As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
MedleyApresentação
Comprimidos revestidos de 300 mg e comprimidos revestidos divisíveis de 600 mg.
Embalagem com 20 comprimidos.Indicações
Alzepinol (oxcarbazepina) é indicado para o tratamento de crises parciais (as quais
envolvem os subtipos simples, complexas e crises parciais evoluindo para crises com
generalização secundária) e crises tônico-clônicas generalizadas, em adultos. Este medicamento é indicado como uma droga antiepiléptica de primeira linha para uso como monoterapia ou terapia adjuvante.
Alzepinol (oxcarbazepina) pode substituir outras drogas antiepilépticas quando o tratamento usado não for suficiente para o controle da crise (veja Farmacodinâmica).Contra-indicações
Hipersensibilidade conhecida à oxcarbazepina ou a qualquer outro componente presente nas formulações.Advertências
Pacientes que demonstraram reações de hipersensibilidade à carbamazepina
devem ser informados que aproximadamente 25-30% desses pacientes podem
apresentar reações de hipersensibilidade com oxcarbazepina (veja Reações
Adversas).
Reações de hipersensibilidade podem também ocorrer em pacientes com
história de hipersensibilidade à carbamazepina. Em geral, se ocorrerem sinais
e sintomas sugestivos de reações de hipersensibilidade (veja Reações
Adversas), este medicamento deve ser imediatamente descontinuado.
Tem sido observado níveis séricos de sódio abaixo de 125 mmol/L, usualmente
assintomático e que não requer ajuste da terapia, em até 2,7% dos pacientes
tratados com oxcarbazepina. A experiência de estudos clínicos mostra que
níveis séricos de sódio retornaram ao normal quando a dose de oxcarbazepina
foi reduzida, descontinuada ou quando os pacientes foram tratados
conservadoramente (p. ex.: restrição hídrica). Os níveis séricos de sódio devem
ser medidos antes do início da terapia em pacientes com patologias renais
preexistentes associadas a baixos níveis séricos de sódio preexistentes ou em
pacientes tratados com drogas depletoras de sódio (por ex.: diuréticos, drogas
associadas à secreção inapropriada da secreção de ADH). Depois disso, os
níveis séricos de sódio devem ser medidos após aproximadamente 2 semanas
e a seguir a intervalos mensais durante os primeiros 3 meses de terapia, ou
conforme necessário. Estes fatores de risco devem ser especialmente aplicados
aos pacientes idosos.
Para pacientes em terapia com Alzepinol (oxcarbazepina) ao iniciar o uso de
drogas depletoras de sódio, o mesmo processo de acompanhamento dos níveis
de sódio deve ser seguido. Em geral, se sintomas clínicos sugestivos de
hiponatremia ocorrerem durante o tratamento com Alzepinol (oxcarbazepina)
(veja Reações Adversas), a medição dos níveis de sódio deve ser considerada.
Outros pacientes podem ter sódio sérico parcial ou inteiramente avaliados por
exames laboratoriais de rotina.
Todos os pacientes com insuficiência cardíaca e falência cardíaca secundária
mostraram possuir pesos e medidas regulares para determinar a ocorrência de
retenção de líquidos. Em caso de retenção de líquidos ou piora da condição
cardíaca, o nível sérico de sódio deve ser avaliado. Se for observada
hiponatremia, a restrição de água é uma medida importante. Embora não
existam evidências comprovadas por ensaios clínicos sobre oxcarbazepina
associada a distúrbios da condução cardíaca, pacientes com distúrbios
preexistentes da condução (por ex.: bloqueio atrioventricular, arritmia) devem
ser cuidadosamente acompanhados. Casos muito raros de hepatite foram
relatados, a maioria resolvidos favoravelmente. Quando há suspeitas de um
evento hepático, a função hepática deve ser avaliada e a interrupção do
tratamento com Alzepinol (oxcarbazepina) pode ser considerada. Mulheres
em idade fértil devem ser advertidas de que o uso concomitante
(oxcarbazepina) e contraceptivos hormonais pode tornar os contraceptivos
menos efetivos (veja Interações Medicamentosas). Recomenda-se o uso
de métodos contraceptivos adicionais, quando estiver sob tratamento com
Alzepinol (oxcarbazepina). Deve-se ter cuidado ao se fazer uso de álcool em
combinação ao tratamento com Alzepinol (oxcarbazepina), pois pode
ocasionar um efeito sedativo aditivo. Como com todas as drogas antiepilépticas,
Alzepinol (oxcarbazepina) deve ser descontinuado gradualmente para
minimizar o potencial de aumento na freqüência das crises.
