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Laboratório
PfizerApresentação
Comp. rev. emb. c/28 de 10mg e 20mg.Indicações
Hipertensão: Accupril (cloridrato de quinapril) é indicado para o tratam. da hipertensão. Accupril (cloridrato de quinapril) é eficaz como monoterapia ou quando usado concomitantemente c/ diuréticos tiazídicos ou c/ betabloqueadores em pacientes hipertensos. Insuficiência cardíaca congestiva: Accupril (cloridrato de quinapril) é eficaz no tratam. da insuficiência cardíaca congestiva quando usado concomitantemente c/ um diurético e/ou glicosídeo cardíaco.Contra-indicações
Accupril (cloridrato de quinapril) é contra-indicado para pacientes que apresentam hipersensibilidade ao produto e para pacientes c/ histórico de angioedema relacionado a tratam. prévio c/ inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA). Não foi avaliada a sensibilidade cruzada c/ outros inibidores da ECA.Advertências
Angioedema foi relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA, inclusive em 0,1%
dos pacientes recebendo Accupril® (cloridrato de quinapril). Caso ocorra estridor laríngeo ou
angioedema de face, de língua ou edema de glote, o tratamento com Accupril® deve ser
imediatamente descontinuado. O paciente deve ser tratado apropriadamente de acordo com
os cuidados médicos necessários e cuidadosamente monitorado até o desaparecimento do
edema. Nas situações em que o edema estiver restrito à face e aos lábios, essa condição
geralmente é resolvida sem tratamento; fármacos anti-histamínicos podem ser úteis para
aliviar estes sintomas. Angioedema associado com envolvimento laríngeo pode ser fatal.
Quando ocorrer envolvimento da língua, glote ou laringe a ponto de causar obstrução das
vias aéreas, deve-se administrar imediatamente o tratamento de emergência apropriado,
incluindo o tratamento com solução de adrenalina (epinefrina) 1:1000 (0,3 a 0,5 mL) por via
subcutânea sem se limitar apenas a esse.
Foi relatado que a incidência de angioedema em pacientes da raça negra recebendo
tratamento com inibidores da ECA é mais alta quando comparada a pacientes de outras
raças. Também deve ser observado que nos estudos clínicos controlados, os inibidores da
ECA apresentaram menor efeito sobre a pressão arterial em pacientes da raça negra
quando comparados a pacientes de outras raças. A incidência de angioedema em pacientes
da raça negra e outras raças durante o tratamento com Accupril® foi calculada em dois
grandes estudos clínicos abertos, avaliando a eficácia® na manutenção da
hipertensão. Em um estudo onde 1656 pacientes da raça negra e 10583 pacientes não
pertencentes à raça negra foram avaliados, a incidência de angioedema,
independentemente da associação ao tratamento com Accupril®, foi de 0,3% em pacientes
da raça negra e 0,39% em pacientes não pertencentes à raça negra. Em outro estudo,
(1443 pacientes da raça negra e 9300 pacientes não pertencentes à raça negra), a
incidência de angioedema foi de 0,55% em pacientes da raça negra e 0,17% em pacientes
não pertencentes à raça negra.
Angioedema intestinal foi relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA. Estes
pacientes apresentaram dor abdominal (com ou sem náusea ou vômito); em alguns casos
não houve histórico de angioedema facial e os níveis de esterase C-1 estavam normais. O
angioedema foi diagnosticado por procedimentos incluindo ultra-som ou tomografia
computadorizada do abdômen, ou durante cirurgia e os sintomas foram resolvidos após
suspensão do inibidor da ECA. Angioedema intestinal deve ser incluído no diagnóstico
diferencial dos pacientes sob tratamento com inibidores da ECA apresentando dores
abdominais.
Pacientes com histórico de angioedema não relacionado à terapia com inibidor da ECA
podem ter um risco maior de apresentar angioedema quando receberem um inibidor da
ECA.
