As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Apresentação
Comprimidos revestidos - via oral. Embalagens com 30 comprimidos de 5 mg.
Embalagens com 14 ou 30 comprimidos de 10 mg.
Excipientes: dióxido de silício, óleo de rícino hidrogenado, lactose, crospovidona,
hipromelose, óxido de ferro amarelo, amido, macrogol, talco, celulose microcristalina e
dióxido de titânio.Indicações
- Tratamento da hipertensão arterial.
- Tratamento adjuvante da insuficiência cardíaca congestiva (pacientes classe II-IV da NYHA).
- Insuficiência renal crônica progressiva [clearance (depuração) de creatinina entre 30 e 60 mL/min.Contra-indicações
- Hipersensibilidade conhecida ao Benazepril, às substâncias relacionadas ou a qualquer
componente da formulação.
- História de angioedema com ou sem tratamentos anteriores com inibidores da ECA.
- Crianças.
- Gravidez (veja Advertências - Gravidez e lactação).
- Paciente com histórico de angiodema não induzido por inibidores de ECA.Advertências
Reações anafilactóides e relacionadas
Presumivelmente, pelo fato de os inibidores da ECA afetarem o metabolismo dos
eucosanóides e polipeptídeos, inclusive a bradicinina endógena, os pacientes tratados
com inibidores da ECA, incluindo-se LOTENSIN, podem experimentar uma variedade de
reações adversas, algumas delas graves.
Angioedema
Angioedema da face, lábios, língua, glote e laringe foi relatado em pacientes tratados com
inibidores da ECA, inclusive LOTENSIN. Em tais casos, LOTENSIN deve ser
imediatamente descontinuado e deve-se prover ao paciente a terapia adequada e acompanhamento até a resolução completa e sustentável dos sinais e sintomas. Nos
casos em que o inchaço estiver limitado à face e aos lábios, a condição geralmente se
resolve tanto sem tratamento como com a administração de anti-histamínicos. O
angioedema com edema de laringe pode ser fatal. Nos casos em que a língua, a glote ou
a laringe estão envolvidas, a terapia adequada deve ser adotada imediatamente, ex.,
injeção subcutânea de adrenalina 1:1000 (0,3 - 0,5 mL) e/ou medidas para assegurar a
desobstrução das vias aéreas do paciente.
A incidência de angioedema durante o tratamento com inibidores da ECA tem sido
relatada como sendo maior em pacientes negros de origem africana do que em pacientes
não-negros.
Reações anafilactóides durante dessensibilização
Dois pacientes que passavam por tratamento de dessensibilização com veneno de
Hymenoptera, enquanto recebiam inibidores da ECA, sofreram reações anafilactóides
com risco de vida. Nesses mesmos pacientes, as reações foram evitadas quando a
administração do inibidor da ECA foi temporariamente interrompida, mas reapareceram
com nova exposição ao fármaco.
Reações anafilactóides durante a exposição a membranas
Têm sido relatadas reações anafiláticas em pacientes dialisados com membrana de
diálise de alto fluxo, sob tratamento com um inibidor da ECA. Foram também relatadas
reações anafilactóides em pacientes submetidos a aferese de lipoproteínas de baixa
densidade com absorção de sulfato de dextrano.
Hipotensão sintomática
Assim como com outros inibidores da ECA, a hipotensão sintomática foi observada em
casos raros, tipicamente em pacientes com depleção de sal ou de volume, como
resultado de terapia diurética prolongada, dieta com restrição de sal, diálise, diarréia ou
vômitos. A depleção de volume e/ou de sal deve ser corrigida antes do início do
tratamento com LOTENSIN. Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em
posição supina e, se necessário, receber solução salina fisiológica i.v. O tratamento com
LOTENSIN pode ser continuado assim que a pressão arterial e o volume tenham
retornado ao normal.
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave, a terapia com inibidores da
ECA pode causar hipotensão excessiva, que pode estar associada a oligúria e/ou
azotemia e, raramente, com insuficiência renal aguda. Em tais pacientes, a terapia deve
ser iniciada sob supervisão médica rigorosa, eles devem ser acompanhados durante as
duas primeiras semanas do tratamento e sempre que houver aumento da dose do
diurético ou do Benazepril.
