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Laboratório
BiolabApresentação
500mg c/ 30 compr.
750mg c/ 30 compr.Indicações
A terapia com agentes reguladores de lipídios deve ser somente um componente de intervenção do fator de risco múltiplo em indivíduos com risco significativamente aumentado de doença vascular aterosclerótica devido à hipercolesterolemia. A terapia com Acinic é indicada como um adjunto à dieta, quando a resposta à uma dieta restritiva a gorduras saturadas e colesterol e outras medidas não farmacológicas sozinhas forem inadequadas. Antes de iniciar a terapia com Acinic, as causas secundárias para a hipercolesterolemia (por exemplo: diabetes mellitus não controlada, hipotireoidismo, síndrome nefrótica, disproteinemias, doenças hepáticas obstrutivas, outras terapias medicamentosas, alcoolismo) devem ser descartadas e o perfil lipídico dos níveis de CT, HDL-C e TG deve ser determinado.
1. Acinic é indicado como adjuvante à dieta para reduzir os níveis plasmáticos elevados de colesterol total, LDL-colesterol, apolipoproteína B e triglicerídios, e para aumentar os níveis de HDL-colesterol em pacientes com hipercolesterolemia primária (heterozigótica familiar e não familiar) e dislipidemia mista (Frederickson tipo IIa e IIb; tabela 1), quando a resposta a uma dieta apropriada não foi adequada;
2. Em pacientes com histórico de infarto do miocárdio e hipercolesterolemia, Acinic é indicado para redução do risco de reincidência de infarto do miocárdio não fatal;
3. Em pacientes com histórico de doença arterial coronariana (DAC) e hipercolesterolemia, Acinic, em combinação com uma resina ligante de ácido biliar, é indicado para progressão lenta ou para promover a regressão da doença aterosclerótica;
4. Acinic, em combinação com resina ligante de ácido biliar, é indicado como um adjuvante à dieta para reduzir os níveis elevados de colesterol total e LDL-colesterol em pacientes adultos com hipercolesterolemia primária (tipo IIa; tabela 1), quando a resposta à uma dieta apropriada ou monoterapia com dieta não foram adequadas;
5. Acinic também é indicado como terapia adjunta ao tratamento de pacientes adultos com níveis de triglicerídios séricos muito altos (hiperlipidemia tipo IV e V; tabela 1) que apresentam risco de pancreatites e que não responderam adequadamente a uma tentativa de dieta determinada de controle. Esses pacientes tipicamente têm níveis séricos de triglicerídios acima de 2000 mg/dl e elevações de VLDL-colesterol, assim como quilomicronemia (hiperlipidemia tipo V; tabela 1). Pacientes com triglicerídios plasmáticos ou séricos total abaixo de 1000 mg/dl estão menos propensos ao desenvolvimento de pancreatites. A terapia com Acinic pode ser considerada aos pacientes com elevações de triglicerídios entre 1000 e 2000 mg/dl que tenham histórico de pancreatite ou de dor abdominal recorrente típica ou pancreatite. Alguns pacientes tipo IV com triglicerídios abaixo de 1000 mg/dl podem, por imprudência na dieta ou alcoolismo, converter-se para um padrão tipo V com elevações de triglicerídios acompanhadas de quilomicronemia, mas a influência da terapia com Acinic no risco de pancreatite nessas situações não foi adequadamente estudada. A terapia medicamentosa não é indicada a pacientes com hiperlipoproteinemia tipo I, que apresentam elevações de quilomicrons e triglicerídios plasmáticos, mas que tenham níveis normais de VLDL-colesterol. A inspeção do plasma refrigerado por 14 horas é útil na distinção da hiperlipoproteinemia tipo I, IV e V.Contra-indicações
Acinic é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula, pacientes com disfunções hepáticas inexplicadas ou significantes, em caso de úlcera péptica ativa ou sangramento arterial.Advertências
Gerais - Antes de iniciar a terapia com Acinic, deve-se dar atenção para o controle da hiperlipidemia com uma dieta apropriada, exercícios e redução de peso em pacientes obesos e para tratar outros problemas médicos subjacentes.