Reações Anafilactóides
Dessensibilização: pacientes recebendo inibidores da ECA durante tratamento de
dessensibilização com veneno de insetos heminópteros, experimentaram reações
anafilactóides com risco de vida. Nos mesmos pacientes estas reações foram evitadas quando
inibidores da ECA foram temporariamente suspensos, mas reapareceram após reexposição
inadvertida.
Aférese para LDL: pacientes sob aférese para lipoproteínas de baixa densidade com absorção
de sulfato de dextrana, quando tratados concomitantemente a um inibidor da ECA
apresentaram reações anafilactóides.
Hemodiálise: evidências clínicas mostraram que pacientes submetidos à hemodiálise, onde
foram utilizadas certas membranas de alto fluxo (como as de poliacrilonitrila), podem
comumente apresentar reações anafilactóides com o tratamento concomitante aos
inibidores da ECA. Essa combinação deve ser evitada, ou pelo uso de fármacos antihipertensivos
alternativos ou pelo uso de membranas alternativas para hemodiálise.
Hipotensão
Hipotensão sintomática foi raramente observada em pacientes com hipertensão nãocomplicada,
tratados com Accupril®. No entanto, a hipotensão é uma conseqüência possível
da terapia de inibição da ECA em pacientes com depleção de sal/volume, tais como os
previamente tratados com diuréticos e que tenham restrição de sal na dieta ou que estejam
em diálise.
Os pacientes que já estejam fazendo uso de um diurético, quando for iniciado o tratamento
com Accupril® podem desenvolver hipotensão sintomática. Nos pacientes que estejam
recebendo diurético é importante, se possível, interromper o diurético por 2 a 3 dias antes de
iniciar o tratamento com Accupril®. Se a pressão arterial não for controlada somente com
Accupril®, o tratamento diurético deve ser retomado. Se não for possível suspender o
tratamento diurético, deve-se iniciar o tratamento com Accupril® com baixa dosagem (vide
“Interações Medicamentosas”).
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva que apresentarem risco de hipotensão
excessiva, o tratamento com Accupril® deve ser iniciado nas doses recomendadas e
mantidos sob estrita supervisão médica; esses pacientes devem ser acompanhados
cuidadosamente durante as primeiras duas semanas de tratamento e todas as vezes que a
dose® for aumentada.
Se ocorrer hipotensão sintomática, o paciente deve ser colocado em decúbito dorsal
horizontal e, se necessário, receber uma infusão intravenosa de solução salina normal. Uma
resposta hipotensiva transitória não é uma contra-indicação para doses adicionais,
entretanto, se tal fato ocorrer, deve-se considerar uma redução na dose® ou
qualquer tratamento diurético concomitante.
Neutropenia/agranulocitose
Os inibidores da ECA raramente foram associados com agranulocitose e depressão da
medula óssea em pacientes com hipertensão não-complicada, mas mais freqüentemente
em pacientes com insuficiência renal, especialmente se também forem portadores de
vasculite por colagenose. Raramente foi relatada agranulocitose durante o tratamento com
Accupril®. Assim como ocorre com outros inibidores da ECA, deve-se considerar o
monitoramento da contagem de leucócitos em pacientes portadores de vasculite por
colagenoses e/ou doenças renais.
Mortalidade e morbidade fetal/neonatal
Vide “Uso Durante a Gravidez e Lactação”.
Insuficiência renal
Como conseqüência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, alterações na
função renal podem ser antecipadas em indivíduos suscetíveis. Em pacientes com
insuficiência cardíaca grave cuja função renal possa depender da atividade do sistema
renina-angiotensina-aldosterona, o tratamento com inibidores da ECA, incluindo Accupril®,
pode estar associado com oligúria e/ou azotemia progressiva e raramente insuficiência renal
aguda e/ou morte (vide “Reações Adversas”).
