Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Boehringer

Apresentação

Pó liófilo inj.: fr.-ampola c/ 2.333 mg de pó liófilo inj., correspondente a 50 mg de alteplase, acompanhado de fr.-ampola c/ 50 ml de diluente.

Indicações

- Tratamento fibrinolítico no infarto agudo do miocárdio. Regime de administração acelerada durante 90 minutos: para pacientes nos quais o tratamento possa ser iniciado dentro de 6 horas após o início dos sintomas. Regime de administração durante 3 horas: para pacientes nos quais o tratamento possa ser iniciado entre 6 e 12 horas após o início dos sintomas. Comprovou-se que Actilyse reduz o índice de mortalidade no período de 30 dias após o infarto agudo do miocárdio. - Tratamento trombolítico na embolia pulmonar aguda grave com instabilidade hemodinâmica. Quando possível, o diagnóstico deve ser confirmado por meio de testes objetivos, tais como angiografia pulmonar ou procedimentos não-invasivos, como cintilografia pulmonar. Não há estudos clínicos sobre mortalidade, incluindo mortalidade tardia relacionados com embolia pulmonar. - Tratamento trombolítico de acidente vascular cerebral isquêmico agudo. O tratamento deve ser iniciado em até 3 horas após o início dos sintomas do acidente vascular cerebral e após a verificação da exclusão de hemorragia intracraniana por técnicas de imagem apropriadas, como tomografia computadorizada do crânio.

Contra-indicações

Assim como todos os agentes trombolíticos, Actilyse não deve ser usado nos casos em que houver alto risco de hemorragia, tais como: - distúrbio hemorrágico significativo no momento ou nos últimos 6 meses, diátese hemorrágica conhecida; - pacientes recebendo anticoagulantes orais (por exemplo warfarina sódica) (INR1,3); - histórico de danos ao sistema nervoso central (por exemplo neoplasma, aneurisma, cirurgia intracraniana ou espinhal). - histórico, evidência ou suspeita de hemorragia intracraniana, incluindo hemorragia subaracnóide; - hipertensão arterial grave não-controlada; - cirurgia de grande porte ou traumatismo grave nos últimos 10 dias (inclusive traumatismo associado ao infarto agudo do miocárdio ocorrido), traumatismos recentes na cabeça ou crânio; - ressuscitação cardiopulmonar prolongada ou traumática (2 minutos), parto, dentro dos últimos 10 dias, punção recente de um vaso sangüíneo não compressível (por exemplo punções na veia jugular ou subclávia); - hepatopatias graves, incluindo insuficiência hepática, cirrose, hipertensão portal (varizes esofágicas) e hepatite ativa; - retinopatia hemorrágica, por exemplo em casos de diabetes (distúrbios de visão podem indicar retinopatia hemorrágica) ou outras condições oftálmicas hemorrágicas; - endocardite bacteriana, pericardite; - pancreatite aguda; - doença ulcerativa gastrintestinal relatada nos últimos 3 meses; - aneurisma arterial, malformações arteriais/venosas; - neoplasma com alto risco de sangramento; - hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer componente da fórmula. Nos casos de infarto agudo do miocárdio e embolia pulmonar, deve-se observar ainda as seguintes contra-indicações: - aparecimento dos sintomas da isquemia há mais de três horas antes do início da infusão ou momento do aparecimento dos sintomas desconhecido; - sintomas do acidente vascular cerebral isquêmico agudo que estejam melhorando rapidamente ou que sejam apenas leves, antes do início da infusão; - acidente vascular cerebral grave demonstrado clinicamente (p. ex. NIHSS25) e/ou por técnicas de imagem apropriadas; - crise convulsiva no início do acidente vascular cerebral; - histórico de acidente vascular cerebral prévio ou traumatismo craniano grave nos últimos 3 meses; - combinação de acidente vascular cerebral anterior e diabetes mellitus; administração de heparina dentro de 48 horas antes do acidente vascular cerebral, com aumento do tempo de ativação parcial de tromboplastina; - contagem de plaquetas menor que 100.000/mm3; - pressão sistólica 185 mm Hg, pressão diastólica 110 mm Hg ou necessidade de terapêutica agressiva (medicação i.v.) para reduzir a pressão sangüínea a esses limites; - Glicose sangüínea < 50 ou 400 mg/dl. Actilyse não está indicado para a terapêutica de acidente vascular cerebral em crianças e adolescentes abaixo de 18 anos ou adultos acima de 80 anos.

Advertências

Não existem experiências com o uso em gestantes, durante o período de aleitamento, e nem em crianças. No caso de uma punção arterial recente de um grande vaso não-compressível é necessário avaliar cuidadosamente o risco de sangramento no local da punção frente aos benefícios terapêuticos esperáveis. Deve-se prestar atenção especial aos parâmetros da coagulação sangüínea em pacientes com disfunção hepática severa; se estiverem significativamente diminuídos, não se deve administrar Actilyse. Há necessidade de cuidados com pacientes portadores de moléstias pulmonares, como, por exemplo: tuberculose em atividade ou bronquite grave, bem como em pacientes com idade acima de 75 anos.