Agranulocitose e neutropenia
Outro inibidor da ECA, o captopril, tem demonstrado causar agranulocitose e depressão
da medula óssea. Tais efeitos ocorrem com maior freqüência em pacientes com
insuficiência renal, especialmente se apresentarem também doença vascular de
colágeno, tal como lúpus eritematoso sistêmico ou escleroderma. Não há dados
suficientes, a partir dos estudos clínicos com Benazepril, para demonstrar se este causa
incidência semelhante de agranulocitose. O acompanhamento da contagem das células
brancas sangüíneas deve ser considerado em pacientes com doença vascular de
colágeno, especialmente se a doença estiver associada com função renal prejudicada.
Hepatite e insuficiência hepática
Há relatos raros de hepatite predominantemente colestática e casos isolados de insuficiência hepática aguda, algumas delas fatais, em pacientes tratados com inibidores
da ECA. O mecanismo não está esclarecido. Pacientes em tratamento com inibidores da
ECA que desenvolverem icterícia ou elevação acentuada das enzimas hepáticas devem
interromper o uso do inibidor da ECA e receber acompanhamento médico apropriado.
Função renal reduzida
Podem ocorrer alterações da função renal em pacientes susceptíveis. Em pacientes com
insuficiência cardíaca grave, em que a função renal depende da atividade do sistema
renina-angiotensina-aldosterona, o tratamento com inibidor da ECA pode-se associar a
oligúria e/ou azotemia progressiva e, raramente, na insuficiência renal aguda. Em um
pequeno estudo de pacientes hipertensos com estenose da artéria renal unilateral ou
bilateral, o tratamento com LOTENSIN esteve associado com aumento do nitrogênio
uréico sangüíneo e creatinina sérica e tais incrementos foram revertidos com a
descontinuação de LOTENSIN, da terapia diurética ou de ambos. Se tais pacientes são
tratados com inibidores da ECA, a função renal deve ser monitorada durante as primeiras
semanas da terapia. Alguns pacientes hipertensos, com doença vascular renal
preexistente não-aparente, desenvolveram aumento do nitrogênio uréico sangüíneo e dos
níveis de creatinina sérica (usualmente leve ou passageira), especialmente quando
LOTENSIN foi administrado com um diurético. Essa ocorrência é mais provável em
pacientes que tenham insuficiência renal preexistente. Pode ser necessária a redução da
dose de LOTENSIN e/ou a descontinuação do diurético. A avaliação do paciente
hipertenso deve sempre incluir a verificação da função renal (veja Posologia).
Tosse
A tosse persistente não-produtiva tem sido relacionada à utilização de inibidores da ECA,
presumivelmente pela inibição da degradação de bradicinina endógena. Essa tosse
desaparece com a interrupção da terapia. A tosse induzida por inibidores da ECA deve
ser considerada no diagnóstico diferencial de tosse.
Cirurgia e anestesia
Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado se o paciente está utilizando um
inibidor da ECA. Durante a anestesia com agentes que induzam a hipotensão, os
inibidores da ECA podem bloquear a formação da angiotensina II secundária à liberação
compensatória de renina. A hipotensão decorrente desse mecanismo pode ser corrigida
por expansão de volume.
Hiperpotassemia
Durante o tratamento com inibidores da ECA pode-se observar, em raras ocasiões, a
elevação do potássio sérico. Não foram relatadas interrupções do uso de LOTENSIN, em
ensaios clínicos em hipertensão, pela ocorrência de hiperpotassemia. Os fatores de risco
para o desenvolvimento de hiperpotassemia podem incluir insuficiência renal, diabetes
mellitus e o uso concomitante de agentes para tratamento de hipopotassemia (veja
Interações medicamentosas). Em um estudo que envolvia pacientes com doença renal
crônica progressiva, alguns pacientes descontinuaram o tratamento em função da
hiperpotassemia. Em pacientes com doença renal crônica progressiva, o potássio sérico
deve ser monitorizado.
Estenose mitral ou aórtica
Assim como com todos os outros vasodilatadores, indica-se cuidado especial em
pacientes que sofram de estenose mitral ou aórtica.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.
Assim como com outros medicamentos anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao dirigir
veículos e/ou operar máquinas.Uso na gravidez
LOTENSIN enquadra-se na categoria D de risco na gravidez.