Pacientes com histórico de icterícia, doenças hepatobiliares ou úlcera péptica devem ser observados com atenção durante a terapia com Acinic. Monitorização freqüente dos testes de função hepática e glicose sangüínea deve ser realizada para assegurar que a droga não está produzindo efeitos adversos nesses órgãos. Pacientes diabéticos podem experimentar um aumento de intolerância à glicose relacionado à dose. A significância clínica deste dado não foi elucidada. Pacientes diabéticos ou potencialmente diabéticos devem ser observados atentamente. O ajuste da dieta e/ou terapia pode ser necessária.
Deve ser usado com cautela em pacientes com angina instável ou na fase aguda do infarto do miocárdio, particularmente quando esses pacientes também recebem drogas vasoativas como nitratos, bloqueadores de canais de cálcio ou agentes bloqueadores adrenérgicos.
Níveis elevados de ácido úrico têm ocorrido em terapia com ácido nicotínico, embora seja usado com cautela em pacientes predispostos à gota.
O ácido nicotínico tem sido associado a reduções pequenas relacionadas à dose, mas estatisticamente significantes, da contagem de plaquetas (média de 11% com 2000 mg). Além disso, o ácido nicotínico tem sido associado a aumentos pequenos, mas estatisticamente significantes, do tempo de protrombina (média de aproximadamente + 4%); conseqüentemente, pacientes submetidos à cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados. Recomenda-se cautela na administração concomitante com anticoagulantes; o tempo de protrombina e a contagem de plaquetas deve ser monitorizado nesses pacientes.
Em estudos controlados com placebo, o ácido nicotínico foi associado a reduções pequenas, mas estatisticamente significantes, dos níveis de fósforo relacionados à dose (média de 13% com 2000 mg). Embora essas reduções tenham sido transitórias, os níveis de fósforo devem ser monitorizados periodicamente em pacientes com risco de hipofosfatemia.
Acinic não deve ser substituído por doses equivalentes de formas de liberação imediata (cristalina) de ácido nicotínico. Pacientes que estejam substituindo o ácido nicotínico de liberação imediata por Acinic devem iniciar a terapia com baixas doses (por exemplo: 500 mg à noite, antes de deitar), a dose deve ser titulada até atingir a resposta terapêutica desejada.
Disfunção hepática: Casos graves de toxicidade hepática, incluindo necrose hepática fulminante, têm ocorrido em pacientes que substituíram ácido nicotínico na forma de liberação controlada (liberação modificada, tempo de liberação) pelas formas de liberação imediata (cristalina) em doses equivalentes.
Acinic deve ser usado com cautela em pacientes que consomem quantidades substanciais de álcool e/ou com histórico de doença hepática. Doenças hepáticas ativas ou elevações de transaminases inexplicadas são contra-indicações para o uso.
Preparações de ácido nicotínico, assim como outras terapias de redução de lipídios, foram associadas a alterações de testes hepáticos como elevações nos níveis de transaminases. Em estudos clínicos controlados por placebo e estudos de longa duração, as elevações nas transaminases não mostraram estar associadas à duração do tratamento. Elevações dos níveis de transaminases séricas (AST) não pareceram estar relacionadas à dose. Elevações nas transaminases foram reversíveis com a descontinuação do medicamento.
Testes hepáticos devem ser realizados em todos os pacientes durante a terapia com Acinic. Os níveis de transaminases séricas, incluindo TGO e TGP, devem ser monitorizados antes do início do tratamento, a cada 6 a 12 semanas no primeiro ano e periodicamente posteriormente (por exemplo: Em intervalos de cerca de 6 meses). Atenção especial deve ser dada a pacientes que apresentarem níveis elevados de transaminases séricas. Nesses pacientes, a determinação deve ser feita prontamente e freqüentemente. Se os níveis de transaminases mostrarem evidências de progressão, particularmente se houver aumento de 3 vezes acima do limite normal, que seja persistente, ou se estes sinais estiverem associados a sintomas de náusea, febre e/ou mal-estar, o medicamento deve ser descontinuado.
