As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Apresentação
sol. inj.: emb. de 1 ampola c/ 1 ml.
Cada ampola de 1 ml contém:
Acetofenido de algestona (dihidroxiprogesterona)...150 mg
17-enantato de estradiol...10 mgIndicações
Anticoncepcional injetável de uso mensal.
PERLUTAN pode ser utilizado também no controle das irregularidades
menstruais e como medicação supletiva estrógeno-progestacional, a critério
médico.Contra-indicações
Constituem contra-indicações absolutas: complicações sérias
associadas ao uso de contraceptivos hormonais no passado; gravidez ou
suspeita de gravidez; amamentação (menos de 6 semanas pós-parto);
hipertensão, cardiopatias, diabete melito com alterações vasculares,
nefropatia, retinopatia, neuropatia ou outras doenças vasculares ou
diabete com mais de 20 anos de duração; glaucoma; antecedentes de
processos flebíticos, trombóticos ou tromboembólicos, varizes
importantes; sangramento genital de causa desconhecida; tumor
ginecológico ou de mama; neoplasias benignas hormônio-dependentes,
neoplasias malignas; hepatopatia em atividade; tumores malignos no
fígado; anemia falciforme; epilepsia; colagenose com lesão visceral ou
vascular; pré e pós-operatório, mulheres passíveis de imobilização (p.ex.,
após acidentes); história de icterícia, prurido grave, coréia ou herpes em
gestação anterior.
Constituem contra-indicações relativas: galactorréia; obesidade;
hiperlipidemias; tabagismo; irregularidades menstruais freqüentes;
colecistopatias; cefaléias severas (recorrentes, incluindo enxaqueca)
com sintoma neurológico focal.
PERLUTAN não deve ser usado na presença de conhecida
hipersensibilidade às substâncias ou a qualquer um dos componentes da fórmula.Advertências
Antes de iniciar o emprego de PERLUTAN (ou qualquer outro
contraceptivo hormonal), assim como periodicamente durante o seu uso,
recomenda-se um exame geral completo, com minuciosa investigação
ginecológica. Deve-se dedicar atenção especial a pressão arterial,
mamas, abdome e órgãos pélvicos, incluindo esfregaço de Papanicolau.
Deve-se evitar o uso do produto em adolescentes que ainda não
apresentem ciclos menstruais em ritmo regular.
PERLUTAN inibe a ovulação de maneira transitória e não é causa de
esterilidade a posteriori. No entanto, deve-se ter em conta que, como
ocorre com outros anticoncepcionais hormonais, o ciclo ovulatório
natural pode ser interrompido por 2 a 3 meses após a suspensão do
tratamento.
Nos seguintes casos, o risco de uso de PERLUTAN geralmente supera os
benefícios: fumante intensa (> 20 cigarros por dia) com mais de 35 anos
de idade; amamentação (6 semanas a 6 meses pós-parto); < 21 dias pósparto
e não amamentando; antecedentes de câncer de mama;
sangramento vaginal de causa desconhecida; antecedentes de
hipertensão grave; hiperlipidemias conhecidas; uso de certos
antibióticos e anticonvulsivantes (vide Interações medicamentosas);
cirrose grave (descompensada); tumores malignos de fígado. Nestes
casos, o uso da droga requer cuidadoso julgamento clínico, levando-se
em conta a gravidade do caso e a disponibilidade, praticidade e
aceitabilidade de métodos alternativos de contracepção, bem como
rigoroso acompanhamento médico.
Por outro lado, há condições que não restringem o uso de contraceptivos
combinados injetáveis tais como PERLUTAN. Nestas condições, os
benefícios do uso de PERLUTAN geralmente superam os potenciais
riscos para a paciente. Entretanto, um rigoroso acompanhamento médico
é indispensável quando se usa PERLUTAN em pacientes nas seguintes
condições: idade acima de 40 anos; fumantes com menos de 35 anos de
idade ou fumante leve com mais de 35 anos; cefaléias (incluindo
enxaqueca sem sintoma neurológico focal); amamentação (> 6 meses
pós-parto); doença mamária não diagnosticada; neoplasia cervical
intraepitelial ou câncer; histórico de colestase (gravidez, relacionada a
contraceptivos combinados orais ou injetáveis). Em um restrito grupo de
mulheres suceptíveis, a colestase relacionada ao uso de contraceptivos
orais combinados no passado pode predizer uma futura colestase
relacionada com estrógeno; doença do trato biliar em curso ou
antecedente; cirrose moderada (compensada); doença valvular do
coração sem complicações; hipertensão moderada; tromboflebite
superficial; talassemia; anemia falciforme; diabetes sem complicações;
cirurgias grandes sem imobilização prolongada.
