Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Pfizer

Apresentação

Comp. rev. emb. c/28 de 10mg e 20mg.

Indicações

Hipertensão: Accupril (cloridrato de quinapril) é indicado para o tratam. da hipertensão. Accupril (cloridrato de quinapril) é eficaz como monoterapia ou quando usado concomitantemente c/ diuréticos tiazídicos ou c/ betabloqueadores em pacientes hipertensos. Insuficiência cardíaca congestiva: Accupril (cloridrato de quinapril) é eficaz no tratam. da insuficiência cardíaca congestiva quando usado concomitantemente c/ um diurético e/ou glicosídeo cardíaco.

Contra-indicações

Accupril (cloridrato de quinapril) é contra-indicado para pacientes que apresentam hipersensibilidade ao produto e para pacientes c/ histórico de angioedema relacionado a tratam. prévio c/ inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA). Não foi avaliada a sensibilidade cruzada c/ outros inibidores da ECA.

Advertências

Angioedema foi relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA, inclusive em 0,1% dos pacientes recebendo Accupril® (cloridrato de quinapril). Caso ocorra estridor laríngeo ou angioedema de face, de língua ou edema de glote, o tratamento com Accupril® deve ser imediatamente descontinuado. O paciente deve ser tratado apropriadamente de acordo com os cuidados médicos necessários e cuidadosamente monitorado até o desaparecimento do edema. Nas situações em que o edema estiver restrito à face e aos lábios, essa condição geralmente é resolvida sem tratamento; fármacos anti-histamínicos podem ser úteis para aliviar estes sintomas. Angioedema associado com envolvimento laríngeo pode ser fatal. Quando ocorrer envolvimento da língua, glote ou laringe a ponto de causar obstrução das vias aéreas, deve-se administrar imediatamente o tratamento de emergência apropriado, incluindo o tratamento com solução de adrenalina (epinefrina) 1:1000 (0,3 a 0,5 mL) por via subcutânea sem se limitar apenas a esse. Foi relatado que a incidência de angioedema em pacientes da raça negra recebendo tratamento com inibidores da ECA é mais alta quando comparada a pacientes de outras raças. Também deve ser observado que nos estudos clínicos controlados, os inibidores da ECA apresentaram menor efeito sobre a pressão arterial em pacientes da raça negra quando comparados a pacientes de outras raças. A incidência de angioedema em pacientes da raça negra e outras raças durante o tratamento com Accupril® foi calculada em dois grandes estudos clínicos abertos, avaliando a eficácia® na manutenção da hipertensão. Em um estudo onde 1656 pacientes da raça negra e 10583 pacientes não pertencentes à raça negra foram avaliados, a incidência de angioedema, independentemente da associação ao tratamento com Accupril®, foi de 0,3% em pacientes da raça negra e 0,39% em pacientes não pertencentes à raça negra. Em outro estudo, (1443 pacientes da raça negra e 9300 pacientes não pertencentes à raça negra), a incidência de angioedema foi de 0,55% em pacientes da raça negra e 0,17% em pacientes não pertencentes à raça negra. Angioedema intestinal foi relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA. Estes pacientes apresentaram dor abdominal (com ou sem náusea ou vômito); em alguns casos não houve histórico de angioedema facial e os níveis de esterase C-1 estavam normais. O angioedema foi diagnosticado por procedimentos incluindo ultra-som ou tomografia computadorizada do abdômen, ou durante cirurgia e os sintomas foram resolvidos após suspensão do inibidor da ECA. Angioedema intestinal deve ser incluído no diagnóstico diferencial dos pacientes sob tratamento com inibidores da ECA apresentando dores abdominais. Pacientes com histórico de angioedema não relacionado à terapia com inibidor da ECA podem ter um risco maior de apresentar angioedema quando receberem um inibidor da ECA. Reações Anafilactóides Dessensibilização: pacientes recebendo inibidores da ECA durante tratamento de dessensibilização com veneno de insetos heminópteros, experimentaram reações anafilactóides com risco de vida. Nos mesmos pacientes estas reações foram evitadas quando inibidores da ECA foram temporariamente suspensos, mas reapareceram após reexposição inadvertida. Aférese para LDL: pacientes sob aférese para lipoproteínas de baixa densidade com absorção de sulfato de dextrana, quando tratados concomitantemente a um inibidor da ECA apresentaram reações anafilactóides. Hemodiálise: evidências clínicas mostraram que pacientes submetidos à hemodiálise, onde foram utilizadas certas membranas de alto fluxo (como as de poliacrilonitrila), podem comumente apresentar reações anafilactóides com o tratamento concomitante aos inibidores da ECA. Essa combinação deve ser evitada, ou pelo uso de fármacos antihipertensivos alternativos ou pelo uso de membranas alternativas para hemodiálise. Hipotensão Hipotensão sintomática foi raramente observada em pacientes com hipertensão nãocomplicada, tratados com Accupril®. No entanto, a hipotensão é uma conseqüência possível da terapia de inibição da ECA em pacientes com depleção de sal/volume, tais como os previamente tratados com diuréticos e que tenham restrição de sal na dieta ou que estejam em diálise. Os pacientes que já estejam fazendo uso de um diurético, quando for iniciado o tratamento com Accupril® podem desenvolver hipotensão sintomática. Nos pacientes que estejam recebendo diurético é importante, se possível, interromper o diurético por 2 a 3 dias antes de iniciar o tratamento com Accupril®. Se a pressão arterial não for controlada somente com Accupril®, o tratamento diurético deve ser retomado. Se não for possível suspender o tratamento diurético, deve-se iniciar o tratamento com Accupril® com baixa dosagem (vide “Interações Medicamentosas”). Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva que apresentarem risco de hipotensão excessiva, o tratamento com Accupril® deve ser iniciado nas doses recomendadas e mantidos sob estrita supervisão médica; esses pacientes devem ser acompanhados cuidadosamente durante as primeiras duas semanas de tratamento e todas as vezes que a dose® for aumentada. Se ocorrer hipotensão sintomática, o paciente deve ser colocado em decúbito dorsal horizontal e, se necessário, receber uma infusão intravenosa de solução salina normal. Uma resposta hipotensiva transitória não é uma contra-indicação para doses adicionais, entretanto, se tal fato ocorrer, deve-se considerar uma redução na dose® ou qualquer tratamento diurético concomitante. Neutropenia/agranulocitose Os inibidores da ECA raramente foram associados com agranulocitose e depressão da medula óssea em pacientes com hipertensão não-complicada, mas mais freqüentemente em pacientes com insuficiência renal, especialmente se também forem portadores de vasculite por colagenose. Raramente foi relatada agranulocitose durante o tratamento com Accupril®. Assim como ocorre com outros inibidores da ECA, deve-se considerar o monitoramento da contagem de leucócitos em pacientes portadores de vasculite por colagenoses e/ou doenças renais. Mortalidade e morbidade fetal/neonatal Vide “Uso Durante a Gravidez e Lactação”. Insuficiência renal Como conseqüência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, alterações na função renal podem ser antecipadas em indivíduos suscetíveis. Em pacientes com insuficiência cardíaca grave cuja função renal possa depender da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o tratamento com inibidores da ECA, incluindo Accupril®, pode estar associado com oligúria e/ou azotemia progressiva e raramente insuficiência renal aguda e/ou morte (vide “Reações Adversas”). A meia-vida do quinaprilato é prolongada à medida que o clearance de creatinina é reduzido. Pacientes com clearance de creatinina abaixo de 60 mL/min necessitam de doses iniciais menores® (vide “Posologia”). A dose nestes pacientes deve ser aumentada de acordo com a resposta terapêutica, e a função renal deve ser cuidadosamente monitorada, embora estudos iniciais não indiquem que Accupril® produza deterioração da função renal. Alguns pacientes com hipertensão ou insuficiência cardíaca sem pré-existência aparente de doença vascular renal desenvolveram aumentos nos níveis de uréia e creatinina séricas, geralmente leves e de caráter transitório, especialmente quando Accupril® foi administrado concomitantemente a um diurético. Isso tem maior probabilidade de ocorrer em pacientes com insuficiência renal pré-existente. Pode ser necessário reduzir a dose e/ou descontinuar o diurético e/ou Accupril®. Nos estudos clínicos em pacientes hipertensos com estenose uni ou bilateral da artéria renal, foram observados em alguns pacientes, após o tratamento com inibidores da ECA, aumentos de uréia no sangue e creatinina sérica, estas elevações foram quase sempre reversíveis após descontinuação do inibidor da ECA e/ou tratamento com diurético. Nesses pacientes, a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento (vide “Reações Adversas”). Insuficiência hepática Accupril® quando associado a um diurético deve ser utilizado com cautela por pacientes com insuficiência hepática ou doença hepática progressiva uma vez que pequenas alterações de volume e balanço eletrolítico podem provocar coma hepático. A metabolização do quinapril a quinaprilato é normalmente dependente de esterase hepática. Concentrações de quinaprilato são reduzidas em pacientes com cirrose alcoólica devido à desesterificação deficiente do quinapril. Hipercalemia e diuréticos poupadores de potássio Como ocorre com outros inibidores da ECA, pacientes que utilizam Accupril® isoladamente podem ter seus níveis séricos de potássio aumentados. Quando administrados concomitantemente, Accupril® pode reduzir a hipocalemia induzida pelos diuréticos tiazídicos. Accupril® não foi estudado em tratamento concomitante a diuréticos poupadores de potássio. Devido ao risco de aumentos maiores nos níveis de potássio sérico, aconselhase iniciar o tratamento com precaução e monitorar cuidadosamente os níveis séricos de potássio do paciente, se a associação terapêutica com diuréticos poupadores de potássio for indicada (vide “Hipotensão” e “Interações Medicamentosas”). Hipoglicemia e diabetes Os inibidores da ECA foram associados com hipoglicemia em pacientes diabéticos utilizando insulina ou agentes hipoglicemiantes orais. Pode ser necessário monitoramento cuidadoso dos pacientes diabéticos. Tosse Tem sido relatada tosse com o uso de inibidores da ECA, incluindo o quinapril, caracteristicamente a tosse é não-produtiva, persistente e é resolvida após a descontinuação da terapia. A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser considerada quando se realizar o diagnóstico diferencial da tosse. Cirurgia/anestesia Accupril® deve ser empregado com precaução quando os pacientes forem submetidos a cirurgias de grande porte ou anestesia, pois foi demonstrado que os inibidores da ECA podem bloquear a formação de angiotensina II, secundariamente à liberação compensatória de renina. Isto pode levar à hipotensão, que pode ser corrigida por expansão de volume.