LOTENSIN é contra-indicado durante a gravidez (veja Contra-indicações).
Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal e neonatal quando
administrados a mulheres grávidas. Há vários relatos na literatura mundial.
A utilização de inibidores da ECA durante o segundo e o terceiro trimestres de gravidez
tem sido associada com dano fetal e neonatal, incluindo-se hipotensão, hipoplasia
neonatal do crânio, anúria, insuficiência renal reversível ou irreversível e morte.
Oligoidrâmnio, presumivelmente pela insuficiência da função renal fetal, foi também
relatado. O oligoidrâmnio nesses casos tem sido associado a contratura fetal dos
membros, deformação craniofacial e desenvolvimento de pulmão hipoplástico.
Prematuridade, retardo no crescimento intra-uterino e ductus arteriosus persistente foram
também relatados, entretanto não está clara a correlação com exposição a inibidores da
ECA. Além disso, a utilização dos inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de
gravidez foi associada ao risco potencialmente aumentado de defeitos de nascimento.
Quando for constatada a gravidez, o inibidor da ECA deve ser descontinuado o quanto
antes e se deve monitorar regularmente o desenvolvimento fetal. Os inibidores da ECA
(incluindo o LOTENSIN) não deve ser utilizado em mulheres que planejam engravidar.
Mulheres em idade fértil devem ser alertadas quanto ao risco potencial e se deve apenas
adminitrar os inibidores da ECA (incluindo o LOTENSIN) após aconselhamento médico e
de se considerar os riscos e benefícios individuais.
O Benazepril e o Benazeprilato são excretados no leite materno, mas as concentrações
máximas obtidas corresponderam a apenas 0,3% das concentrações encontradas no
plasma. A fraçãoato que atinge a circulação sistêmica da criança pode ser
negligenciável. Entretanto, embora qualquer efeito adverso na criança seja pouco
provável, não é recomendada a utilização de LOTENSIN pelas mães durante o período de
amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.Interações medicamentosas
Diuréticos
Os pacientes sob tratamento com diuréticos (como espironolactona, por exemplo) ou os
que apresentam perdas de líquido podem, ocasionalmente, sentir uma redução excessiva
da pressão arterial após o início da terapia com inibidores da ECA. A possibilidade de
efeitos hipotensivos em tais pacientes pode ser minimizada ao se descontinuar a terapia
com o diurético por 2-3 dias antes de se iniciar o tratamento com LOTENSIN (veja
Posologia e Advertências).
Diuréticos poupadores de potássio
O uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (ex.: espironolactona,
triantereno e amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, não são recomendados para pacientes tratados com inibidores da ECA, uma
vez que podem conduzir a aumentos significativos no potássio sérico. Entretanto, se a comedicação
for considerada necessária, aconselha-se o acompanhamento freqüente do
potássio sérico.
Lítio
Foram relatados níveis séricos de lítio aumentados e efeitos de toxicidade do lítio em
pacientes que utilizavam inibidores da ECA, inclusive o Benazepril, durante tratamento
com lítio. Esses fármacos devem ser administrados com cautela quando utilizados
simultaneamente e recomenda-se a monitorização freqüente dos níveis séricos de lítio.
Se for também utilizado um diurético, o risco de toxicidade do lítio pode igualmente ser
aumentado.
Indometacina
Foi também demonstrado que o efeito hipotensivo dos inibidores da ECA pode ser
reduzido quando esses são administrados concomitantemente com a indometacina. Em
um estudo clínico controlado, a indometacina não interferiu com o efeito anti-hipertensivo
de LOTENSIN.
Insulina ou antidiabéticos orais
Pacientes diabéticos recebendo um inibidor da ECA, inclusive o Benazepril,
concomitantemente com insulina ou antidiabéticos orais, podem, em raros casos,
desenvolver hipoglicemia. Portanto, tais pacientes devem ser advertidos sobre a
possibilidade de reações hipoglicêmicas, além de receberem monitoração adequada.
Ouro
Foram relatadas raramente reações nitritóides (os sintomas incluem vermelhidão facial,
náusea, vômitos e hipotensão) em pacientes em terapia concomitante com ouro injetável
(aurotiomalato de sódio) e inibidores da ECA.Reações adversas / Efeitos colaterais
LOTENSIN é um produto bem tolerado. As reações adversas associadas a LOTENSIN e
a outros inibidores da ECA estão indicadas a seguir.