A meia-vida do quinaprilato é prolongada à medida que o clearance de creatinina é
reduzido. Pacientes com clearance de creatinina abaixo de 60 mL/min necessitam de doses
iniciais menores® (vide “Posologia”). A dose nestes pacientes deve ser
aumentada de acordo com a resposta terapêutica, e a função renal deve ser
cuidadosamente monitorada, embora estudos iniciais não indiquem que Accupril® produza
deterioração da função renal.
Alguns pacientes com hipertensão ou insuficiência cardíaca sem pré-existência aparente de
doença vascular renal desenvolveram aumentos nos níveis de uréia e creatinina séricas,
geralmente leves e de caráter transitório, especialmente quando Accupril® foi administrado
concomitantemente a um diurético. Isso tem maior probabilidade de ocorrer em pacientes
com insuficiência renal pré-existente. Pode ser necessário reduzir a dose e/ou descontinuar
o diurético e/ou Accupril®.
Nos estudos clínicos em pacientes hipertensos com estenose uni ou bilateral da artéria
renal, foram observados em alguns pacientes, após o tratamento com inibidores da ECA,
aumentos de uréia no sangue e creatinina sérica, estas elevações foram quase sempre
reversíveis após descontinuação do inibidor da ECA e/ou tratamento com diurético. Nesses
pacientes, a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento
(vide “Reações Adversas”).
Insuficiência hepática
Accupril® quando associado a um diurético deve ser utilizado com cautela por pacientes
com insuficiência hepática ou doença hepática progressiva uma vez que pequenas
alterações de volume e balanço eletrolítico podem provocar coma hepático. A metabolização
do quinapril a quinaprilato é normalmente dependente de esterase hepática. Concentrações
de quinaprilato são reduzidas em pacientes com cirrose alcoólica devido à desesterificação
deficiente do quinapril.
Hipercalemia e diuréticos poupadores de potássio
Como ocorre com outros inibidores da ECA, pacientes que utilizam Accupril® isoladamente
podem ter seus níveis séricos de potássio aumentados. Quando administrados
concomitantemente, Accupril® pode reduzir a hipocalemia induzida pelos diuréticos
tiazídicos. Accupril® não foi estudado em tratamento concomitante a diuréticos poupadores
de potássio. Devido ao risco de aumentos maiores nos níveis de potássio sérico, aconselhase
iniciar o tratamento com precaução e monitorar cuidadosamente os níveis séricos de
potássio do paciente, se a associação terapêutica com diuréticos poupadores de potássio
for indicada (vide “Hipotensão” e “Interações Medicamentosas”).
Hipoglicemia e diabetes
Os inibidores da ECA foram associados com hipoglicemia em pacientes diabéticos utilizando
insulina ou agentes hipoglicemiantes orais. Pode ser necessário monitoramento cuidadoso
dos pacientes diabéticos.
Tosse
Tem sido relatada tosse com o uso de inibidores da ECA, incluindo o quinapril,
caracteristicamente a tosse é não-produtiva, persistente e é resolvida após a
descontinuação da terapia. A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser considerada
quando se realizar o diagnóstico diferencial da tosse.
Cirurgia/anestesia
Accupril® deve ser empregado com precaução quando os pacientes forem submetidos a
cirurgias de grande porte ou anestesia, pois foi demonstrado que os inibidores da ECA
podem bloquear a formação de angiotensina II, secundariamente à liberação compensatória
de renina. Isto pode levar à hipotensão, que pode ser corrigida por expansão de volume.Uso na gravidez
Accupril® é contra-indicado durante a gravidez (vide “Contra-indicações”).
Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal e neonatal quando
administrados às gestantes. Se ocorrer gravidez enquanto a paciente estiver recebendo
Accupril®, o tratamento deve ser descontinuado.
Crianças expostas aos inibidores da ECA durante a gravidez, podem tem um risco
aumentado para mal-formações do sistema cardiovascular e sistema nervoso central.