Uso na gravidez

Accupril® é contra-indicado durante a gravidez (vide “Contra-indicações”). Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal e neonatal quando administrados às gestantes. Se ocorrer gravidez enquanto a paciente estiver recebendo Accupril®, o tratamento deve ser descontinuado. Crianças expostas aos inibidores da ECA durante a gravidez, podem tem um risco aumentado para mal-formações do sistema cardiovascular e sistema nervoso central. Também foram relatados casos de prematuridade, hipotensão, distúrbios do sistema renal (incluindo insuficiência renal, hipoplasia craniana, oligohidrâmnio, contraturas dos membros, deformidades crânio-faciais, desenvolvimento pulmonar hipoplásico e retardo do crescimento intra-uterino, duto arterioso evidente, morte fetal e/ou morte do recém-nascido em associação com o uso maternal de inibidores da ECA As pacientes e os médicos devem estar atentos para o fato de que o oligohidrâmnio pode não aparecer até que já tenha ocorrido lesão irreversível ao feto. Crianças que foram expostas intra-uterinamente aos inibidores da ECA devem ser cuidadosamente observadas para avaliação de hipotensão, oligúria e hipercalemia. Se ocorrer oligúria, a atenção deve ser direcionada para a manutenção da pressão arterial e da perfusão renal. Accupril® é classificado na categoria C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro trimestres) de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. Os inibidores da ECA, incluindo Accupril® são secretados no leite materno em proporções limitadas. Devido a este fato, devem ser tomadas precauções ao administrar Accupril® a lactantes.