As reações adversas estão listadas de acordo com a freqüência, sendo que o mais
freqüente está relacionado primeiro, utilizando-se a seguinte convenção: muito comum (>=
1/10); comum (>= 1/100, < 1/10); incomum (>= 1/1.000, < 1/100); rara (>= 1/10.000, <
1/1.000); muito rara (< 1/10.000), incluindo relatos isolados. Dentro de cada grupo de
freqüência, as reações adversas estão listadas em ordem decrescente de gravidade.
Sangue e distúrbios do sistema linfático
Muito raras: anemia hemolítica, trombocitopenia (veja Advertências: agranulocitose e
neutropenia).
- Distúrbios do sistema imunológico
Raras: angioedema, edema dos lábios; edema da face (veja Advertências: reações
anafilactóides e relacionadas).
- Distúrbios psiquiátricos
Raras: insônia, nervosismo e parestesia.
- Distúrbios do sistema nervoso
Comuns: cefaléia, vertigem. Rara: sonolência. Muito rara: disgeusia - Distúrbios do labirinto e dos ouvidos
Muito rara: zumbido
- Distúrbios cardíacos
Comuns: palpitações, sintomas ortostáticos. Raras: hipotensão ortostática, dores no peito,
angina pectoris, arritmias. Muito rara: infarto do miocárdio.
- Distúrbios vasculares
Comum: vermelhidão
- Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Comuns: tosse, sintomas de infecção do trato respiratório superior
- Distúrbios gastrintestinais
Comum: distúrbios gastrintestinais. Raras: diarréia, constipação, náusea, vômito, dores
abdominais. Muito rara: pancreatite.
- Distúrbios hepatobiliares
Raras: hepatite (predominantemente colestática), icterícia colestática (veja Advertências:
insuficiência hepática).
- Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Comuns: rash (erupção cutânea), prurido, reação de fotossensibilidade. Rara: pênfigo.
Muito rara: síndrome de Stevens-Johnson.
- Distúrbios músculo-esquelético e do tecido conectivo
Raras: artralgia, artrite e mialgia.
- Distúrbios urinários e renais
Comum: polaciúria. Raras: aumento do nitrogênio uréico sangüíneo, aumento da
creatinina sérica. Muito rara: enfraquecimento renal (veja Advertências).
- Distúrbios gerais e condições do local de administração
Comum: fadiga
Os seguintes eventos adversos de freqüência desconhecida foram relatados durante o
uso pós-comercialização: angioedema do intestino delgado e pescoço,
reações anafilactóides, hiperpotassemia, agranulocitose, neutropenia (veja
Advertências).
Achados laboratoriais
Assim como com outros inibidores da ECA, uma pequena elevação da uréia (BUN) e da
creatinina sérica, reversível com a descontinuação da terapia, foi observada em menos de
0,1% dos pacientes com hipertensão essencial tratados com LOTENSIN em monoterapia.
A probabilidade de ocorrência é maior nos pacientes tratados concomitantemente com
diuréticos ou naqueles com estenose arterial renal (veja Advertências).Posologia
Hipertensão
A dose inicial recomendada para pacientes que não estejam recebendo um diurético
tiazídico é de 10 mg, uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 20 mg diários. A
dose deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial, geralmente a
intervalos de 1 a 2 semanas. Em alguns pacientes o efeito anti-hipertensivo pode diminuir
ao final do intervalo de dose. A dosagem total diária deve, nesses casos, ser dividida em
duas doses iguais. A dose diária máxima de LOTENSIN recomendada em pacientes
hipertensos é de 40 mg, administrados em dose única ou em duas doses.
Se LOTENSIN isoladamente não produzir uma redução suficiente da pressão arterial, um
outro anti-hipertensivo pode ser administrado concomitantemente, por ex., um diurético
tiazídico ou um antagonista de cálcio (inicialmente em baixa dose). Em caso de
tratamento diurético prévio, o mesmo deverá ser descontinuado por 2 a 3 dias antes de se
iniciar o tratamento com LOTENSIN e administrado subseqüentemente, se necessário. Se
não for possível descontinuar o diurético, a dose inicial de LOTENSIN deve ser reduzida
(5 mg ao invés de 10 mg) de modo a se evitar a hipotensão excessiva (veja Advertências).