Também foram relatados casos de prematuridade, hipotensão, distúrbios do sistema renal
(incluindo insuficiência renal, hipoplasia craniana, oligohidrâmnio, contraturas dos membros,
deformidades crânio-faciais, desenvolvimento pulmonar hipoplásico e retardo do
crescimento intra-uterino, duto arterioso evidente, morte fetal e/ou morte do recém-nascido
em associação com o uso maternal de inibidores da ECA
As pacientes e os médicos devem estar atentos para o fato de que o oligohidrâmnio pode
não aparecer até que já tenha ocorrido lesão irreversível ao feto.
Crianças que foram expostas intra-uterinamente aos inibidores da ECA devem ser
cuidadosamente observadas para avaliação de hipotensão, oligúria e hipercalemia. Se ocorrer
oligúria, a atenção deve ser direcionada para a manutenção da pressão arterial e da perfusão
renal.
Accupril® é classificado na categoria C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro
trimestres) de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado
por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.
Os inibidores da ECA, incluindo Accupril® são secretados no leite materno em proporções
limitadas. Devido a este fato, devem ser tomadas precauções ao administrar Accupril® a lactantes.Interações medicamentosas
Tetraciclina e outros fármacos que interagem com magnésio: a administração
concomitante de quinapril e tetraciclina reduziu a absorção desta última em voluntários sadios
em aproximadamente 28% a 37%. A diminuição da absorção de tetraciclina deve-se à
presença de carbonato de magnésio, utilizado como excipiente na formulação®
(cloridrato de quinapril). Esta interação deve ser levada em consideração se Accupril® e
tetraciclina forem prescritos para uso concomitante.
Lítio: foi relatado aumento nos níveis séricos de lítio e sintomas de toxicidade ao lítio em
pacientes sob tratamento concomitante de lítio e um inibidor da ECA, devido à perda de sódio
promovida por esses agentes. O quinapril e o lítio devem ser co-administrados com precaução
e são recomendados monitoramentos freqüentes dos níveis séricos de lítio. Se também for
utilizado um diurético, pode haver aumento do risco de toxicidade pelo lítio.
Outros agentes: não ocorreram interações farmacocinéticas importantes quando Accupril® foi
administrado concomitantemente a propranolol, hidroclorotiazida, digoxina ou cimetidina.
O efeito anticoagulante de uma dose única de varfarina (quantificado pelo tempo de
protrombina) não foi significativamente alterado pela co-administração® 2 vezes
por dia.
A co-administração de doses múltiplas de 10 mg de atorvastatina com 80 mg de quinapril
resultou em alteração significativa nos parâmetros farmacocinéticos da atorvastatina no estado
de equilíbrio.
Terapia concomitante a diuréticos: assim como ocorre com outros inibidores da ECA,
pacientes que estejam fazendo uso de diuréticos, especialmente aqueles em que a terapia
diurética tenha sido instituída recentemente, podem ocasionalmente sofrer uma redução
excessiva da pressão arterial após o início da terapia com Accupril®. Efeitos hipotensivos após
a primeira dose® podem ser minimizados descontinuando-se o diurético por alguns
dias antes de se iniciar o tratamento. Se não for possível descontinuar o diurético, a dose inicial
de Accupril® pode ser reduzida. Em pacientes nos quais o diurético for mantido, o médico
poderá observar o paciente por até duas horas após a dose inicial® (vide
“Advertências e Precauções” e “Posologia”).
Agentes que aumentam os níveis de potássio sérico: o quinapril é um inibidor de enzima
conversora de angiotensina capaz de diminuir os níveis de aldosterona, podendo resultar em
uma retenção de potássio. Portanto, a terapia concomitante® e diuréticos
poupadores de potássio (por ex., espironolactona, triantereno ou amilorida), suplementações
de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, deve ser utilizada com cuidado e
com monitoração apropriada do potássio sérico (vide “Advertências e Precauções”).Reações adversas / Efeitos colaterais
A segurança (cloridrato de quinapril) foi avaliada em 4960 indivíduos, mostrando ser
bem tolerado. Destes, 3203 pacientes incluindo 655 idosos participaram de estudos clínicos
controlados. Accupril foi avaliado quanto à segurança a longo prazo em mais de 1400 pacientes
tratados por um ano ou mais.
