Fazer uma
expiração normal.
5. Imediatamente após a expiração, retirar a tampa protetora, colocar a
AEROCÂMERA entre os lábios, inspirar profundamente pela boca e prender a
respiração por 5 a 10 segundos.
Observações:
Item 5 -A inalação deve ser efetuada imediatamente após a liberação do
medicamento do aerossol para dentro da AEROCÂMERA, evitando, assim, que
as partículas flutuantes de substância ativa se fixem na parede interna da
AEROCÂMERA sem exercer a sua ação.
Após o uso, lavar em água morna e deixar secar.
Deve-se obedecer cuidadosamente às instruções de uso e treinar inicialmente
os diversos passos.
O recipiente encontra-se sob pressão, não devendo ser forçado, perfurado e
nem exposto a temperaturas acima de 50ºC.
Para verificar se o recipiente contém líquido, deve-se agitá-lo.Superdosagem
Sintomas: os sintomas esperados de superdosagem são os mesmos de uma
estimulação beta-adrenérgica excessiva, incluindo aumento exagerado dos
efeitos farmacológicos conhecidos, ou seja, qualquer dos descritos em reações
adversas, sendo os mais proeminentes a taquicardia, palpitações, tremores,
alargamento da pressão de pulso, dor tipo angina, hipertensão, hipotensão,
arritmias e ruborização.
Tratamento: Administrar sedativos e tranqüilizantes; em casos graves,
medidas de tratamento intensivo. Como antídoto específico, recomendam-se
bloqueadores dos beta-receptores; de preferência bloqueadores dos beta1-
receptores. Nos pacientes com asma brônquica deve-se considerar um
possível aumento da obstrução brônquica e, portanto, deve-se ajustar
cuidadosamente a dose.Informações
BEROTEC é um agente simpaticomimético de ação direta, estimulando seletivamente os receptores beta2 em doses terapêuticas. A estimulação dos receptores beta1 ocorre em dose mais alta. A ocupação de um receptor beta2 ativa a adenilciclase por meio de uma proteína estimulante Gs. O aumento do AMP cíclico (adenosina-monofosfato) ativa a proteína quinase A e esta, então,
fosforila as proteínas-alvo nas células da musculatura lisa. Em resposta a isso,
ocorre a fosforilação da quinase da cadeia leve da miosina, inibição da hidrólise
da fosfoinositida e a abertura dos canais largos de condutância de potássiocálcio
ativados. Existem algumas evidências de que o canal máximo de K+
possa ser ativado diretamente via proteína Gs.
BEROTEC relaxa a musculatura lisa bronquial e vascular e previne contra
estímulos broncoconstritores tais como indução por esforço, histamina,
metacolina, ar frio e exposição a alérgenos (fase precoce). Após administração
aguda, a liberação de mediadores broncoconstritores e pró-inflamatórios dos
mastócitos é inibida. Além disso, um aumento no clearance mucociliar tem sido
demonstrado após a administração de doses mais elevadas de fenoterol. As
concentrações plasmáticas mais elevadas, as quais são mais freqüentemente
atingidas com administração oral ou ainda mais com administração i.v., inibem
a motilidade uterina. Também são observados em doses mais elevadas os
efeitos metabólicos como lipólise, glicogenólise, hiperglicemia e hipocalemia,
sendo este último causado pelo aumento de captação de K+, principalmente
para dentro do músculo esquelético.
Os efeitos beta-adrenérgicos no coração, tais como aumento do ritmo cardíaco
e da contratilidade, são causados pelos efeitos vasculares do fenoterol, pela
estimulação do receptor beta2 cardíaco e, em doses supraterapêuticas, pelo
estímulo do receptor beta1. Tremor é o efeito dos beta-agonistas mais
freqüentemente observado. Diferentemente dos efeitos na musculatura lisa
bronquial, os efeitos sistêmicos dos beta-agonistas estão sujeitos ao
desenvolvimento de tolerância. A ação de BEROTEC por inalação, em doenças
pulmonares obstrutivas, inicia-se poucos minutos após a administração e
perdura por 3 a 5 horas, aproximadamente.
Dependendo do método de inalação e do sistema utilizados, cerca de 10-30%
do fármaco liberado pelo aerossol alcança, após a inalação, o trato respiratório
inferior e o restante é depositado no trato respiratório superior e na boca. Como resultado, parte do fenoterol que foi administrado por inalação entra no trato
gastrintestinal.
A absorção segue, então, um curso bifásico: 30% do fármaco é rapidamente
absorvido, com uma meia-vida de 11 minutos, e 70% é absorvido
vagarosamente, com meia-vida de 120 minutos. Não existe uma correlação
entre os níveis sangüíneos e a curva farmacodinâmica tempo-efeito, após a
inalação.
A ação broncodilatadora longa após inalação, comparada com a administração
i.v., não é sustentada pelos níveis plasmáticos sistêmicos. Após administração
oral, aproximadamente 60% do bromidrato de fenoterol é absorvido. A parcela
absorvida sofre intenso metabolismo de primeira passagem hepática e, como
resultado, a biodisponibilidade oral cai para cerca de 1,5%. É devido a isso que
a porção deglutida do fármaco não contribui praticamente em nada para o nível
plasmático sistêmico após a inalação.