A dose usual de LOTENSIN é recomendada para pacientes com clearance (depuração)
de creatinina >= 30 mL/min.
Pacientes com clearance (depuração) de creatinina < 30 mL/min
A dose inicial é de 5 mg. A dose pode ser aumentada até 10 mg/dia. Para alguma
redução adicional na pressão arterial pode ser adicionado um diurético não-tiazídico ou
outro agente anti-hipertensivo.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
A dose inicial recomendada é de 2,5 mg ao dia. Pelo risco de redução substancial da
pressão arterial, em resposta a primeira dose, pacientes recebendo LOTENSIN pela
primeira vez, devem ser mantidos sob rigorosa supervisão médica (veja Advertências). A
dose pode ser aumentada para 5 mg ao dia após 2 a 4 semanas, se os sintomas de
insuficiência cardíaca não tiverem sido adequadamente aliviados, desde que o paciente
não tenha desenvolvido hipotensão sintomática ou outras reações adversas inaceitáveis.
Dependendo da resposta clínica, a dose pode ser aumentada para 10 mg e
eventualmente para 20 mg ao dia, a intervalos de tempo apropriados.
A dose única diária é geralmente eficaz. Alguns pacientes podem responder melhor a um
regime de duas doses diárias. Ensaios clínicos controlados demonstram que pacientes
com insuficiência cardíaca mais grave (classe IV da NYHA), usualmente necessitam de
doses menores de LOTENSIN que pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada
(classes II e III da NYHA).
Em pacientes com ICC e clearance (depuração) de creatinina < 30 mL/min, a dose diária
pode ser aumentada para 10 mg, mas a menor dose inicial administrada (2,5 mg ao dia)
pode ser a dose ótima (veja Farmacocinética).
Pacientes hipertensos com insuficiência renal
Em pacientes hipertensos com insuficiência renal, a menor dose inicial (5 mg) é
recomendada (veja Advertências ).
Insuficiência renal crônica progressiva
A dose recomendada para diminuir a progressão da doença renal crônica com ou sem
hipertensão é 10 mg, uma vez ao dia. Outros anti-hipertensivos podem ser usados em
combinação com LOTENSIN se a terapia adicional for necessária para diminuir a pressão
sangüínea.
Crianças
A segurança e a eficácia de LOTENSIN em crianças não foram estabelecidas.
Pacientes idosos
A dose recomendada e os cuidados especiais para idosos são os mesmos de adultos
(veja Farmacocinética).Superdosagem
Sinais e sintomas
Embora não haja relatos de superdose com LOTENSIN, o principal sinal esperado é uma
acentuada hipotensão.
Tratamento
Se a ingestão for recente, deve-se induzir o vômito. Embora o metabólito ativo,
Benazeprilato, seja pouco dialisável, a hemodiálise deve ser considerada em pacientes com superdose e insuficiência renal agravada, de modo a manter-se a eliminação normal
(veja Advertências). Em caso de hipotensão pronunciada, administrar solução salina
normal intravenosa.Características farmacológicas
Classe terapêutica: inibidor da enzima conversora de angiotensina, código ATC: C09A A
07.
LOTENSIN (cloridrato) é uma pró-droga que, após hidrólise para a
substância ativa Benazeprilato, inibe a enzima conversora de angiotensina (ECA) e,
conseqüentemente, bloqueia a conversão de angiotensina I para angiotensina II. Assim
sendo, reduz todos os efeitos mediados pela angiotensina II - por exemplo,
vasoconstrição e produção de aldosterona, que promove a reabsorção de sódio e água
nos túbulos renais - e eleva o débito cardíaco. LOTENSIN diminui a freqüência cardíaca
aumentada induzida pelo reflexo simpático que ocorre em resposta à vasodilatação.
Hipertensão
Como outros inibidores da ECA, LOTENSIN também inibe a degradação do vasodilatador
bradicinina pela quininase. Essa inibição pode contribuir para o efeito anti-hipertensivo.