As reações adversas foram geralmente de natureza leve e transitórias. As reações adversas mais
freqüentemente observadas durante os estudos clínicos controlados foram cefaléia (7,2%), tontura
(5,5%), tosse (3,9%), fadiga (3,5%), rinite (3,2%), naúseas e/ou vômitos (2,8%) e mialgia (2,2%).
Foi observado que, caracteristicamente, a tosse é não-produtiva, persistente e desaparece após a
descontinuação da terapia.
A descontinuação do tratamento por causa de reações adversas foi necessária em 5,3% dos
pacientes tratados com Accupril nos estudos clínicos controlados.
A tabela abaixo mostra as reações adversas que ocorreram em 1% ou mais dos 3203 pacientes
nos estudos clínicos controlados tratados com Accupril, associado ou não a um diurético. A
incidência de reações adversas em um subgrupo de 655 pacientes com 65 anos ou mais é
apresentada para comparação. Também é apresentado um subgrupo de 2005 pacientes, nos
estudos controlados, tratados apenas com Accupril como monoterapia para hipertensão.
(continua...)Posologia
Hipertensão. Monoterapia: a dose inicial recomendada (cloridrato de quinapril) em pacientes que não estejam utilizando diuréticos é de 10 ou 20mg/dia. Dependendo da resposta clínica, a dose pode ser ajustada (dobrando-se a dose) para uma dose de manutenção de 20 a 40mg/dia, administrados em dose única ou podendo ser divididos em duas tomadas. Geralmente os ajustes de dose devem ser feitos em intervalos de quatro semanas. O controle a longo prazo é mantido em muitos pacientes em regime de dose única diária. Têm sido empregadas doses de até 80mg diários em alguns pacientes.
Uso concomitante c/ diuréticos: nos pacientes que devem continuar o tratam. c/ diuréticos, a dose inicial recomendada (cloridrato de quinapril) é de 5mg, e deve ser subseqüentemente ajustada (conforme descrito adiante) até a obtenção da resposta ótima (vide Interações). Insuficiência renal: os dados cinéticos indicam que a meia-vida aparente de eliminação do quinaprilat aumenta à medida em que diminui o clearance de creatinina. As doses iniciais recomendadas baseadas em dados clínicos e farmacocinéticos de pacientes c/ insuficência renal são:
A idade, isoladamente, não parece afetar o perfil de eficácia ou segurança (cloridrato de quinapril). Portanto, a dose inicial recomendada (cloridrato de quinapril) em pacientes idosos é de 10mg, administrados uma vez ao dia, seguido de ajuste posológico até obtenção de resposta ótima.
Insuficiência cardíaca congestiva: Accupril (cloridrato de quinapril) é indicado como tratam. coadjuvante c/ diuréticos e/ou glicosídeos cardíacos. A dose inicial recomendada a pacientes c/ insuficiência cardíaca congestiva é de 5mg uma ou duas vezes ao dia, após quais o paciente deve ser cuidadosamente monitorado c/ relação à hipotensão sintomática. Se a dose inicial (cloridrato de quinapril) for bem tolerada, a dose individual pode ser ajustada até uma dose efetiva, usualmente 10 a 40mg/dia divididos em duas doses iguais, c/ terapia concomitante.