O uso destes medicamentos pode afetar avaliações endócrinas e,
possivelmente, testes da função hepática. Portanto, se esses testes
estiverem anormais em uma paciente, o uso do produto deve ser
descontinuado e os testes repetidos 2 meses após a suspensão. As
pacientes usuárias do medicamento podem apresentar distúrbios do
metabolismo do triptofano, o que pode resultar em relativa deficiência de
piridoxina; não obstante, o significado clínico deste evento ainda não foi
determinado. Os níveis séricos de folatos podem ser deprimidos pelo uso
do medicamento.
Mulheres que engravidam pouco depois de interromper o uso de
contraceptivos hormonais têm maior probabilidade de desenvolver
deficiência de folatos e complicações a eles atribuídas. Pacientes com
antecedentes de depressão psíquica devem ser cuidadosamente
observadas e o uso do medicamento ser descontinuado se a depressão
reaparecer em grau importante. As associações de estrógeno com
gestágeno podem apresentar efeitos sobre o metabolismo dos hidratos
de carbono e dos lipídios (diminuição da tolerância à glicose; alteração
dos níveis séricos de triglicérides, de fosfolipídios, de diversas frações
de colesterol, etc.). Por este motivo, a administração de PERLUTAN ou de
outros anticoncepcionais hormonais a mulheres portadoras de diabete,
pré-diabete ou dislipidemias requer controle e vigilância contínua. Está
bem estabelecido um aumento do risco de doenças trombóticas e
tromboembólicas associado ao uso de anovulatórios em geral.
O médico deve estar alerta às manifestações precoces destes distúrbios
(p.ex. tromboflebites, embolia pulmonar, oclusão coronariana, etc.). Em
casos de suspeita de alguma dessas manifestações, o uso do
medicamento deve ser interrompido. O hábito de fumar aumenta o risco
de efeitos adversos cardiovasculares sérios dos anovulatórios. Este
risco aumenta com a idade e o fumo intenso (15 ou mais cigarros por dia)
e é mais acentuado em mulheres acima de 35 anos de idade. Recomendase
que as mulheres tratadas com contraceptivos hormonais de qualquer
tipo não fumem.
Foi relatado um aumento da pressão arterial em pacientes tomando
anovulatórios, podendo em algumas mulheres ocorrer hipertensão
poucos meses após o início do uso de tais produtos. Também aumenta o
risco de doenças da vesícula biliar em usuárias de anovulatórios ou de
estrógenos. Relata-se um risco de complicações tromboembólicas póscirúrgicas
4 a 6 vezes maior em usuárias de anovulatórios. Por este
motivo, sempre que possível, o uso do medicamento deve ser
descontinuado pelo menos 1 mês antes de uma cirurgia associada a
risco aumentado de tromboembolismo.Uso na gravidez
Contra-indicado na gravidez. Pouco se sabe sobre efeitos ao feto se
forem usados contraceptivos injetáveis combinados durante a gravidez.
A administração de anovulatórios no período pós-parto pode interferir
com a lactação; pode ocorrer uma diminuição na quantidade e na
qualidade do leite materno. Além disso, identificou-se uma pequena
fração dos componentes hormonais dos anovulatórios no leite das mães
que os utilizaram; entretanto, um efeito sobre a criança amamentada, se
existente, não foi constatado.
Em aproximadamente 3 semanas após o parto, a coagulação sangüínea e
a fibrinólise normalizam-se essencialmente e o PERLUTAN pode
normalmente ser usado a partir daí em mulheres que não estejam
amamentando.Interações medicamentosas
Tal como sucede com os anticoncepcionais hormonais em geral, o uso
concomitante de PERLUTAN com rifampicina, hidantoínas, barbituratos,
antibióticos penicilânicos, cloranfenicol, griseofulvina, fenitoína,
carbamazepina, primidona, isoniazida, nitrofurantoína, sulfonamidas e
tetraciclinas pode reduzir a eficácia contraceptiva do produto ou
provocar irregularidades menstruais. Da mesma forma, os
anticoncepcionais hormonais podem alterar a eficácia de
anticonvulsivantes, anti-hipertensivos, hipnóticos, hipoglicemiantes,
anticoagulantes e antidepressivos.Reações adversas / Efeitos colaterais
É possível que algumas mulheres notem mudanças no ciclo menstrual
típico (ciclos menores, hemorragia intermenstrual, sangramento
irregular), dismenorréia, amenorréia transitória, prurido vulvar, tensão
mamária, dores de estômago, náuseas, vômitos, cefaléias, retenção
hidrossalina, mudanças subclínicas e transitórias detectadas nos testes
de excreção do fígado, alterações emocionais e da libido, alterações do
peso corpóreo e fenômenos de fotossensibilização (cloasma).