Interações medicamentosas

Tetraciclina e outros fármacos que interagem com magnésio: a administração concomitante de quinapril e tetraciclina reduziu a absorção desta última em voluntários sadios em aproximadamente 28% a 37%. A diminuição da absorção de tetraciclina deve-se à presença de carbonato de magnésio, utilizado como excipiente na formulação® (cloridrato de quinapril). Esta interação deve ser levada em consideração se Accupril® e tetraciclina forem prescritos para uso concomitante. Lítio: foi relatado aumento nos níveis séricos de lítio e sintomas de toxicidade ao lítio em pacientes sob tratamento concomitante de lítio e um inibidor da ECA, devido à perda de sódio promovida por esses agentes. O quinapril e o lítio devem ser co-administrados com precaução e são recomendados monitoramentos freqüentes dos níveis séricos de lítio. Se também for utilizado um diurético, pode haver aumento do risco de toxicidade pelo lítio. Outros agentes: não ocorreram interações farmacocinéticas importantes quando Accupril® foi administrado concomitantemente a propranolol, hidroclorotiazida, digoxina ou cimetidina. O efeito anticoagulante de uma dose única de varfarina (quantificado pelo tempo de protrombina) não foi significativamente alterado pela co-administração® 2 vezes por dia. A co-administração de doses múltiplas de 10 mg de atorvastatina com 80 mg de quinapril resultou em alteração significativa nos parâmetros farmacocinéticos da atorvastatina no estado de equilíbrio. Terapia concomitante a diuréticos: assim como ocorre com outros inibidores da ECA, pacientes que estejam fazendo uso de diuréticos, especialmente aqueles em que a terapia diurética tenha sido instituída recentemente, podem ocasionalmente sofrer uma redução excessiva da pressão arterial após o início da terapia com Accupril®. Efeitos hipotensivos após a primeira dose® podem ser minimizados descontinuando-se o diurético por alguns dias antes de se iniciar o tratamento. Se não for possível descontinuar o diurético, a dose inicial de Accupril® pode ser reduzida. Em pacientes nos quais o diurético for mantido, o médico poderá observar o paciente por até duas horas após a dose inicial® (vide “Advertências e Precauções” e “Posologia”). Agentes que aumentam os níveis de potássio sérico: o quinapril é um inibidor de enzima conversora de angiotensina capaz de diminuir os níveis de aldosterona, podendo resultar em uma retenção de potássio. Portanto, a terapia concomitante® e diuréticos poupadores de potássio (por ex., espironolactona, triantereno ou amilorida), suplementações de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, deve ser utilizada com cuidado e com monitoração apropriada do potássio sérico (vide “Advertências e Precauções”).

Reações adversas / Efeitos colaterais

A segurança (cloridrato de quinapril) foi avaliada em 4960 indivíduos, mostrando ser bem tolerado. Destes, 3203 pacientes incluindo 655 idosos participaram de estudos clínicos controlados. Accupril foi avaliado quanto à segurança a longo prazo em mais de 1400 pacientes tratados por um ano ou mais. As reações adversas foram geralmente de natureza leve e transitórias. As reações adversas mais freqüentemente observadas durante os estudos clínicos controlados foram cefaléia (7,2%), tontura (5,5%), tosse (3,9%), fadiga (3,5%), rinite (3,2%), naúseas e/ou vômitos (2,8%) e mialgia (2,2%). Foi observado que, caracteristicamente, a tosse é não-produtiva, persistente e desaparece após a descontinuação da terapia. A descontinuação do tratamento por causa de reações adversas foi necessária em 5,3% dos pacientes tratados com Accupril nos estudos clínicos controlados. A tabela abaixo mostra as reações adversas que ocorreram em 1% ou mais dos 3203 pacientes nos estudos clínicos controlados tratados com Accupril, associado ou não a um diurético. A incidência de reações adversas em um subgrupo de 655 pacientes com 65 anos ou mais é apresentada para comparação. Também é apresentado um subgrupo de 2005 pacientes, nos estudos controlados, tratados apenas com Accupril como monoterapia para hipertensão. (continua...)