Insuficiência renal: dados cinéticos indicam que a eliminação (cloridrato de quinapril) é dependente do nível da função renal. A dose inicial recomendada (cloridrato de quinapril) é de 5mg em pacientes c/ um clearance de creatinina acima de 30ml/min e 2,5mg em pacientes c/ um clearance de creatinina menor que 30ml/min. Se a dose inicial for bem tolerada, Accupril (cloridrato de quinapril) pode ser administrado a partir do dia seguinte em um regime de duas vezes ao dia. Não ocorrendo hipotensão excessiva ou deterioração significativa da função renal, a dose pode ser aumentada em intervalos semanais, baseando-se em respostas clínicas e hemodinâmicas.Características farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
O cloridrato de quinapril é o sal de quinapril, éster-etila de um inibidor não-sulfidrílico da enzima
conversora da angiotensina (ECA), o quinaprilato.
A administração de 10 a 40 mg de quinapril a pacientes com hipertensão de grau leve a
moderado, resulta na redução da pressão arterial nos pacientes tanto na posição sentada
como na posição em pé, com um efeito mínimo sobre a freqüência cardíaca. A atividade antihipertensiva
inicia-se dentro de uma hora, alcançando o pico normalmente entre duas a quatro
horas após a administração. Em alguns pacientes podem ser necessárias duas semanas de
tratamento para atingir os efeitos máximos de redução da pressão arterial. Nas doses
recomendadas, os efeitos anti-hipertensivos são mantidos, na maioria dos pacientes, ao longo
do intervalo posológico de 24 horas e continuam durante o tratamento a longo prazo.
Os estudos hemodinâmicos em pacientes com hipertensão indicam que a redução da pressão
arterial produzida pelo quinapril é acompanhada por uma redução na resistência periférica total
e na resistência vascular renal, com pouca ou nenhuma alteração na freqüência cardíaca, no
índice cardíaco, no fluxo sangüíneo renal, na taxa de filtração glomerular ou na fração de
filtração.
A terapia concomitante a diuréticos do tipo tiazídicos e/ou adição de terapia com agentes betabloqueadores
aumentam os efeitos anti-hipertensivos do quinapril, possibilitando um efeito de
diminuição da pressão sangüínea maior do que aquele observado com o uso desses agentes
isoladamente.
Os efeitos terapêuticos parecem ser os mesmos para pacientes idosos (65 anos ou mais) e
para pacientes adultos mais jovens, medicados com a mesma dose diária, sem aumento na
incidência de reações adversas em pacientes idosos.
A administração de quinapril a pacientes com insuficiência cardíaca congestiva reduz a
resistência vascular periférica, a pressão arterial média, a pressão sistólica e a diastólica, a
pressão capilar pulmonar e aumenta o débito cardíaco.
Em 149 pacientes que passaram por uma cirurgia de revascularização coronária eletiva, o
tratamento com Accupril® (cloridrato de quinapril) 40 mg reduziu a incidência de eventos
isquêmicos pós-cirurgia, comparado ao placebo, durante um ano de acompanhamento.
Accupril® melhorou a disfunção endotelial verificada em artérias coronárias e braquiais em
pacientes com doença arterial coronária (DAC) mas sem manifestação de hipertensão ou
insuficiência cardíaca.
O quinapril melhora a disfunção endotelial por mecanismos que levam ao aumento da
disponibilidade do óxido nítrico. A disfunção endotelial é considerada um mecanismo
fisiopatológico importante e fundamental na DAC. O significado clínico dessa melhora na
disfunção endotelial ainda não foi estabelecido.
Mecanismo de Ação
Quinapril é rapidamente desesterificado a quinaprilato (sendo seu principal metabólito o diácido
quinapril) o qual, nos estudos em humanos e animais, é um potente inibidor da enzima
conversora da angiotensina (ECA). A ECA é uma peptidil dipeptidase que catalisa a conversão
da angiotensina I para a vasoconstritora angiotensina II, que está envolvida no controle e na
função vascular por meio de vários mecanismos diferentes, incluindo estimulação da secreção
de aldosterona pelo córtex adrenal. O modo de ação do quinapril em seres humanos e em
animais é inibir a atividade da ECA circulante e tissular, diminuindo desse modo a atividade
vasopressora e a secreção de aldosterona. A remoção do feedback negativo da angiotensina II
na secreção de renina conduz a um aumento da atividade da renina plasmática (ARP).