Tontura, nervosismo, depressão, fogacho, acne, hipersensibilidade
(prurido, tosse) e distúrbios visuais e auditivos são prováveis, uma vez
que eles podem ocorrer com qualquer hormônio sexual, mas raramente
foram relatados com PERLUTAN.
Geralmente podem ocorrer no tratamento com contraceptivos hormonais
outras reações adversas tais como tromboflebite, trombose arterial ou
venosa, eventos tromboembólicos, derrame cerebral, cefaléias intensas
(enxaqueca), hipertensão e neurorretinite o que poderia levar à
suspensão do tratamento, embora não tenham sido associadas ao uso de
PERLUTAN.Posologia
Uma ampola por via intraglútea profunda entre o 7º e 10º dia, de preferência
no 8º dia, a partir do início de cada menstruação. Contar o primeiro dia de
sangramento menstrual como dia número um. Não massagear o local da aplicação. Se estas recomendações não forem observadas, a eficácia do produto fica comprometida.Superdosagem
Desconhecem-se casos de superdosagem e reações adversas graves correlatas. Entretanto, em tais casos podem-se esperar náusea, vômito, mastodinia, cefaléias, retenção hidrossalina, alterações do sangramento endometrial e amenorréia. Como não existem antídotos específicos, recomenda-se manter a pessoa afetada em observação, sob controle médico estrito e tratamento sintomático.Características farmacológicas
PERLUTAN é um anticoncepcional injetável que se aplica por via intramuscular, somente uma vez por mês. Trata-se da associação de dois princípios ativos: um gestágeno (acetofenido de diidroxiprogesterona, DHPA) e um estrógeno (enantato de estradiol, E2EN).
PERLUTAN provém de um estrógeno natural (estradiol), ao contrário dos estrógenos sintéticos utilizados em contraceptivos orais combinados (COCs).
Por ser fisiológico, tem curto tempo de ação e é menos potente que os estrógenos sintéticos (COCs); o tipo e a magnitude de efeitos adversos relacionados com PERLUTAN podem ser diferentes daqueles em usuárias de COCs.
Estudos comparativos mostraram que DHPA+E2EN têm pouco ou nenhum efeito sobre pressão arterial, hemostase e coagulação, metabolismo de lipídios e carboidratos, e função hepática, ao contrário dos COCs. Além disso, a administração parenteral de PERLUTAN elimina o efeito da primeira passagem
dos hormônios pelo fígado.
A dose do gestágeno (DHPA 150 mg) confere ao PERLUTAN o seu principal mecanismo de ação anticoncepcional: o efeito anovulatório por supressão da secreção de gonadotrofinas hipofisárias. Os efeitos gestágenos acessórios (modificação do muco cervical, alterações endometriais e da motilidade tubária desfavoráveis à passagem e à capacidade do espermatozóide em promover a
fecundação e a nidação) reasseguram a sua eficácia anticoncepcional.
A dose do estrógeno (E2EN 10 mg) assegura padrões de sangramento e desenvolvimento endometrial cíclico e previsível, de características em geral semelhantes às de uma menstruação normal. A presença de um estrógeno no produto corresponde às tendências mais modernas em anticoncepção
injetável, tendo aceitação significativamente maior que os preparados que contêm exclusivamente gestágenos.
A proporção posológica entre DHPA e E2EN (150 mg : 10 mg) foi selecionada em estudos comparativos por seu adequado balanço entre eficácia e tolerabilidade. Ao comparar esta posologia com a dos anticoncepcionais orais, deve-se ter em mente que os componentes de PERLUTAN não são derivados
sintéticos tão potentes como os utilizados por via oral em microgramas, mas sim derivados diretos dos hormônios naturais do organismo que, para produzir efeitos similares, são aplicados por via parenteral, em miligramas.