Posologia

Hipertensão. Monoterapia: a dose inicial recomendada (cloridrato de quinapril) em pacientes que não estejam utilizando diuréticos é de 10 ou 20mg/dia. Dependendo da resposta clínica, a dose pode ser ajustada (dobrando-se a dose) para uma dose de manutenção de 20 a 40mg/dia, administrados em dose única ou podendo ser divididos em duas tomadas. Geralmente os ajustes de dose devem ser feitos em intervalos de quatro semanas. O controle a longo prazo é mantido em muitos pacientes em regime de dose única diária. Têm sido empregadas doses de até 80mg diários em alguns pacientes. Uso concomitante c/ diuréticos: nos pacientes que devem continuar o tratam. c/ diuréticos, a dose inicial recomendada (cloridrato de quinapril) é de 5mg, e deve ser subseqüentemente ajustada (conforme descrito adiante) até a obtenção da resposta ótima (vide Interações). Insuficiência renal: os dados cinéticos indicam que a meia-vida aparente de eliminação do quinaprilat aumenta à medida em que diminui o clearance de creatinina. As doses iniciais recomendadas baseadas em dados clínicos e farmacocinéticos de pacientes c/ insuficência renal são: A idade, isoladamente, não parece afetar o perfil de eficácia ou segurança (cloridrato de quinapril). Portanto, a dose inicial recomendada (cloridrato de quinapril) em pacientes idosos é de 10mg, administrados uma vez ao dia, seguido de ajuste posológico até obtenção de resposta ótima. Insuficiência cardíaca congestiva: Accupril (cloridrato de quinapril) é indicado como tratam. coadjuvante c/ diuréticos e/ou glicosídeos cardíacos. A dose inicial recomendada a pacientes c/ insuficiência cardíaca congestiva é de 5mg uma ou duas vezes ao dia, após quais o paciente deve ser cuidadosamente monitorado c/ relação à hipotensão sintomática. Se a dose inicial (cloridrato de quinapril) for bem tolerada, a dose individual pode ser ajustada até uma dose efetiva, usualmente 10 a 40mg/dia divididos em duas doses iguais, c/ terapia concomitante. Insuficiência renal: dados cinéticos indicam que a eliminação (cloridrato de quinapril) é dependente do nível da função renal. A dose inicial recomendada (cloridrato de quinapril) é de 5mg em pacientes c/ um clearance de creatinina acima de 30ml/min e 2,5mg em pacientes c/ um clearance de creatinina menor que 30ml/min. Se a dose inicial for bem tolerada, Accupril (cloridrato de quinapril) pode ser administrado a partir do dia seguinte em um regime de duas vezes ao dia. Não ocorrendo hipotensão excessiva ou deterioração significativa da função renal, a dose pode ser aumentada em intervalos semanais, baseando-se em respostas clínicas e hemodinâmicas.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas O cloridrato de quinapril é o sal de quinapril, éster-etila de um inibidor não-sulfidrílico da enzima conversora da angiotensina (ECA), o quinaprilato. A administração de 10 a 40 mg de quinapril a pacientes com hipertensão de grau leve a moderado, resulta na redução da pressão arterial nos pacientes tanto na posição sentada como na posição em pé, com um efeito mínimo sobre a freqüência cardíaca. A atividade antihipertensiva inicia-se dentro de uma hora, alcançando o pico normalmente entre duas a quatro horas após a administração. Em alguns pacientes podem ser necessárias duas semanas de tratamento para atingir os efeitos máximos de redução da pressão arterial. Nas doses recomendadas, os efeitos anti-hipertensivos são mantidos, na maioria dos pacientes, ao longo do intervalo posológico de 24 horas e continuam durante o tratamento a longo prazo. Os estudos hemodinâmicos em pacientes com hipertensão indicam que a redução da pressão arterial produzida pelo quinapril é acompanhada por uma redução na resistência periférica total e na resistência vascular renal, com pouca ou nenhuma alteração na freqüência cardíaca, no índice cardíaco, no fluxo sangüíneo renal, na taxa de filtração glomerular ou na fração de filtração. A terapia concomitante a diuréticos do tipo tiazídicos e/ou adição de terapia com agentes betabloqueadores aumentam os efeitos anti-hipertensivos do quinapril, possibilitando um efeito de diminuição da pressão sangüínea maior do que aquele observado com o uso desses agentes isoladamente. Os efeitos terapêuticos parecem ser os mesmos para pacientes idosos (65 anos ou mais) e para pacientes adultos mais jovens, medicados com a mesma dose diária, sem aumento na incidência de reações adversas em pacientes idosos. A administração de quinapril a pacientes com insuficiência cardíaca congestiva reduz a resistência vascular periférica, a pressão arterial média, a pressão sistólica e a diastólica, a pressão capilar pulmonar e aumenta o débito cardíaco. Em 149 pacientes que passaram por uma cirurgia de revascularização coronária eletiva, o tratamento com Accupril® (cloridrato de quinapril) 40 mg reduziu a incidência de eventos isquêmicos pós-cirurgia, comparado ao placebo, durante um ano de acompanhamento. Accupril® melhorou a disfunção endotelial verificada em artérias coronárias e braquiais em pacientes com doença arterial coronária (DAC) mas sem manifestação de hipertensão ou insuficiência cardíaca. O quinapril melhora a disfunção endotelial por mecanismos que levam ao aumento da disponibilidade do óxido nítrico. A disfunção endotelial é considerada um mecanismo fisiopatológico importante e fundamental na DAC. O significado clínico dessa melhora na disfunção endotelial ainda não foi estabelecido. Mecanismo de Ação Quinapril é rapidamente desesterificado a quinaprilato (sendo seu principal metabólito o diácido quinapril) o qual, nos estudos em humanos e animais, é um potente inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA). A ECA é uma peptidil