Além do principal mecanismo de ação anti-hipertensiva ser através do sistema reninaangiotensina-
aldosterona, o quinapril exerce ações anti-hipertensivas também em pacientes
hipertensos com renina baixa. A monoterapia com o quinapril foi um tratamento antihipertensivo
eficaz em todas as raças estudadas, apesar de ter sido menos eficaz em
pacientes da raça negra (um grupo que apresenta, predominantemente, baixos níveis de
renina) quando comparado a pacientes de outras raças. A ECA é idêntica à cininase II, uma
enzima que degrada a bradicinina, um potente peptídeo vasodilatador. Ainda não foi elucidado
se um aumento nos níveis de bradicinina contribui para o efeito terapêutico de quinapril.
Nos estudos em animais, o efeito anti-hipertensivo de quinapril excede o seu efeito inibitório
sobre ECA circulante, enquanto que a inibição da ECA tissular está mais intimamente
relacionada com a duração de seus efeitos anti-hipertensivos.
Os inibidores da ECA, incluindo quinapril, podem aumentar a sensibilidade à insulina.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração oral, picos de concentração plasmática de quinapril são observados dentro
de uma hora. Com base na recuperação de quinapril e seus metabólitos na urina, a absorção é
de aproximadamente 60%. Trinta e oito por cento da administração oral de quinapril está
sistemicamente disponível sob a forma de quinaprilato. A meia-vida plasmática aparente do
quinapril é de aproximadamente uma hora. Os picos de concentrações plasmáticas do
quinaprilato são observados aproximadamente duas horas após a administração oral de
quinapril. O quinaprilato é eliminado principalmente por excreção renal e apresenta uma meiavida
de acumulação efetiva de cerca de três horas. Aproximadamente 97% do quinapril ou do
quinaprilato circulantes no plasma ligam-se às proteínas.
Nos pacientes com insuficiência renal, a meia-vida de eliminação aparente do quinaprilato
aumenta conforme a diminuição do clearance de creatinina. Estudos farmacocinéticos em
pacientes com doença renal em estágio terminal, submetidos à hemodiálise crônica ou à diálise
peritoneal contínua em ambulatório, indicam que a diálise tem pouco efeito na eliminação do
quinapril e do quinaprilato. Existe uma correlação linear entre o clearance do quinaprilato
plasmático e o clearance da creatinina. A eliminação do quinaprilato também está reduzida em
pacientes idosos (de 65 anos ou mais), e está bem correlacionada com seus níveis de função
renal (vide “Posologia”).
Os estudos em ratos indicam que o quinapril e seus metabólitos não cruzam a barreira hematoencefálica.
Farmacocinética em Pacientes Idosos
Pacientes idosos apresentaram aumento de AUC e nos picos de quinaprilato comparado aos
valores observados em pacientes mais jovens; isto parece estar relacionado a um decréscimo
da função renal, ao invés da idade por si só. Em estudos controlados e não-controlados nos
quais 21% dos pacientes tinham 65 anos ou mais, não foram observadas diferenças globais na
eficácia ou na segurança do tratamento entre pacientes idosos e jovens. Contudo, não pode
ser descartada a maior sensibilidade de alguns indivíduos mais idosos.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade
Accupril® não foi carcinogênico em camundongos ou ratos quando administrado em doses de
até 75 ou 100 mg/kg/dia (50 a 60 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos,
respectivamente), por 104 semanas. Tanto o quinapril como o quinaprilato não se mostraram
mutagênicos no teste bacteriano de Ames, com ou sem ativação metabólica. Quinapril também
mostrou os seguintes testes negativos de toxicologia genética: mutação in vitro em célula de
mamífero, troca de cromátides irmãs em cultura de células de mamíferos, teste de micronúcleo
em camundongos, aberração cromossômica in vitro com células pulmonares V79 em meio de
cultura e um estudo citogenético in vivo com medula óssea de rato. Não houve efeitos
adversos na fertilidade ou na reprodução de ratas com doses de até 100 mg/kg/dia (60 vezes a
dose diária máxima recomendada para humanos).