Interações medicamentosas

A administração prévia de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários pode aumentar o naco de hemorragias. Entretanto, até o momento não têm sido observadas interações com outras drogas de ação cardiovascular, bloqueadores dos canais de cálcio, antiarrítmicos, diuréticos, anti-hipertensivos, digitálicos e outros agentes inotrópicos positivos. Também não são esperadas interações com analgésicos, ansiolísticos, agentes anestésicos e relaxantes musculares.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Foram relatadas as seguintes reações adversas, que podem ter sua causa relacionada à administração. A reação adversa mais freqüente associada a Actilyse é a hemorragia produzindo queda dos níveis de hematócrito e/ou hemoglobina. As hemorragias associadas à terapêutica trombolítica podem ser divididas em duas grandes categorias: - hemorragia superficial, normalmente devida a punções ou a vasos sangüíneos danificados; - hemorragia interna no trato urogenital ou gastrintestinal, retroperitoneal ou SNC, ou hemorragia de órgãos parenquimatosos. Morte e invalidez foram relatadas em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (inclusive hemorragia intracraniana) e outros casos graves de hemorragia. As freqüências de reações adversas indicadas a seguir estão baseadas em suas correspondentes ocorrências em um estudo clínico envolvendo 8.299 pacientes com infarto do miocárdio tratados com Actilyse. A classificação da embolização de cristais de colesterol, que não foi observada em estudos clínicos, foi baseada em relatos espontâneos. O número de pacientes com embolia pulmonar e acidente vascular cerebral isquêmico tratados (no intervalo de tempo de 0 - 3 horas) em estudos clínicos é muito pequeno em comparação com o número indicado acima para infarto do miocárdio. Por isso, pequenas diferenças numéricas observadas em comparação com os números para infarto do miocárdio foram presumivelmente atribuíveis ao pequeno tamanho da amostra. Com exceção de hemorragia intracraniana como reação adversa na indicação acidente vascular cerebral, bem como arritmias associadas à reperfusão na indicação infarto do miocárdio, não há razões médicas para assumir que o perfil qualitativo e quantitativo das reações adversas do Actilyse para as indicações embolia pulmonar e acidente vascular cerebral isquêmico agudo sejam diferentes dos perfis para a indicação infarto do miocárdio.

Posologia

Deve-se administrar Actilyse logo que possível após o início dos sintomas. Tratamento de infarto do miocárdio Regime de administração acelerada durante 90 minutos para pacientes que sofreram infarto do miocárdio, nos quais o tratamento possa ser iniciado dentro de 6 horas após o início dos sintomas: - Pacientes com peso corpóreo maior ou igual a 65 kg. Administrar uma dose de 15 mg como bolo intravenoso, seguida de dose de 50 mg em infusão intravenosa durante os primeiros 30 minutos, seguidos de infusão intravenosa de 35 mg durante os 60 minutos seguintes, até a dose máxima de 100 mg. - Pacientes com peso corpóreo abaixo de 65 kg. Administrar uma dose de 15 mg como bolo intravenoso, seguida de infusão de 0,75 mg/kg de peso corpóreo (até o máximo de 50 mg) durante os 30 minutos, seguidos por uma infusão de 0,5 mg/kg de peso corpóreo (até o máximo de 35 mg) durante os 60 minutos seguintes. Regime de administração durante 3 horas para pacientes nos quais o tratamento possa ser iniciado entre 6 e 12 horas após o início dos sintomas: Deve-se administrar uma dose de 10 mg em bolo intravenoso. A seguir, administrar a dose de 50 mg por infusão intravenosa durante a primeira hora, seguida por infusão de dose de 40 mg durante as 2 (duas) horas seguintes (a dose total não deve exceder 100 mg). Em pacientes com peso corpóreo abaixo de 65 kg, a dose total não deve exceder 1,5 mg/kg. A dose máxima permitida para Actilyse no tratamento de infarto agudo do miocárdio é de 100 mg de alteplase. Terapêutica concomitante - Ácido acetilsalicílico Administrar ácido acetilsalicílico logo que possível após o início dos sintomas, e mantê-lo nos primeiros meses após o infarto do miocárdio. A dose recomendada é de 160 a 300 mg ao dia. - Heparina Deve-se administrar heparina concomitantemente por 24 horas ou mais (no mínimo 48 horas com o regime acelerado de administração). Recomenda-se começar com um bolo intravenoso inicial de 5000 unidades antes da terapêutica trombolítica e continuar com infusão de 1000 unidades/hora. A dose de heparina deve ser ajustada de acordo com as medidas repetidas dos valores de TTPa (tempo de ativação parcial de tromboplastina) de 1,5 a 2,5 vezes o valor inicial. Tratamento de embolia pulmonar Deve-se administrar uma dose total de 100 mg em 2 horas. A maior experiência disponível é com o seguinte regime de administração: - 10 mg como bolo intravenoso durante 1-2 minutos; - 90 mg como infusão intravenosa durante 2 horas. A dose total não deve exceder 1,5 mg/kg em pacientes com peso corpóreo abaixo de 65 kg. Terapêutica concomitante Após tratamento com Actilyse, o tratamento com heparina deve ser iniciado (ou retomado) quando os valores de TTPa forem menores que o dobro do valor máximo do limite normal. A infusão deve ser ajustada para 1,5 a 2,5 vezes o valor inicial, dependendo dos valores de TTPa. Tratamento de acidente vascular cerebral isquêmico A dose recomendada é de 0,9 mg/kg (dose máxima de 90 mg) infundida durante 60 minutos, com 10% da dose total administrada como bolo inicial intravenoso. O tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível, em até 3 horas após o aparecimento dos sintomas. Terapêutica concomitante A segurança e a eficácia deste regime com administração concomitante de heparina e ácido acetilsalicílico durante as primeiras 24 horas após o início dos sintomas ainda não foram suficientemente investigadas. Por isso, deve-se evitar a administração intravenosa de heparina ou ácido acetil salicílico nas primeiras 24 horas após o tratamento com Actilyse. Caso seja necessário administrar heparina por via subcutânea para outras indicações (por exemplo prevenção de trombose em vasos profundos) a dose não deve exceder 10.000 UI por dia. Reconstituição da solução Dissolver o conteúdo de um frasco liofilizado (50 mg) com 50 ml de diluente em condições assépticas, para obter uma concentração final de 1 mg de alteplase por ml. Para se obter a concentração final de 1 mg de alteplase/ml após a reconstituição, todo o diluente deve ser injetado no frasco que contém o Actilyse liofilizado, utilizando a cânula de transferência que está incluída na embalagem do produto. A solução reconstituída deve então ser administrada por via intravenosa como descrito acima. A solução reconstituída pode ser diluída ainda mais em solução salina fisiológica estéril (0,9%) até atingir uma concentração mínima de 0,2 mg/ml. Contudo, esta diluição não pode ser feita com água bidestilada ou com solução de carboidratos para infusão, por exemplo soro glicosado. Actilyse não deve ser administrado concomitantemente com outras drogas, nem no mesmo frasco de infusão, nem através do mesmo acesso venoso (nem mesmo com heparina).