Músculo esquelético: Casos raros de rabdomiólise foram associados à administração concomitante de ácido nicotínico em doses reguladoras de lipídios (>1g/dia) e inibidores da HMG-CoA redutase. Em caso de terapia combinada com inibidores da HMG-CoA redutase, o médico deverá avaliar cuidadosamente a relação risco/benefício e monitorizar os pacientes, observando os sinais e sintomas de dor muscular ou fraqueza, particularmente durante os meses iniciais de terapia e durante qualquer período de titulação para aumento de dose de ambos os medicamentos. Determinações periódicas de creatina fosfoquinase sérica (CPK) e potássio devem ser consideradas nessas situações, mas não é possível garantir que essa monitorização previna a ocorrência de miopatias graves.Uso na gravidez
Não há estudos de reprodução em animais com o ácido nicotínico. Em caso de gravidez durante o tratamento de hipercolesterolemia primária (tipo IIa ou IIb), o uso de ácido nicotínico deve ser descontinuado. Em caso de tratamento de mulheres com hipertrigliceridemia (tipo IV ou V), deve-se avaliar individualmente a relação risco/benefício para a continuação do tratamento.
Lactação - Embora não existam estudos em lactantes, sabe-se que o ácido nicotínico é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco do ácido nicotínico, em doses reguladoras de lipídios, causar reações adversas sérias em lactentes, deve-se avaliar a descontinuação da amamentação ou da droga, levando em consideração a importância do tratamento para a mãe.Reações adversas / Efeitos colaterais
O ácido nicotínico é bem tolerado geralmente. As reações adversas relatadas foram leves e transitórias. Em estudos clínicos controlados com placebo, episódios de rubor (por exemplo: Calor, vermelhidão, prurido e/ou formigamento) foram os eventos adversos mais comuns emergentes no tratamento com ácido nicotínico de liberação prolongada (relatado em cerca de 88% dos pacientes). Relatos expontâneos sugerem que rubor pode ser acompanhado de sintomas como vertigem, taquicardia, palpitações, encurtamento da respiração, sudorese, calafrio e/ou edema, que em raros casos leva à síncope. Em comparações de formas de liberação imediata de ácido nicotínico com o produto de liberação prolongada, embora a proporção de pacientes que apresentaram rubor tenha sido semelhante, foram relatados menos episódios de rubor por pacientes que receberam ácido nicotínico de liberação prolongada. Os seguintes eventos adversos foram relatados para produtos à base de ácido nicotínico durante estudos clínicos ou na prática clínica:
Corpo: Edema, astenia, calafrio.
Cardiovascular: Fibrilação atrial e outras arritmias cardíacas, taquicardia, palpitações, ortostasia, síncope, hipotensão.
Olhos: Ambliopia tóxica, edema macular cistóide.
Gastrintestinal: Ativação de úlcera péptica e ulceração péptica, icterícia.
Metabólico: Diminuição de tolerância à glicose, gota.
Músculo-esquelético: Mialgia.
Nervoso: Vertigem, insônia.
Pele: Hiperpigmentação, exantema maculopapular, ceratose nigricante, urticária, ressecamento da pele e sudorese.
Outros: Enxaqueca.Posologia
Acinic deve ser administrado à noite, antes de deitar-se, após a ingestão de um alimento com baixo teor de gordura, como, por exemplo: um iogurte desnatado, uma maçã ou uma bolacha água e sal com leite desnatado. As doses devem ser individualizadas de acordo com a resposta do paciente. A terapia com Acinic deve ser iniciada com 500 mg, antes de deitar-se, para reduzir a incidência e a gravidade de efeitos colaterais que podem ocorrer no início da terapia. A tabela a seguir mostra o escalonamento de dose recomendado.
Semana(s) Dose diária Dose
esquema de titulação 1 a 4 500 mg 1 comprimido 500 mg antes de deitar-se
inicial 5 a 8 1.000 mg 2 comprimidos 500 mg antes de deitar-se
A seguir - 1.500 mg 2 comprimidos 750 mg antes de deitar-se
ou 3 comprimidos 500 mg antes de deitar-se
Dose máxima - 2.000 mg 4 comprimidos 500 mg antes de deitar-se
* Após a oitava semana, titular até a resposta e tolerância do paciente. Se a resposta à dose diária de 1.000 mg for inadequada, aumentar a dose para 1.500 mg por dia, podendo aumentar a dose subseqüentemente para 2.000 mg por dia. A dose diária não deve ser aumentada mais que 500 mg em um período de 4 semanas e doses acima de 2.000 mg por dia não são recomendadas. Mulheres podem responder a doses mais baixas que os homens.