A administração de LOTENSIN a pacientes com qualquer grau de hipertensão resulta na
redução da pressão arterial nas posições sentada, supina ou em pé. Na maioria dos
pacientes, a atividade anti-hipertensiva se inicia aproximadamente 1 hora após a
administração de uma dose oral única e, a redução máxima de pressão arterial é
alcançada dentro de 2 a 4 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste pelo menos 24 horas
após a administração. Durante a administração repetida, a redução máxima da pressão
arterial com cada dose é geralmente obtida após 1 semana e persiste durante o
tratamento a longo prazo. Os efeitos anti-hipertensivos são mantidos independentemente
de raça, idade ou atividade basal da renina plasmática. Os efeitos anti-hipertensivos de
LOTENSIN não diferem muito em pacientes com dietas com baixo ou alto teor de sódio.
Não foi observada elevação rápida da pressão arterial após retirada abrupta do
Benazepril. Em estudo conduzido com voluntários sadios, doses únicas de LOTENSIN
produziram um aumento no fluxo sangüíneo renal e não afetaram a taxa de filtração
glomerular.
Os efeitos anti-hipertensivos de LOTENSIN e dos diuréticos tiazídicos são sinérgicos. O
uso concomitante de LOTENSIN e outros fármacos anti-hipertensivos, inclusive
betabloqueadores e antagonistas do cálcio, geralmente leva a uma redução adicional na
pressão arterial.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
A administração em pacientes pré-tratados com digitálicos e diuréticos
resultou num aumento do débito cardíaco e da tolerância ao exercício, assim como numa
diminuição da pressão capilar pulmonar, na resistência vascular sistêmica e na pressão
arterial. A freqüência cardíaca foi levemente reduzida. O tratamento com LOTENSIN em
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva resultou também em melhora da fadiga,
de estertores, edema e da classificação NYHA. Ensaios clínicos demonstraram que a
melhoria nas variáveis hemodinâmicas persiste por 24 horas com dose única diária.
Insuficiência renal crônica progressiva
Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo e com duração de três
anos, 583 pacientes com doença renal de várias etiologias e creatinina sérica variando
entre 1,5 a 4 mg/dL [clearance (depuração) de creatinina entre 30 e 60 mL/min, com ou
sem hipertensão, foram randomizados para placebo ou LOTENSIN 10 mg, uma vez ao dia. Para se atingir o controle da pressão arterial foram administrados agentes antihipertensivos
adicionais, de acordo com a necessidade dos pacientes, em ambos os
grupos. O grupo tratado com LOTENSIN teve 53% de redução no risco relativo de atingir
o objetivo do estudo, definido como sendo a duplicação da creatinina sérica ou a
necessidade de diálise. Esses efeitos benéficos foram acompanhados pela redução da
pressão arterial e por uma pronunciada redução na proteinúria. Pacientes com doença
renal policística não apresentaram redução na perda da função renal quando tratados
com LOTENSIN; entretanto, o produto pode ainda ser utilizado no tratamento da
hipertensão em tais pacientes.Resultados de eficácia
O Benazepril em doses orais de 10 a 20 mg, uma ou duas vezes ao dia, tem sido efetivo
no tratamento da hipertensão leve a moderada, como evidenciam diversos estudos.
Aumentado-se a dose para 40 ou 80 mg uma vez ao dia, não há melhora
significativa da hipertensão quando comparado a dose de 20 mg uma vez ao dia, ou seja,
os resultados de melhora da condição foram semelhantes aos das doses mais baixas.
Diversos estudos controlados comprovam que a combinação com
hidroclorotiazida ou atenolol produz efeitos sinérgicos positivos em pacientes com
hipertensão de leve a moderada.
Treze pacientes hipertensos, não tratados previamente, participaram de um estudo aberto
de 18 meses para controle contínuo da pressão arterial. Nove pacientes foram mantidos
em monoterapia de 10 mg e dois em 20 mg; dois outros necessitaram de
tratamento adicional com 25 mg clortalidona para controle da pressão arterial. A coleta de
dados incluiu medidas ambulatoriais de pressão, no início do tratamento e após 12 meses
e ecocardiografia Doopler no início, no 12º e no 18º mês. Após um ano, reduções médias
de 9% e 12% nas pressões sistólica/diastólica foram relatadas por monitoração de 24
horas. Sete de 13 pacientes apresentaram hipertrofia ventricular prévia ao início do
tratamento, no entanto, após 12 meses de tratamento, apenas um desses pacientes
persistiu com a hipertrofia; decréscimos médios de 18% e 10% da espessura da parede
septal e posterior, respectivamente, foram observadas. Nenhuma melhora adicional foi
verificada na continuação do tratamento até o 18º mês.
Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) aumentam a expectativa de
vida de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Esses agentes, como o
Benazepril, previnem ou retardam o desenvolvimento de dilatação ventricular e
insuficiência cardíaca observável tanto em pacientes sintomáticos quanto assintomáticos
para disfunção do ventrículo esquerdo. Tratamento, por toda a vida, com inibidores de
ECA é sugerido a todos os pacientes sintomáticos com insuficiência cardíaca congestiva
classes II a IV da New York Heart Association (NYHA).
Doses de 2 a 10 mg diários melhoraram os sintomas de 76% dos pacientes
com insuficiência cardíaca de classes III e IV (NYHA). De forma semelhante, doses
diárias de 20 mg administradas por 3 meses, resultaram em melhora de 58% de 29
pacientes de classe II (NYHA), não tendo sido registrado nenhum caso de piora clínica.
Todos esses pacientes haviam apresentado, 6 a 24 meses antes, ondas Q de infarto
anterior ou posterior, mas estavam estáveis e assintomáticos no repouso, sob o efeito de
nenhuma medicação.
O Benazepril, 10 mg por dia, retarda o progresso da insuficiência renal em pacientes com
diversos tipos de neuropatia. Em uma pesquisa longitudinal de 3 anos, envolvendo 583
pacientes com insuficiência renal causadas por diferentes patologias, 300 pacientes
receberam Benazepril e 283 receberam placebo. As patologias dos pacientes eram
glomerulopatias (n = 192), nefrite intersticial (n = 105), nefrosclerose (n = 97), rim
policístico (n = 64), nefropatia diabética (n = 21) e patologias mistas (n = 104). Avaliou-se
o clearance de creatinina de tais pacientes. Observou-se maior diminuição do risco de
insuficiência renal (71%), quando comparado ao placebo, em pacientes do sexo
masculino, com glomerulopatias, nefropatia diabética ou causas mistas de grau leve. O
Benazepril só não foi eficaz em pacientes com rim policístico.
Outros estudos também enfatizam o retardo na progressão da insuficiência renal crônica,
medida pelo clearance de creatinina e diminuição da proteinúria em pacientes com
insuficiência renal crônica.Modo de usar
Os comprimidos revestidos de LOTENSIN não podem ser partidos ou mastigados e
devem ser ingeridos com um pouco de líquido. Depois de aberto manter os comprimidos
revestidos em temperatura ambiente ( entre 15° C e 30º C) e protegidos da umidade.Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Pacientes idosos: não há restrições de uso deste medicamento a pacientes idosos. Veja item Posologia para pacientes idosos.
Crianças: este produto é contra-indicado para crianças. Veja item Posologia para crianças.Armazenagem
Manter a temperatura ambiente (entre 15°C e 30ºC) e proteger da umidade.
O prazo de validade está impresso no cartucho. Não utilize o produto após a data de
validade.Dizeres legais
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS - 1.0068.0028
Farm. Resp.: Marco A. J. Siqueira – CRF-SP 23.873
Lote, data de fabricação e de validade: vide cartucho.
= Marca registrada de Novartis AG, Basiléia, Suíça.
Fabricado por: Novartis Biociências S.A.
Av. Ibirama, 518 - Complexos 441/3 – Taboão da Serra – SP
CNPJ: 56.994.502/0098-62 - Indústria Brasileira>Dizeres legais
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS - 1.0068.0028
Farm. Resp.: Marco A. J. Siqueira – CRF-SP 23.873
Lote, data de fabricação e de validade: vide cartucho.
= Marca registrada de Novartis AG, Basiléia, Suíça.
Fabricado por: Novartis Biociências S.A.
Av. Ibirama, 518 - Complexos 441/3 – Taboão da Serra – SP
CNPJ: 56.994.502/0098-62 - Indústria Brasileira