Características farmacológicas

Actilyse é uma glicoproteína que ativa plasminogênio diretamente para plasmina. Quando administrado por via endovenosa, Actilyse permanece relativamente inativo dentro do sistema circulatório, até ligar-se à fibrina; Actilyse tem uma alta afinidade com a fibrina. Ao ligar-se à fibrina, a substância é ativada, induzindo a conversão de plasminogênio em plasmina que, por sua vez, promove a dissolução da fibrina do coágulo. A ação sistêmica sobre os componentes do sistema de coagulação é de pouca importância; conseqüentemente, não há de se esperar um aumento da tendência geral ao sangramento. Actilyse não à antigênico e, por conseguinte, pode ser administrado repetidamente. Quanto à farmacocinética, Actilyse é rapidamente eliminado da corrente sangüínea; o órgão principal responsável por esta rápida eliminação é o fígado. A concentração plasmática decai, dentro de 5 minutos, para 50% do nível inicial, para 20% após 10 minutos e para menos de 10% após 20 minutos, Os níveis de fibrinogênio e de outros componentes do sistema de coagulação diminuem apenas ligeiramente quando Actilyse é aplicado na dose recomendada para o tratamento fibrinolítico de oclusão arterial coronária aguda de origem trombótica. Por este motivo, se for indicada, pode ser efetuada uma cirurgia logo após o término do tratamento com Actilyse. Caso necessário, deve-se monitorar o nível de fibrinogênio.

Informações

A substância ativa é o alteplase, um ativador de plasminogênio tecidual humano recombinante, uma glicoproteína que ativa o plasminogênio diretamente para plasmina. Quando administrado por via endovenosa, Actilyse permanece relativamente inativo no sistema circulatório. Uma vez ligada à fibrina, a substância é ativada, induzindo a conversão de plasminogênio em plasmina, que, por sua vez, promove a dissolução da fibrina do coágulo. Num estudo incluindo mais de 40.000 pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio, a administração de 100 mg durante 90 minutos, com infusão concomitante de heparina i.v., levou a uma mortalidade menor após 30 dias (6,3%) quando comparada com a administração de 1.500.000 UI de estreptoquinase durante 60 minutos, com heparina s.c. ou i.v. (7,3%). Pacientes tratados com Actilyse apresentaram índices maiores de desobstrução vascular relacionada ao infarto nos 60 e 90 minutos após trombólise do que pacientes tratados com estreptoquinase. Não se encontraram diferenças nos índices de desobstrução nos 180 minutos ou além disso. A taxa de mortalidade após 30 dias foi menor que aquela dos pacientes não submetidos à terapêutica trombolítica.

aram índices maiores de desobstrução vascular relacionada ao infarto nos 60 e 90 minutos após trombólise do que pacientes tratados com estreptoquinase. Não se encontraram diferenças nos índices de desobstrução nos 180 minutos ou além disso. A taxa de mortalidade após 30 dias foi menor que aquela dos pacientes não submetidos à terapêutica trombolítica.