Para se avaliar a eficácia de um anticoncepcional, adota-se um índice denominado Índice de Pearl. Pela observação de estudos realizados em diversos países e com base no uso do produto por vários anos, o valor desse índice para o PERLUTAN pode variar de 0,03 como resultado de falhas do
método (Índice de Pearl teórico) até 0,15/0,17 como resultado de falhas do método e/ou da usuária (Índice de Pearl real). Isto significa que, apesar da alta eficácia do produto, que é igual ou superior à dos anticoncepcionais orais, podem ocorrer gestações na proporção de 3 a 17 casos para cada grupo de
10.000 mulheres que utilizarem o produto durante 1 ano.
A tolerabilidade local de PERLUTAN é satisfatória e a sistêmica corresponde à dos anticoncepcionais orais combinados atualmente em uso.
PERLUTAN é uma solução oleosa administrada por via intramuscular. É distribuída no tecido adiposo, onde ocorre lenta liberação, assegurando seu efeito por todo o mês. O local da aplicação não deve ser massageado, pois pode-se acelerar sua absorção, com conseqüente diminuição da eficácia.
O pico sérico de estradiol ocorre depois de 3 dias da aplicação e tem uma
meia-vida de 5,57 dias. Os metabólitos, ácido glucurônico e conjugados
metabólicos de ácido sulfúrico, são eliminados primariamente na urina.
A meia-vida da diidroxiprogesterona e dos seus metabólitos é de 24 dias. Após
a administração, o efeito hormonal persiste durante todo o ciclo menstrual. A
excreção se dá basicamente pelas fezes.
Não consta que a aplicação repetida de PERLUTAN se correlacione com
alterações nas características farmacocinéticas do produto, nem com sinais de
acúmulo no organismo.
Estudos de toxicidade de dose única, realizados em diferentes espécies de
animais, falharam ao demonstrar a DL50 por via intramuscular, devido à
ausência de óbitos, mesmo usando-se a dose máxima provável em cada
espécie.
Soluções oleosas de DHPA e E2EN foram aplicadas via i.m. na proporção de
15:1.
Os valores de DL50 obtidos foram:
- > 150 mg+10 mg / 1 ml/kg em ratos,
- > 375 mg+25 mg / 2,5 ml/kg em camundongos,
> 750 mg+50 mg / 5 ml/kg em coelhos.
-
O único sinal tóxico foi uma discreta sedação ocorrida logo após a
administração e que desapareceu em 1-2 dias. Nenhuma intolerância local foi
descrita. Depois de 14 dias podem-se observar hipotrofia ovariana e testicular,
bem como dilatação e congestão uterina. Estes são considerados efeitos
farmacológicos e não toxicológicos do produto.
Estudos de toxicidade repetidos mostraram que o ciclo menstrual é abolido nas
fêmeas e a espermatogênese nos machos. Em ratas, doses maiores que
DHPA 30 mg + E2EN 2 mg por kg de peso corpóreo, i.m., correlacionam-se
com atrofia ovariana e dilatação severa e, às vezes, com infecção uterina. Nos
machos, há hipotrofia dos testículos e das glândulas sexuais acessórias, e em
ambos os sexos hiperplasia da glândula pituitária e diminuição do peso
corpóreo. Em cães, essa preparação causou hiperplasia pituitária e tumores de
mama. Todos esses efeitos são previsíveis com todos os tipos de agentes
progestogênicos, mesmo a progesterona, quando aplicados nesses animais
em altas doses e por um longo período. É por isso que estudiosos da OMS
têm desqualificado o modelo de cães como padrão quando avaliam a
toxicidade de contraceptivos hormonais usados em mulheres. Por outro lado,
estudos epidemiológicos mostraram que mulheres tratadas com a combinação
de DHPA + E2EN falharam em demonstrar alguma correlação entre essa
formulação e carcinoma cervical.Resultados de eficácia
-Modo de usar
-Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
-Armazenagem
Manter o medicamento em temperatura ambiente (15º C a 30º C). Proteger da luz.Dizeres legais
MR Pharma S.A.
Tortuguitas - Buenos Aires
Argentina
Importado por:
Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
Resp. Técn.: Farm. Laura M. S. Ramos - CRF-SP n° 6870
Rod. Regis Bittencourt (Br 116), km 286 - Itapecerica da Serra - SP
SAC ?? 0800-7016633
CNPJ/MF Nº 60.831.658/0021-10nger Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda.
Resp. Técn.: Farm. Laura M. S. Ramos - CRF-SP n° 6870
Rod. Regis Bittencourt (Br 116), km 286 - Itapecerica da Serra - SP
SAC ?? 0800-7016633
CNPJ/MF Nº 60.831.658/0021-10