BEROTEC administrado sistemicamente é eliminado de acordo com um
modelo tricompartimental, com meia-vida de talfa(1/2)=0,42 minutos, tbeta(1/2)=14,3
minutos, t?(1/2)=3,2 horas. A transformação metabólica do fármaco no homem
ocorre quase exclusivamente por sulfatação, predominantemente na parede
intestinal. No seu estado não-metabolizado, o bromidrato de fenoterol pode
passar através da placenta e penetrar no leite materno. Não há dados
suficientes sobre os efeitos do bromidrato de fenoterol no estado metabólico
diabético.
Estudos de toxicidade aguda foram conduzidos em rato, camundongo, cão e
macaco, por via oral, i.v., s.c., i.p. e inalatória. A DL50 oral em roedores adultos
foi avaliada entre 1600-7400 mg/kg de peso corporal e em coelhos e cães entre
150-433 mg/kg de peso corporal. A DL50 i.v. para camundongo, rato, coelho e
cão foi entre 34-81 mg/kg de peso corporal. Quando administrada por inalação,
a toxicidade foi muito baixa. Até 670 mg/kg de peso corporal, dependendo da
espécie e do esquema experimental, não se observou mortalidade.
Estudos de toxicidade com doses repetidas incluem o teste crônico em
camundongos, ratos e cães, por períodos de até 78 semanas e pela variação
das vias de administração, v.o., s.c., i.v., i.p. e por inalação. Resumindo, em cão, coelho, camundongo e rato os estudos de toxicidade revelaram dados
típicos após a administração de beta-simpaticomiméticos (p. ex. depleção de
glicogênio hepático, conteúdo de glicogênio reduzido no músculo, níveis de
potássio sérico reduzido, taquicardia). Em doses maiores, foram observadas
hipertrofia e/ou lesões miocárdicas em rato, camundongo e coelho por várias
vias de administração a partir de 1 mg/kg de peso corporal/dia; por exemplo em
coelhos após administração i.v. por um período superior a 4 semanas. Em cães
- espécie mais sensível a beta-adrenérgicos - tais lesões foram encontradas
em doses progressivas a partir de 0,019 mg/kg de peso corporal/dia. Estudos
subagudos por inalação em macacos não revelaram efeitos tóxicos diretamente
relacionados ao fármaco.
Em estudos de toxicidade na reprodução, ratos e coelhos não revelaram
alterações teratogênicas ou embriotóxicas, quando o medicamento foi
administrado por inalação. A fertilidade e a cria não foram prejudicadas pelo
bromidrato de fenoterol. Quando administradas oralmente, doses de até 40
mg/kg de peso corporal ao dia não mostraram ter efeitos deletérios na
fertilidade de ratos machos e fêmeas. Doses diárias de até 25 mg/kg de peso
corporal em coelhos e de até 38,5 mg/kg de peso corporal em camundongos
não mostraram ter efeitos embriotóxicos nem teratogênicos. Em ratos, efeitos
tocolíticos foram observados em doses de 3,5 mg/kg de peso corporal ao dia e,
com 25 mg/kg de peso corporal ao dia, ocorreu um leve aumento na
mortalidade fetal e/ou neonatal. Doses extremamente altas, de 300 mg/kg de
peso corporal/dia via oral e de 20 mg/kg de peso corporal/dia i.v., revelaram um
aumento na taxa de malformações.
A atividade mutagênica não foi observada quando o bromidrato de fenoterol foi
testado in vitro e in vivo. Estudos de carcinogenicidade em camundongos (via
oral por 18 meses) e em ratos (via oral e inalatória por 24 meses) revelaram
que doses de 25 mg/kg de peso corporal/dia de bromidrato de fenoterol
induziram um aumento na incidência de leiomiomas uterinos com atividade
mitótica variável em camundongos, e leiomiomas mesovarianos em ratos,
efeitos conhecidos causados pela ação local de agentes beta-adrenérgicos nas
células da musculatura lisa uterina em camundongos e ratos. Levando em consideração o nível de pesquisa atual, estes resultados não são aplicáveis ao
homem. Todas as outras neoplasias encontradas foram consideradas tipos
comuns de neoplasias, de ocorrência espontânea nas raças utilizadas, e não
mostraram um aumento biologicamente relevante na incidência, resultante do
tratamento com fenoterol. Os estudos de tolerância local em coelhos, com
administrações i.v., i.a., dérmica oclusiva e semioclusiva e instilação de uma
solução a 0,05 ou 0,1% no saco conjuntivo, foram bem tolerados.as utilizadas, e não
mostraram um aumento biologicamente relevante na incidência, resultante do
tratamento com fenoterol. Os estudos de tolerância local em coelhos, com
administrações i.v., i.a., dérmica oclusiva e semioclusiva e instilação de uma
solução a 0,05 ou 0,1% no saco conjuntivo, foram bem tolerados.