Distúrbios hematológicos causados por agentes antiepilépticos têm sido
relatados. Por precaução, vitamina K1 pode ser administrada como uma
medida preventiva durante as últimas semanas de gravidez e para os recémnascidos.
A oxcarbazepina e seu metabólito ativo (MHD) atravessam a
placenta. Em um caso descrito, as concentrações plasmáticas de MHD do
recém-nascido e da mãe foram semelhantes. A oxcarbazepina e seu
metabólito ativo são excretados no leite materno. A relação de concentração
leite materno/plasma foi de 0,5 para ambas as substâncias. Os efeitos da
exposição do recém-nascido a oxcarbazepina por essa via não são
conhecidos. Portanto, Alzepinol (oxcarbazepina) não deve ser administrado
durante a amamentação.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Foram observadas tontura e sonolência com o uso de oxcarbazepina.
Pacientes devem ser avisados de que suas habilidades físicas ou mentais
necessárias para dirigir ou operar máquinas podem estar prejudicadas.Uso na gravidez
Dados sobre um limitado número de gestantes indicam que oxcarbazepina pode causar graves defeitos congênitos (por ex.: fenda palatina) quando administrada durante a gestação.
Se ocorrer gravidez durante o tratamento com Alzepinol (oxcarbazepina)
ou se a necessidade de se iniciar o tratamento com Alzepinol
(oxcarbazepina) surgir durante a gravidez, o benefício potencial do fármaco
deve ser cuidadosamente avaliado contra seus riscos potenciais de
malformações fetais. Esses são particularmente importantes durante os três
primeiros meses de gravidez. Doses efetivas mínimas devem ser oferecidas.
Em mulheres em idade fértil, Alzepinol (oxcarbazepina) deve ser
administrado como monoterapia, sempre que possível. Pacientes devem ser
aconselhadas a respeito da possibilidade de um aumento do risco de
malformações e deve ser dada a oportunidade de avaliação pré-natal.
Em estudos em animais, foram observadas mortalidade embrionária
aumentada, retardo no crescimento e malformações em níveis de doses
maternalmente tóxicas. Drogas antiepilépticas podem contribuir para a
deficiência de ácido fólico, uma possível causa de contribuição às
anormalidades fetais. Suplementação de ácido fólico é recomendada antes
e durante a gravidez.Interações medicamentosas
Inibição enzimática
A oxcarbazepina foi avaliada em microssomos do fígado humano para
determinar sua capacidade de inibição da maioria das enzimas citocromo
P450 responsável pelo metabolismo de outras drogas. Os resultados
demonstraram que a oxcarbazepina e seu metabólito farmacologicamente
ativo (o monohidróxi derivado, MHD) inibe a CYP2C19. Portanto, surgiram
interações quando altas doses de oxcarbazepina foram administradas junto
com drogas que são metabolizadas pelo CYP2C19 (por ex.: fenobarbital,
fenitoína). Em alguns pacientes tratados com oxcarbazepina e drogas
metabolizadas via CYP2C19 uma redução das drogas co-administradas pode
ser necessária. Em microssomos do fígado humano, oxcarbazepina e MHD
têm pequena ou nenhuma capacidade de inibir as funções das seguintes
enzimas: CYP1A2, CYP2A6, CYP2C9, CYP2D6, CYP2E1, CYP4A9 e
CYPP4A11.
Indução enzimática
A oxcarbazepina e MHD induzem in vitro e in vivo, os citocromos CYP3A4 e
CYP3A5 responsáveis pelo metabolismo de antagonistas de diidropiridina
cálcica, contraceptivos orais e DAEs (por ex.: carbamazepina) resultando
em uma concentração plasmática reduzida destes fármacos (veja a seguir).
In vitro, MHD é um fraco indutor da UDP-glucuronil transferase e, portanto,
in vivo é improvável obter um efeito sobre drogas que são eliminadas
principalmente por conjugação através das UDP-glucuronil transferases (por
ex.: ácido valpróico, lamotrigina).
Em vista do fraco potencial de indução da oxcarbazepina e MHD, uma dose
elevada de drogas concomitantemente usadas que são metabolizadas via
CYP3A4 ou via conjugação (UDPGT), pode ser necessária. No caso de
descontinuação do tratamento com Alzepinol (oxcarbazepina), uma
redução da dose do medicamento concomitante pode ser necessária.