dipeptidase que catalisa a conversão da angiotensina I para a vasoconstritora angiotensina II, que está envolvida no controle e na função vascular por meio de vários mecanismos diferentes, incluindo estimulação da secreção de aldosterona pelo córtex adrenal. O modo de ação do quinapril em seres humanos e em animais é inibir a atividade da ECA circulante e tissular, diminuindo desse modo a atividade vasopressora e a secreção de aldosterona. A remoção do feedback negativo da angiotensina II na secreção de renina conduz a um aumento da atividade da renina plasmática (ARP). Além do principal mecanismo de ação anti-hipertensiva ser através do sistema reninaangiotensina- aldosterona, o quinapril exerce ações anti-hipertensivas também em pacientes hipertensos com renina baixa. A monoterapia com o quinapril foi um tratamento antihipertensivo eficaz em todas as raças estudadas, apesar de ter sido menos eficaz em pacientes da raça negra (um grupo que apresenta, predominantemente, baixos níveis de renina) quando comparado a pacientes de outras raças. A ECA é idêntica à cininase II, uma enzima que degrada a bradicinina, um potente peptídeo vasodilatador. Ainda não foi elucidado se um aumento nos níveis de bradicinina contribui para o efeito terapêutico de quinapril. Nos estudos em animais, o efeito anti-hipertensivo de quinapril excede o seu efeito inibitório sobre ECA circulante, enquanto que a inibição da ECA tissular está mais intimamente relacionada com a duração de seus efeitos anti-hipertensivos. Os inibidores da ECA, incluindo quinapril, podem aumentar a sensibilidade à insulina. Propriedades Farmacocinéticas Após administração oral, picos de concentração plasmática de quinapril são observados dentro de uma hora. Com base na recuperação de quinapril e seus metabólitos na urina, a absorção é de aproximadamente 60%. Trinta e oito por cento da administração oral de quinapril está sistemicamente disponível sob a forma de quinaprilato. A meia-vida plasmática aparente do quinapril é de aproximadamente uma hora. Os picos de concentrações plasmáticas do quinaprilato são observados aproximadamente duas horas após a administração oral de quinapril. O quinaprilato é eliminado principalmente por excreção renal e apresenta uma meiavida de acumulação efetiva de cerca de três horas. Aproximadamente 97% do quinapril ou do quinaprilato circulantes no plasma ligam-se às proteínas. Nos pacientes com insuficiência renal, a meia-vida de eliminação aparente do quinaprilato aumenta conforme a diminuição do clearance de creatinina. Estudos farmacocinéticos em pacientes com doença renal em estágio terminal, submetidos à hemodiálise crônica ou à diálise peritoneal contínua em ambulatório, indicam que a diálise tem pouco efeito na eliminação do quinapril e do quinaprilato. Existe uma correlação linear entre o clearance do quinaprilato plasmático e o clearance da creatinina. A eliminação do quinaprilato também está reduzida em pacientes idosos (de 65 anos ou mais), e está bem correlacionada com seus níveis de função renal (vide “Posologia”). Os estudos em ratos indicam que o quinapril e seus metabólitos não cruzam a barreira hematoencefálica. Farmacocinética em Pacientes Idosos Pacientes idosos apresentaram aumento de AUC e nos picos de quinaprilato comparado aos valores observados em pacientes mais jovens; isto parece estar relacionado a um decréscimo da função renal, ao invés da idade por si só. Em estudos controlados e não-controlados nos quais 21% dos pacientes tinham 65 anos ou mais, não foram observadas diferenças globais na eficácia ou na segurança do tratamento entre pacientes idosos e jovens. Contudo, não pode ser descartada a maior sensibilidade de alguns indivíduos mais idosos. Dados de Segurança Pré-Clínicos Carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade Accupril® não foi carcinogênico em camundongos ou ratos quando administrado em doses de até 75 ou 100 mg/kg/dia (50 a 60 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos, respectivamente), por 104 semanas. Tanto o quinapril como o quinaprilato não se mostraram mutagênicos no teste bacteriano de Ames, com ou sem ativação metabólica. Quinapril também mostrou os seguintes testes negativos de toxicologia genética: mutação in vitro em célula de mamífero, troca de cromátides irmãs em cultura de células de mamíferos, teste de micronúcleo em camundongos, aberração cromossômica in vitro com células pulmonares V79 em meio de cultura e um estudo citogenético in vivo com medula óssea de rato. Não houve efeitos adversos na fertilidade ou na reprodução de ratas com doses de até 100 mg/kg/dia (60 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos). Não foram observados efeitos fetotóxicos ou teratogênicos em ratos que receberam doses de quinapril de até 300 mg/kg/dia (180 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos), apesar da toxicidade materna com a dose de 150 mg/kg/dia. O peso da ninhada foi reduzido em ratas tratadas no final da gestação e durante a lactação com doses de 25 mg/kg/dia ou mais. Quinapril não foi teratogênico em coelhas, entretanto, como notado com outros inibidores da ECA, foi observada toxicidade materna e embriotoxicidade em algumas coelhas que receberam doses de apenas 0,5 mg/kg/dia e 1 mg/kg/dia, respectivamente.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em Pacientes Idosos A idade, isoladamente, não parece afetar o perfil de eficácia e segurança®. Portanto, a dose inicial recomendada® em pacientes idosos é de 10 mg, administrados uma vez ao dia, seguido de ajuste posológico até obtenção de resposta ótima. Uso em Crianças A segurança e eficácia® em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.