Dose de manutenção — A dose diária não deve ser aumentada mais que 500 mg dentro de um período de 4 semanas. A dose de manutenção recomendada é de 1.000 mg (2 comprimidos de 500 mg) a 2.000 mg (4 comprimidos de 500 mg), uma vez ao dia, antes de deitar-se. Doses maiores que 2.000 mg por dia não são recomendadas. Mulheres podem responder a doses menores que os homens. Se a resposta lipídica a Acinic sozinha não for suficiente, ou se doses mais altas não forem bem toleradas, alguns pacientes podem ser beneficiados pela terapia combinada com resinas ligantes de ácidos biliares ou inibidores da HMG-CoA redutase. O efeito de rubor na pele pode ser reduzido em freqüência ou gravidade pelo tratamento prévio com ácido acetilsalicílico (administrado 30 minutos antes da dose) ou outro antiinflamatório não-esteróide. A tolerância ao rubor desenvolve-se rapidamente ao longo de várias semanas. Rubor, prurido e distúrbios gastrintestinais também são bastante reduzidos pelo aumento lento da dose de ácido nicotínico e evitando-se a ingestão com o estômago vazio. Acinic não deve ser substituído por doses equivalentes de formas de liberação prolongada (liberação modificada, liberação controlada) ou imediata (cristalina) de ácido nicotínico. Pacientes previamente tratados com outros produtos à base de ácido nicotínico devem iniciar o tratamento conforme o esquema de titulação inicial de dose recomendado. A dose deve ser individualizada de acordo com a resposta do paciente. Se a terapia com Acinic for interrompida por um longo período, a reinstituição da terapia deve incluir a fase de titulação. Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros e não devem ser quebrados, triturados ou mastigados antes de engolirInformações
O medicamento atua no organismo após a conversão do ácido nicotínico em dinucleotídeo de adenina nicotinamida (NAD) no sistema da coenzima NAD. O ácido nicotínico ou niacina (e não a nicotinamida), nas doses preconizadas, reduz o colesterol total (CT), o colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) e triglicerídios (TG); aumenta o colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-C). A magnitude de respostas de lipídio e lipoproteína individual pode ser influenciada pela gravidade e tipo de anormalidade lipídica. O aumento de HDL-C total está associado com um aumento de apolipoproteína A-I (Apo A-I) e a uma variação na distribuição das subfrações HDL. Estas variações incluem um aumento na razão HDL2/HDL3 e uma elevação na lipoproteína A-I (LP A-I e partícula HDL contendo apenas Apo A-I). O tratamento com ácido nicotínico também diminui os níveis séricos de apolipoproteína B-100 (Apo B), o componente proteico principal das frações de lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) e LDL e de LP (a), uma forma variante de LDL independentemente associada com risco coronário. Além disso, relatórios preliminares sugerem que o ácido nicotínico causa transformações favoráveis no tamanho da partícula de LDL, entretanto, a relevância clínica deste efeito ainda requer investigações mais aprofundadas.
O mecanismo pelo qual o ácido nicotínico altera o perfil lipídico não foi bem definido, podendo envolver várias ações como inibição parcial da liberação de ácidos graxos livres do tecido adiposo e aumento da atividade da lipase lipoproteica, que pode aumentar a taxa de remoção de quilomicrons de triglicerídios do plasma. O ácido nicotínico diminui a taxa de síntese hepática de VLDL e TG e não parece afetar a excreção fecal de gorduras, esteróis e ácidos biliares.ntretanto, a relevância clínica deste efeito ainda requer investigações mais aprofundadas.
O mecanismo pelo qual o ácido nicotínico altera o perfil lipídico não foi bem definido, podendo envolver várias ações como inibição parcial da liberação de ácidos graxos livres do tecido adiposo e aumento da atividade da lipase lipoproteica, que pode aumentar a taxa de remoção de quilomicrons de triglicerídios do plasma. O ácido nicotínico diminui a taxa de síntese hepática de VLDL e TG e não parece afetar a excreção fecal de gorduras, esteróis e ácidos biliares.