Não foram observados efeitos fetotóxicos ou teratogênicos em ratos que receberam doses de
quinapril de até 300 mg/kg/dia (180 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos),
apesar da toxicidade materna com a dose de 150 mg/kg/dia. O peso da ninhada foi reduzido
em ratas tratadas no final da gestação e durante a lactação com doses de 25 mg/kg/dia ou
mais. Quinapril não foi teratogênico em coelhas, entretanto, como notado com outros inibidores
da ECA, foi observada toxicidade materna e embriotoxicidade em algumas coelhas que
receberam doses de apenas 0,5 mg/kg/dia e 1 mg/kg/dia, respectivamente.
Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Uso em Pacientes Idosos
A idade, isoladamente, não parece afetar o perfil de eficácia e segurança®.
Portanto, a dose inicial recomendada® em pacientes idosos é de 10 mg,
administrados uma vez ao dia, seguido de ajuste posológico até obtenção de resposta ótima.
Uso em Crianças
A segurança e eficácia® em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.Armazenagem
Accupril® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido
da luz e umidade.Informações
Quinapril é rapidamente desesterificado a quinaprilate (sendo seu principal metabólito o diácido quinapril) o qual, nos estudos em humanos e animais, é um potente inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA). A ECA é uma peptidil dipeptidase que catalisa a conversão da angiotensina I para a vasoconstritora angiotensina II, que está envolvida no controle e na função vascular por meio de vários mecanismos diferentes, incluindo estimulação da secreção de aldosterona pelo córtex adrenal. O quinapril inibe, em seres humanos e em animais, a atividade da ECA circulante e tissular, diminuindo desse modo a atividade vasopressora e a secreção de aldosterona. A remoção do feedback negativo da angiotensina II na secreção de renina conduz a
um aumento da atividade da renina plasmática (ARP).
Além do principal mecanismo de ação anti-hipertensiva, através do sistema renina-angiotensinaaldosterona,
o quinapril exerce ações anti-hipertensivas também em pacientes hipertensos com renina baixa. A monoterapia com o quinapril foi eficaz como anti-hipertensiva em todas as raças estudadas, apesar de ter sido menos eficaz em pacientes da raça negra (um grupo que apresenta, predominantemente, baixos níveis de renina) quando comparado com pacientes de outras raças.
A ECA é idêntica à cininase II, uma enzima que degrada a bradicinina, um potente peptídeo vasodilatador. Ainda não foi elucidado se um aumento nos níveis de bradicinina contribui para o efeito terapêutico de quinapril.
Nos estudos em animais, a duração do efeito anti-hipertensivo de quinapril excede o seu efeito
inibitório da ECA circulante, enquanto que a inibição da atividade da ECA tissular está mais intimamente relacionada com a duração de seus efeitos anti-hipertensivos.
Os inibidores da ECA, incluindo quinapril, podem aumentar a sensibilidade à insulina.-hipertensiva em todas as raças estudadas, apesar de ter sido menos eficaz em pacientes da raça negra (um grupo que apresenta, predominantemente, baixos níveis de renina) quando comparado com pacientes de outras raças.
A ECA é idêntica à cininase II, uma enzima que degrada a bradicinina, um potente peptídeo vasodilatador. Ainda não foi elucidado se um aumento nos níveis de bradicinina contribui para o efeito terapêutico de quinapril.
Nos estudos em animais, a duração do efeito anti-hipertensivo de quinapril excede o seu efeito
inibitório da ECA circulante, enquanto que a inibição da atividade da ECA tissular está mais intimamente relacionada com a duração de seus efeitos anti-hipertensivos.
Os inibidores da ECA, incluindo quinapril, podem aumentar a sensibilidade à insulina.