Armazenagem

Accupril® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.

Informações

Quinapril é rapidamente desesterificado a quinaprilate (sendo seu principal metabólito o diácido quinapril) o qual, nos estudos em humanos e animais, é um potente inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA). A ECA é uma peptidil dipeptidase que catalisa a conversão da angiotensina I para a vasoconstritora angiotensina II, que está envolvida no controle e na função vascular por meio de vários mecanismos diferentes, incluindo estimulação da secreção de aldosterona pelo córtex adrenal. O quinapril inibe, em seres humanos e em animais, a atividade da ECA circulante e tissular, diminuindo desse modo a atividade vasopressora e a secreção de aldosterona. A remoção do feedback negativo da angiotensina II na secreção de renina conduz a um aumento da atividade da renina plasmática (ARP). Além do principal mecanismo de ação anti-hipertensiva, através do sistema renina-angiotensinaaldosterona, o quinapril exerce ações anti-hipertensivas também em pacientes hipertensos com renina baixa. A monoterapia com o quinapril foi eficaz como anti-hipertensiva em todas as raças estudadas, apesar de ter sido menos eficaz em pacientes da raça negra (um grupo que apresenta, predominantemente, baixos níveis de renina) quando comparado com pacientes de outras raças. A ECA é idêntica à cininase II, uma enzima que degrada a bradicinina, um potente peptídeo vasodilatador. Ainda não foi elucidado se um aumento nos níveis de bradicinina contribui para o efeito terapêutico de quinapril. Nos estudos em animais, a duração do efeito anti-hipertensivo de quinapril excede o seu efeito inibitório da ECA circulante, enquanto que a inibição da atividade da ECA tissular está mais intimamente relacionada com a duração de seus efeitos anti-hipertensivos. Os inibidores da ECA, incluindo quinapril, podem aumentar a sensibilidade à insulina.

-hipertensiva em todas as raças estudadas, apesar de ter sido menos eficaz em pacientes da raça negra (um grupo que apresenta, predominantemente, baixos níveis de renina) quando comparado com pacientes de outras raças. A ECA é idêntica à cininase II, uma enzima que degrada a bradicinina, um potente peptídeo vasodilatador. Ainda não foi elucidado se um aumento nos níveis de bradicinina contribui para o efeito terapêutico de quinapril. Nos estudos em animais, a duração do efeito anti-hipertensivo de quinapril excede o seu efeito inibitório da ECA circulante, enquanto que a inibição da atividade da ECA tissular está mais intimamente relacionada com a duração de seus efeitos anti-hipertensivos. Os inibidores da ECA, incluindo quinapril, podem aumentar a sensibilidade à insulina.