Estudos de indução conduzidos com hepatócitos humanos confirmaram que oxcarbazepina e MHD são fracos indutores de isoenzimas das sub-famílias
CYP2B e 3A4. O potencial de indução da oxcarbazepina/MHD em outras
isoenzimas CYP não é conhecida.
Drogas antiepilépticas
O potencial de interações entre oxcarbazepina e outras drogas antiepilépticas
(DAEs) foi avaliado em estudos clínicos. O efeito destas interações na AUCs
e Cmin estão resumidos na tabela abaixo:
(continua na bula original)Reações adversas / Efeitos colaterais
Em estudos clínicos, as reações adversas observadas foram geralmente leves
a moderadas em gravidade, de natureza transitória e ocorreram
principalmente no início do tratamento.
A análise de perfil de reações adversas nos sistemas do organismo é baseada
nas reações adversas provenientes de estudos clínicos que avaliaram a
oxcarbazepina. Adicionalmente, relatórios clinicamente significantes na
experiência adversa de programas de pacientes e experiência póscomercialização
foram levados em consideração.
Freqüência estimada:
muito comum: >= 10%
comum: >= 1% - < 10%
ocasional: = 0,1% - < 1%
rara: = 0,01% - < 0,1%
muito rara: < 0,01%.
Organismo como um todo
Muito comum: fadiga.
Comum: astenia.
Muito raras: angioedema e distúrbios de hipersensibilidade em múltiplos
órgãos (caracterizados como rash (erupção), febre, linfadenopatia, testes
de função hepática anormal, eosinofilia e artralgia).
Sistema nervoso central
Muito comuns: tontura, dor de cabeça e sonolência.
Comuns: agitação, amnésia, apatia, ataxia, concentração prejudicada,
confusão, depressão, instabilidade emocional (p. ex.: nervosismo), nistagmo
e tremor.
Sistema cardiovascular
Muito rara: arritmia (p.ex.: bloqueio atrioventricular).
Sistema digestivo
Muito comuns: náusea e vômito.
Comuns: constipação, diarréia e dor abdominal.
Reações hematológicas
Ocasional: leucopenia.
Muito rara: trombocitopenia.
Fígado
Ocasionais: enzimas hepáticas elevadas, como transaminases e/ou fosfatase
alcalina.
Muito rara: hepatite.
Distúrbios nutricionais e metabólicos
Comum: hiponatremia.
Muito raras: hiponatremia associada a sinais e sintomas tais como
convulsões, confusão, percepção prejudicada, encefalopatia (veja também
Sistema nervoso central para outros eventos adversos), distúrbio de visão
(p. ex.: visão borrada), vômito e náusea.
Pele e anexos
Comuns: acne, alopecia e rash (erupção).
Ocasional: urticária.
Muito raras: síndrome de Stevens-Johnson, lupus eritematoso sistêmico.
Órgãos dos sentidos
Muito comum: diplopia.
Comuns: vertigem, distúrbios de visão (p. ex.: visão borrada).Posologia
Alzepinol (oxcarbazepina) é indicado para uso em monoterapia ou em combinação
com outros fármacos antiepilépticos. Em monoterapia e em terapia adjuvante, o
tratamento com Alzepinol (oxcarbazepina) deverá ser iniciado com a dose clinicamente
efetiva administrada em duas doses divididas (veja Farmacodinâmica). A dose pode
ser aumentada dependendo da resposta clínica do paciente. Quando outras drogas
antiepilépticas são substituídas por oxcarbazepina, a dose das drogas antiepilépticas
concomitantes devem ser reduzidas gradualmente com o início do tratamento com
Alzepinol (oxcarbazepina). Na terapia adjuvante, como o total de droga antiepiléptica
é aumentada, a dose de drogas concomitantes pode ser reduzida e/ou a dose de
Alzepinol (oxcarbazepina) pode ser aumentada mais lentamente.
Modo de administração
Alzepinol (oxcarbazepina) pode ser administrado com ou sem alimentação.
Os comprimidos devem ser tomados com líquido.
As seguintes recomendações de dose são aplicáveis a todos os pacientes, na ausência
de função renal comprometida (veja Farmacocinética). Não é necessária a monitoração do nível plasmático da droga.
Adultos
Monoterapia: a dose inicial deve ser de 600 mg/dia (8-10 mg/kg/dia) divididos em duas
doses. O efeito terapêutico satisfatório é observado com 600 a 2400 mg/dia. Se clinicamente
indicada, a dose pode ser elevada através de aumentos de 600 mg/dia aproximadamente
em intervalos semanais da dose inicial para atingir a resposta clínica desejada. No hospital,
sob controle médico, têm sido atingidos aumentos de até 2400 mg/dia durante 48 horas.
Terapia adjuvante: a dose inicial deve ser de 600 mg/dia (8-10 mg/kg/dia) divididos em
duas doses. Se clinicamente indicada, a dose pode ser elevada através de aumentos de
600 mg/dia aproximadamente em intervalos semanais da dose inicial para atingir a
resposta clínica desejada. Respostas terapêuticas foram observadas em dosagem entre
600 mg/dia e 2400 mg/dia. Doses diárias de 600 a 2400 mg/dia mostraram ser efetivas
em estudos controlados de terapia adjuvante, entretanto a maioria dos pacientes não
tolerou a dose de 2400 mg/dia sem a redução das outras drogas antiepilépticas
concomitantes, a maioria por causa de eventos adversos relacionados ao Sistema
Nervoso Central. Doses diárias acima de 2400 mg/dia não foram sistematicamente
estudadas em ensaios clínicos. Há experiência limitada com doses até 4200 mg/dia.
Pacientes com insuficiência hepática
Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática leve a
moderada. A oxcarbazepina não foi estudada em pacientes com insuficiência hepática
grave (veja Farmacocinética).
Pacientes com insuficiência renal
Em pacientes com função renal comprometida (clearance de creatinina menor que
30 mL/min) a terapia com Alzepinol (oxcarbazepina) deve ser iniciada com a metade
da dose usual de início, ou seja, 300 mg/dia e aumentada lentamente para atingir a
resposta clínica necessária (veja Farmacodinâmica). Aumento da dose em pacientes
com insuficiência renal requer observação mais cuidadosa.Superdosagem
Têm sido relatados casos isolados de superdose. A dose máxima ingerida foi
aproximadamente 24000 mg. Todos os pacientes foram restabelecidos com tratamento
sintomático. Os sintomas de superdose incluíram sonolência, tontura, náusea, vômito,
hipercinesia, hiponatremia, ataxia e nistagmo. Não há antídoto específico. Deve ser
administrado tratamento sintomático e de suporte, caso seja apropriado. Deve ser
considerada a remoção da droga por lavagem gástrica e/ou inativação pela administração
de carvão ativado.Informações
Classe terapêutica: agente antiepiléptico.
A atividade farmacológica de oxcarbazepina é primariamente manifestada através do
metabólito MHD (monohidróxi derivado) da oxcarbazepina (veja Farmacocinética -
biotransformação). Acredita-se que o mecanismo de ação da oxcarbazepina e MHD
seja baseado principalmente no bloqueio de canais de sódio voltagem-dependentes,
resultando então na estabilização de membranas neurais hiperexcitadas, inibição da
descarga neuronal repetitiva e diminuição da propagação de impulsos sinápticos.
Adicionalmente, aumento na condutância de potássio e modulação de canais de cálcio
voltagem-dependentes ativados pode também contribuir para os efeitos
anticonvulsivantes das drogas. Não foram encontradas interações significantes com
neurotransmissores cerebrais ou sítios receptores moduladores.
A oxcarbazepina e seu metabólito ativo (MHD) são anticonvulsivantes potentes e
eficazes em animais. Foram eficazes em roedores com crises tônico-clônicas
generalizadas e, em menor grau, com crises clônicas, e aboliram ou reduziram a
freqüência de crises parciais recorrentes cronicamente em macacos Rhesus com
implantes de alumínio. Nenhuma tolerância foi observada (por ex.: atenuação de
atividade anticonvulsivante) nas crises tônico-clônicas quando camundongos e ratos
foram tratados diariamente por 5 dias ou 4 semanas respectivamente, com
oxcarbazepina ou MHD.mplantes de alumínio. Nenhuma tolerância foi observada (por ex.: atenuação de
atividade anticonvulsivante) nas crises tônico-clônicas quando camundongos e ratos
foram tratados diariamente por 5 dias ou 4 semanas respectivamente, com
oxcarbazepina ou MHD.